DESCOBERTA DOS MOTOCICLISTAS
O vento cortante da noite soprava através das árvores, lançando sombras dançantes sobre o caminho estreito e irregular. Três motociclistas, impulsionados pela curiosidade e pela adrenalina da estrada desconhecida, avançavam cautelosamente pela trilha rochosa. Suas lanternas iluminavam esporadicamente fragmentos de uma vegetação densa, que parecia engolir o caminho à frente.
Em meio aos ruídos dos motores e o crepitar dos galhos sob seus pneus, uma enorme pedra coberta por trepadeiras e musgo surgiu à vista dos aventureiros. Intrigados pela possibilidade de um desvio inexplorado, eles desmontaram para investigar. Com as mãos cuidadosamente removendo as folhagens, revelaram uma abertura esculpida na rocha.
A passagem levava a uma vila antiga, silenciosa e misteriosa. Construções de pedra cobertas pelo tempo e pela vegetação se erguiam à luz da lua. Ruas estreitas serpenteavam entre casas que pareciam ter sido habitadas séculos atrás. À medida que exploravam, os motociclistas sentiam a presença palpável de uma civilização esquecida, seus mistérios ecoando através das paredes de pedra.
No coração da vila, uma estátua ancestral dominava a praça central, olhos fixos como guardiã silenciosa do passado. À medida que os motociclistas avançavam, uma sensação de inquietação misturada com maravilha os envolvia. Quem eram os habitantes originais desta vila perdida? O que aconteceu com eles? E por que este lugar permaneceu esquecido e intocado por tanto tempo?
Eles combinaram entre si deixar o local, aceleraram suas motocicletas e voltaram, sem esquecerem de recolocar as matas no lugar e voltaram pela estrada com pedras, com a certeza das dificuldades do caminho... ninguém, iria encontra-lo.
Levaram consigo o mistério... quem iria acreditar?
Neri Satter – Setembro de 2024 CONTOS DO SCARAMOUCHE