A reza

Entrou com um ramo verde. Vestia uma roupa rodada, comprida e branca. Muito negra, o cabelo sobressaindo no turbante bem arrumado.

Segurou a criança. Orou em silêncio, enquanto passava o ramo em forma de cruz em torno dela.

De triste e chorosa, a criança volta a sorrir, tentando segurar o galho que lhe acaricia.

A rezadeira amofina de repente.

Transpirando, se apoia na cadeira, pede agua que sorve desesperada.

A febre causa estertores no seu corpo.

Lucirene Façanha
Enviado por Lucirene Façanha em 20/10/2024
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