MUNDOS PARALELOS (ficção/mistérios)
Jack Carlton era de uma família classe media americana, nasceu e se criou em Boston, Massachusetts. Se formou em direito na Western New England University. Sempre foi garoto extrovertido e cativante.
Ainda na adolescência conheceu Lisbon no final do ensino médio, que seria sua namorada e futuramente esposa. Linda Lisbon era a garota mais bonita e cobiçada da escola do ensino médio, ficou ainda mais bonita quando ficou mais velha e se formou em Ciências da Comunicação na ( UMass) university of Massachusetts Amherst.
Depois de formados, Jack conseguiu uma vaga no FORUM. Fundado em 2008, o Massachusetts Forum of Estate Planning Attorneys, Inc. (o "MA Forum") é um grupo colegiado de advogados da Nova Inglaterra que praticam planejamento e/ou administração fiduciária e patrimonial, direito de idosos, planejamento de proteção de ativos, tributação ou negócios planejamento.
Enquanto Lisbon foi trabalhar na Ericsson. Fundado em 2008,
Os membros aprimoram a competência profissional por meio de programação educacional em direito substantivo e gestão e desenvolvimento de práticas, com base em um sistema de valores compartilhados de não competição e na crença de que "uma maré crescente levanta todos os navios".
Os membros desfrutam de oportunidades regulares para networking e brainstorming sobre questões importantes para nossos clientes e para nossas práticas. Os membros organizam e participam de grupos informais de estudo temáticos, revisão e melhoria colaborativa de documentos e orientação informal e compartilhamento de recursos. O resultante respeito mútuo, admiração e gratidão deste grupo de pares formam a base de amizades de qualidade e de longa data, tanto pessoais como profissionais.
Diferente do costume da família brasileira, a família americana não se apega aos filhos como aqui e os incentivam a buscar sua independência e saírem de casa.
Com bons empregos e independentes, os dois resolveram se casar em Março de 2016. Alugaram um apartamento pequeno, mas confortável e suficiente para os dois no centro da cidade.
Os anos foram se passando e cada um foi promovido na sua empresa, salários maiores, vida financeira estável, carros do ano, finalmente resolveram que era hora de pensar em filhos, ambos já estavam na casa dos trinta anos. Então Lisbon ficou gravida em 2019, como a família ia aumentar, tinham que procurar uma casa ou apartamento maior.
Com as economias juntadas ainda não seria suficiente para comprar um imóvel no centro da cidade. Procuraram alguns meses, mas não encontraram nada que agradasse ao casal, ou não era perto do trabalho e quando era próximo não tinha o valor suficiente. Deixaram o numero de seus telefones nas imobiliárias caso aparecesse algum imóvel com as características que ambos procuravam.
Uma corretora que iniciava sua profissão na área, procurando uma alternativa de fazer sua melhor venda na empresa, saiu aos finais de semana procurando por conta própria um imóvel que ainda não estivesse sido cadastrado no mercado imobiliário, e numa dessas suas buscas acabou encontrando uma casa em um bairro de Boston que não ficava longe do trabalho deles e que ainda estava abaixo do orçamento pretendido do casal. A casa era a ultima em uma rua sem saída, por isso passava despercebida por corretores. Megan a corretora encontrou a casa por acaso quando o GPS a levou para esse caminho e quando foi retornar acabou vendo uma placa quase apagada de SOLD entre as grades e algumas folhas de plantas que cresceram junto ao portão. Tinha um numero de telefone que estava escrito a caneta e com muito sacrifício conseguiu ler e anotou na palma da mão.
Megan ligou para o numero de telefone, depois de varias tentativas um senhor com voz cansada e aparentando ser de muita idade atendeu ao telefone. Com a voz tremula perguntou o que queriam.
- tudo bem senhor? Eu sou a Meg, sou corretora e anotei seu telefone m uma placa de vende-se numa casa da Rua 39.
- ah sim, sim, é uma bela casa que ganhei de herança dos meus pais, ela está já um bom tempo para vender, mas ninguém nunca me procurou, acho que é porque ela está bem no final da rua e não passa quase ninguém por ali.
- mas o senhor nunca pensou em colocar numa imobiliária? Seria mais fácil para vender.
- eu moro sozinho, já tenho meus noventa e dois anos e não tenho mais paciência para ficar atendendo pessoas e telefonemas, então eu pensei que na hora certa a pessoa certa iria me procurar e quem sabe não é você? Riu e seguiu por uma sessão de tosses.
- tomara, qual é mesmo o nome do senhor?
- Marvin, meu nome é Marvin. E tossiu mais um pouco
- ok senhor Marvin, acho que tenho umas pessoas que talvez se interesse pela casa, o senhor tem ideia de quanto quer pela casa? E como faço para marcar um encontro com o senhor? Para pegar as chaves para eles darem uma olhada na propriedade?
- as chaves estão debaixo do duende do jardim, o portão está destrancado só empurrar e entrar, caso eles gostem da casa tem uma folha detalhando de como fazer os procedimentos da compra, essa folha está atrás do espelho do ultimo quarto do andar de cima.
Meg anotou as informações, agradeceu ao senhor Marvin e desligou empolgada com uma possível venda em potencial.
Meg logo enviou uma mensagem no WhatsApp para Lisbon ligar para ela, que tinha um imóvel que poderia ser interessante para ela.
Depois de uns quarenta minutos, Lisbon ligou para Meg e disse para marcar uma visita no dia seguinte que ela estaria de folga e tinha mais tempo para dar uma olhada com calma, e assim foi marcado.
