ANJO DA GUARDA - Cap.1: Escuridão
Capítulo 1: Escuridão
A noite era pesada, carregada de uma escuridão que envolvia os
prédios altos da metrópole.
Eduardo Montenegro, um professor
universitário, agora caminhava pelas sombras como uma presença
indistinguível. Seu coração, antes repleto de amor e alegria, estava
agora mergulhado na dor mais profunda.
O eco distante dos passos de Eduardo pelas vielas abandonadas
misturava-se ao zumbido constante da cidade adormecida.
Ele
recordava o fatídico dia em que sua vida fora arrancada de suas
mãos, a esposa e filha brutalmente tiradas de seu convívio durante
um assalto que assolou seu coração.
A raiva pulsava dentro dele, uma chama vingativa que o consumia,
dando-lhe forças além do que a vida mortal permitiria.
Ao se fundir
com a escuridão, Eduardo se tornou um vigilante da noite, uma
figura fantasmagórica que caçava os responsáveis pela sua
tragédia pessoal.
Em uma noite fria, ele avistou um grupo de criminosos que riam
enquanto repartiam os pertences roubados de inocentes.
Seus
olhos, agora iluminados por uma intensidade sobrenatural, refletiam
a determinação implacável que havia nascido em seu interior. Sem
hesitar, Eduardo lançou-se contra eles, movendo-se com uma
agilidade sobrenatural, seus movimentos fluidos como sombras
dançantes.
Os criminosos foram surpreendidos pela aparição misteriosa e, um
por um, caíram diante da fúria de Eduardo. Sua vingança não era
apenas física; ele parecia controlar forças que estavam além da
compreensão humana. Enquanto as sombras engoliam os últimos
vestígios de resistência, Eduardo permanecia inabalável, um
espectro de justiça.
No silêncio que se seguiu, Eduardo permitiu-se um momento de
contemplação.
A vingança trouxe uma satisfação momentânea, mas
o vazio de sua perda ainda persistia.
Ele sabia que esse era apenas
o começo de uma jornada que o levaria a explorar os cantos mais
sombrios da cidade, desvendando segredos que o conectariam ao
passado e ao destino que o aguardava.