MISTÉRIO DO CHIP APÓS O ACIDENTE

O mistério de Maurício e seu encontro inexplicável com outro veículo em alta velocidade certamente intriga. Aqui está uma possível narrativa para explorar esse enigma:

O calor sufocante do verão pesava sobre Maurício enquanto ele dirigia seu velho Fusca pelas estradas sinuosas que serpenteavam entre São Leopoldo e Portão. Os quilômetros se desenrolavam monotonamente sob seus pneus gastos, mas hoje algo estava diferente. O Fusca parecia ansioso, vibrando com uma energia incomum, como se estivesse prestes a revelar sua verdadeira potência.

Maurício mal podia acreditar quando olhou para o velocímetro e viu a agulha subindo para além dos 200 quilômetros por hora. O vento zunia em seus ouvidos enquanto ele tentava controlar o volante, seu coração martelando no peito com uma mistura de adrenalina e medo.

De repente, uma luz ofuscante surgiu no horizonte, uma miragem luminosa que se aproximava rapidamente. Maurício piscou, tentando discernir o que estava vendo, mas era tarde demais. O impacto veio como um raio, um estrondo ensurdecedor que ecoou através da noite, misturado com o som metálico de metal retorcido.

Quando Maurício recobrou a consciência, ele estava deitado em sua própria cama, o suor empapando sua testa. Sua cabeça latejava com uma dor aguda, e ele instintivamente levou a mão ao crânio, onde encontrou algo estranho - um pequeno chip implantado na pele.

Memórias turvas dançavam em sua mente, fragmentos de imagens e sensações que pareciam irreais. Ele se lembrou do Fusca acelerando descontroladamente, da colisão iminente, mas além disso, tudo era nebuloso, como se estivesse lutando para se lembrar de um sonho fugaz.

Maurício nunca conseguiu explicar o que realmente aconteceu naquela noite. O chip em seu crânio era um enigma constante, uma lembrança constante de um evento inexplicável que desafiava todas as leis da física e da razão. Ele nunca soube quem ou o que estava do outro lado daquele choque mortal, e talvez nunca saberia.

E assim, o mistério de Maurício permaneceu, um enigma sem solução que assombrava seus pensamentos, como uma sombra escura espreitando nos cantos de sua mente.

Nesta narrativa, o mistério é mantido vivo, deixando espaço para a imaginação do leitor.

Neri Satter – Fevereiro de 2024    -   CONTOS DO SCARAMOUCHE