Era uma sexta feira ensolarada e Meg levou o casal para ver a casa.
Um bairro tranquilo e que ficava uns vinte minutos de carro até o centro onde trabalhavam. Lisbon ficou perplexa como ninguém havia comprado aquela casa ainda, até mesmo um empreendedor imobiliário compraria para construir um edifício.
Mas quando observam a casa velha e com plantas tomando conta das paredes e um jardim invadido por plantas e folhagens secas com cisnes e um duende no jardim logo seu semblante era de desanimo, mas Jack logo pediu calma, que ainda não viram o resto da casa.
Meg tentou abrir o portão, mas estava difícil para empurrar, então Jack a ajudou e conseguiu abrir arrastando um punhado de grama, Meg pegou as chaves debaixo dos pés do Duende.
- como alguém tem coragem de guardar as chaves ai, será que não poderia pensar que alguém a encontrasse e entrasse na casa para usarem para outros fins?
- pessoas idosas têm essas manias. Respondeu Meg.
Depois de algumas tentativas com chaves erradas finalmente Meg conseguiu abrir a porta que acabou rangendo nas dobradiças por conta de falta de lubrificação.
Assim que entraram os olhares de todos foram de espanto!
A casa estava simplesmente limpa, intacta, os moveis embora antigos inexplicavelmente estavam limpos como se alguém tivesse limpado e reformado por dentro antes deles chegarem.
O piso em madeira parecia que alguém tinha passado cera alguns minutos antes, um sofá de couro branco, um tapete de crochê cinza e bege decorava o piso de madeira escura, uma televisão com móvel antigo e de tubo, quadros de mitologia grega nas paredes dos corredores, um mancebo próximo a porta de entrada de madeira maciça, no teto abobadado da sala um grande lustre de cristal emoldurava o ambiente junto com uma escadaria imponente que dava acesso ao andar de cima. Uma namoradeira no canto esquerdo da sala que no seu assento tinha um cobertor infantil, no corredor para os outros cômodos havia um banheiro social. Em seguida uma sala de jantar simplesmente espetacular, uma grande mesa feita com madeira maciça única com oito cadeiras de madeira e almofadadas com veludo vinho.
Uma adega de vinhos embutida na parede juntamente com uma estante também de madeira escura completa de livros e alguns discos de vinil empilhados ao lado de um aparelho de som valvulado, já em seguida vinha a cozinha que logo avistava uma geladeira vermelha da marca Frigidaire, um velho e bom fogão americano, armários brancos e uma parede americana com uma pia de fazenda, uma janela de vidros largos que tinha visão para o quintal lateral e o piso de cerâmica preto e branco em losangos, uma porta separava do ultimo cômodo dos fundos era a lavanderia com um belo espaço, uma maquina de lavar e um tanque de cimento, um varal no quintal ao ar livre, o piso em concreto estava coberto por mato e gramas crescidas, uma cerca de madeira ficava encostada ao muro de alvenaria do vizinho. Retornando subiram a magistral escada de madeira com corrimão também com madeira decorada que chegando acima tinha uma sacada que dava uma vista para toda a sala com seu lustre imponente, a suíte máster! Uma bela cama King de madeira entalhada a mão, piso todo em carpete cinza felpudo, outra namoradeira no canto, a cabeceira da cama com desenhos coloniais entalhados a mão, tudo muito conservado e limpo como se tivesse limpado com aspirador e os moveis lustrados. Um banheiro enorme com chuveiro antigo, mas que provavelmente funcionava ainda, uma banheira com pés muito linda, uma pequena janela que dava vista para a rua de trás que provavelmente a vista era melhor antigamente, um closet de rainha, que era um outro cômodo da casa. Lisbon e Jack assim como Meg se entreolhavam e não acreditavam no que estavam vendo.
retornaram pelo corredor e foram vendo os outros quartos, um era decorado para uma criança, um menino pela decoração azul, um berço um guarda roupas pequeno, o chão também acarpetado e um banheiro , não havia muita decoração nesse quarto infantil, parecia que ainda não tinha sido totalmente decorado, seguindo o corredor mais dois quartos e no corredor entre os quartos havia mais um banheiro social, no ultimo quarto que dava para uma varanda e vista para a rua sem saída, esse quarto poderia ser a suíte máster, mas por algum motivo escolheram o dos fundos, talvez por privacidade, nesse quarto duas cadeiras de balanço feitos de bambu e almofadado, no centro uma mesinha com chaleira e alguns livros, talvez fosse um lugar para relaxar e de leitura.
Assim como todo o resto da casa, nenhuma poeira, nenhuma teia de aranha como se esperava as paredes brancas com a pintura intacta, banheiros limpos e um cheiro de alfazema no ar.
Depois de verem a casa por dentro, foram ver ao redor como ela estava.
As paredes laterais totalmente envolvidas por plantas trepadeiras que cobriam as janelas e chegavam ao telhado, os corredores laterais pareciam ser de concreto, mas o mato cobria quase por completo, na frente da casa também era igual, algumas plantas mortas aparentemente eram roseiras, capim e matos tomava conta de toda cerca e do deck da área, a única cerca de ferro que guardava a casa estava enferrujado e o portão quase caindo.
Será que Lisbon e Jack vão ficar com a casa? Será que Meg conseguirá sua primeira grande venda?
Qual o segredo daquela casa estar detonada por fora e impecável por dentro?
O que está escrito na folha atrás do espelho para poder comprar a casa?
Segurem até o próximo capitulo!!!