O LOBISOMEM MISTERIOSO👹

Elenco:

Nádia Gonçalves.......Psicóloga

Cristina Gaspar..........Dona de bar

Norma Aparecida......Freira

Lélia Angélica............Delegada

Nachtigall...................Libisomem

✨ 🍾👹

A noite estava fria naquela pequena cidade do interior, Dra. Nádia voltava do seu consultório vestindo um casaco de lã, havia atendido seu último cliente e se interessou muito pelo seu problema, ele afirmava ter visto um lobisomem que o atacou justamente numa noite fria como aquela. Formada em psicologia há pouco mais de cinco anos queria se aprofundar mais nessa profissão que adorava. Esse fato lhe chamou a atenção, segundo seu cliente ele só conseguiu escapar porque implorou para não ser morto e estranhamente a figura medonha o atendeu e o deixou ir. Dessa noite em diante ele evitava sair a noite sozinho e necessitou de um tratamento psicológico. Ainda imaginando aquela cena contada por seu cliente, Dra. Nádia nem percebeu que u'a mão fria tocou seu ombro, o que a fez se esquivar rapidamente após um gritinho de susto, próprio de mulheres quando se assustam. Mas acalmou-se quando viu que era sua amiga Lélia, a delegada da cidade que a convidou para fugir do frio tomando uma bebida quente, afinal tinha largado do serviço no posto policial, como era uma sexta-feira queria "molhar a goela" antes de ir pra casa jantar. Sentaram-se nepuma mesinha de um dos bares da localidade e pediram um drink. A Sra. Cristina, a dona do bar e também muito conhecida delas, atendeu as amigas gentilmente e até tomou uma com elas, o que já era um costume antigo, dando até um desconto para também participar da farra. Tanto vendia como também entrava na "festa", gostava de uma bebidinha quente numa noite fria.

Muitas histórias eram contadas naquele bar de d. Cristina, mas quando ela soube da história do cliente de Dra. Nádia ficou abismada, pois tinha ouvido falar de um caso assim mas não deu muita atenção por achar que não era verdade, lobisomens não existiam, assim ela entendia. Mudaram de assunto e começaram a falar da nova freira que acabara de chegar ao convento da cidade, uma tal de Norma, que começou a circular pelo local e, por ser muito bonita, era cortejada pelos marmanjos que freqüentavam o bar, quando a noviça passava os cochichos se iniciavam. Ninguém sabia porque ela passava na frente do bar de Cristina quase toda noite e nem para onde ia. Os marmanjos se acostumaram com a passagem da freira e quando ela se aproximava sempre tinha um que dizia: "lá vem ela!"

Numa certa noite de sábado estava essa turminha tomando uma, de um lado os marmanjos bobalhões e do outro as amigas Dra. Nádia, depois de mais uma consulta com o cliente que afirmou ter visto um lobisomem, a delegada Lélia e a dona do bar, Cristina, que já estava falando alto de tanto drink no quengo. A freira bonita por natureza então passa no local e é cortejada pelos boêmios já cheios de manguaça, as amigas se entreolham e acompanham com os olhos a religiosa que sempre arrisca um olhar para os abestalhados, que fingem olhar discretamente, sendo até alertados pela Cristina, dona do bar e do respeito ao seu ambiente de trabalho. Alguns minutos dois chega ao bar um homem vestindo uma capa escura e pede uma bebida quente. Ele é logo atendido por Cristina e quietinho fica tomando seu drink. De chapéu preto, rosto encoberto, o estranho observa o local. Toma outro drink, depois mais outro, paga e vai embora. Todos ficam admirados com aquela figura, porém cada um fica na sua.

Na noite seguinte a conversa não foi outra senão o ataque do lobisomem a um dos freqûentadores do bar de Cristina. Esse também escapou da sanha do "homem bicho", fato que deixou intrigado o pessoal que ali bebia. A freira passou e seguiu seu caminho habitual, minutos depois chega o homem da capa escura e senta ali próximo, pede uma bebida e fica quieto, o que incomoda Dra. Nádia, a delegada Lélia e a dona do bar, Cristina. No entanto ficaram tranqüilas, já os marmanjos ficaram apreensivos, mas nem ligaram para o estranho que usava capa escura e chapéu preto, que após consumir a sua cota de três drinks, foi embora. Nessa noite outro freqüentador do bar foi atacado, o que fez o assunto render. Iriam esperar o estranho freqüentador do bar para abordá-lo, porém na noite seguinte ele não apareceu. A linda freira passou, como sempre, deu uma olhadela para os curiosos e até um tchauzinho, seguindo seu rumo. No entanto, após Cristina fechar o bar e a delegada Lélia alertar os homens para terem cuidado, todos se retiraram.

Algumas noites depois o bar de Cristina funcionou sem anormalidades, a freira não mais passou, permanecendo no convento, segundo investigação da delegada Lélia. O homem da capa escura e chapéu preto foi localizado em outro bar e identificado como um notívago como outro qualquer e que morava na região. A tranqüilidade voltou a reinar, afinal não havia nenhuma morte provocada pelo suposto lobisomem, mas esse fato precisava ser esclarecido, afinal várias vítimas afirmaram tê-lo visto. Então certa noite outro freqüentador do bar foi abordado pelo lobisomem e a notícia se espalhou na localidade e a vítima ao implorar pela sua vida foi poupado. Duas noites se passaram e o fato estava intrugando delegada. Montaram então um esquema para flagrar o lobisomem que tinha uma aparência horrível, seu rosto era desfigurado e metia muito medo, segundo relato das vítimas. A delegada Lélia se posicionava no fim da estrada enquanto a Dra. Nádia seguia discretamente com um notívago um outro freqüentador do bar de Cristina, isso por várias noites, até que pegaram o tal lobisomem, que na verdade não se tratava de "bicho homem" nenhum e nem tampouco era homem e sim uma mulher que foi logo identificada depois de ser retirada a sua máscara, era nada mais, nada menos, do que Nachtigall, bem conhecida de todos e que queria apenas pregar uma peça nos notívagos. Mesmo assim foi repreendida pela delegada Lélia e por Cristina por estar metendo medo em seus clientes do bar.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 04/06/2024
Reeditado em 04/06/2024
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