CÉU DE PANO N° 88
Na mira do destino
Nasceu um menino;
Lampião o temido.
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Vindo de um furacão
De ideais ..
Subitamente se perdeu no último tiro
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Uma tocaia foi realizada para pegar
O dragão da caatinga
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Metralhadoras já declarava a carnificina
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Depois do feito
As suas cabeças nunca mais sentiram os travesseiros
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Antes disso , foram colocados as suas cabeças num balaio de cipó que deu dó
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Um Tenente ,com a sua tropa ,que só teve a coragem de atacar a fera dormindo .
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Se fosse cabra macho mesmo
Faria desse jeito:
Te levanta besta fera
Te prepara pra morrer no fio da minha navalha.
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Mas , que nada ;
Chegou na grande
Na metralhada.
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Assim, é mesmo que tirar leite de vaca
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Se for braba a vaca , tire o leite dela amarrada .
Foi o que aconteceu,
Lampião adormeceu
Pra numca mais acordar.
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Mas, não acabou ai não visse.!
Relataram os soldados,
que muitas coisas estranhas aconteceram .
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Eles ,viram os corpos dos cangaceiros sem cabeça dançando baião , os soldados
Tremendo de medo seguravam em rezas e alguns deles com os crucifixos nas mãos.
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Depois, um vento forte levantou o corpo do capitão, e uma voz falou bem alto .
Este é lampião
Cabra macho.
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mesmo morto continuará sendo o Rei do cangaço .
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Fim