Amor no pÓs-aMoR... sE pRaga???
Ficou completamente só,
Não queria mais seu par.
Desejou-lhe o mal sem dó,
Pediu para o invisível lhe justiçar.
Soube desejar lá bem do fundo da alma
Tudo de ruim recair sobre sua “ex” metade.
Praga era pouco: queria seu fim sem ressalva,
Terremoto, tsunami, vendaval, tempestade.
A dor adoeceu sua razão e entendimento
Sem que pudesse medir o alcance de tudo.
Mal concebia que só aumentava o próprio sofrimento,
Muitos na família alertavam para esse absurdo.
O dia veio em que o destino fez coincidir
E a pessoa que “já amou e agora odiava” pereceu.
Mas o veículo que contra o de seu “ex” veio a colidir
Era nada mais, nada menos... do que o seu.
Restou para seus conhecidos um insistente mistério
Sobre fenômenos estranhos observados:
Assim que seus corpos repousaram no cemitério,
Pelas ruas de madrugada eram vistos juntos e misturados.
::::::::::::::::::
Da coleção zezediozoniana: “Contos de terror que não dão medo”