A Mansão do Mistério_2 PARTE
Enquanto desciam as escadas, a tensão era palpável. Cada degrau rangia sob seus pés, como se a casa protestasse contra sua presença. A escuridão parecia envolvê-los mais densamente, e o som de suas respirações ofegantes era o único que preenchia o silêncio.
Ao chegarem ao térreo, encontraram Mariana e Pedro, ambos pálidos e com olhos arregalados. "Vocês ouviram isso?", perguntou Pedro, a voz um sussurro trêmulo. "Parecia vir da cozinha", acrescentou Mariana, apontando para uma porta escura no final do corredor.
Juntos, seguiram em direção ao som. A porta da cozinha estava entreaberta, e uma luz fraca piscava no interior, como se ameaçasse se apagar a qualquer momento. Com um gesto, Lucas empurrou a porta, revelando um cenário de caos.
Panelas e utensílios estavam espalhados pelo chão, como se uma força invisível tivesse passado por ali. O cheiro de algo queimado pairava no ar, misturado com um odor estranho que ninguém conseguiu identificar. "Isso não é normal", murmurou Sofia, olhando em volta com desconfiança.
De repente, uma sombra passou rapidamente pela janela, fazendo com que todos se sobressaltassem. "O que foi isso?", exclamou Mariana, agarrando o braço de Pedro instintivamente. Ele balançou a cabeça, incapaz de oferecer uma resposta.
Decidiram seguir a sombra, acreditando que talvez pudessem encontrar alguma explicação para os eventos estranhos. Ao saírem para o quintal, foram recebidos pelo uivo do vento e pelo farfalhar das folhas secas sob seus pés.
O jardim da mansão, outrora majestoso, estava agora um labirinto de arbustos crescidos e árvores retorcidas. A lua, cheia e brilhante, lançava uma luz prateada sobre tudo, criando um ambiente ao mesmo tempo belo e aterrorizante.
Caminharam em silêncio, atentos a qualquer movimento. De repente, um ruído atrás de uma sebe fez todos pararem. "Eu vi algo ali", sussurrou Lucas, apontando para um ponto onde as sombras eram mais densas.
Com cuidado, eles se aproximaram, o coração batendo acelerado. Ao chegarem perto, descobriram que o som vinha de uma velha estufa, cujas vidraças estavam em sua maioria quebradas. Dentro, uma figura indistinta parecia se mover.