O ANTICRISTO POR ROBERTO BARROS

Quarta feira 16 de agosto de 2023

Estamos apenas imaginando sobre certas coisas que se rolam no tempo como um valioso tesouro que em tudo e por tudo se começa uma linda história em que possamos validar em toda natureza uma flor de alto estima que em todas as formalidades e relatividades da vida relativamente eu creio que tudo seja um recomeço de uma conquista quanto uma fonte de vida que em tudo e por tudo se criou-se sobre vários estudos e pesquisas que no meu ver as coisas certamente na vida não são plenamente extintas e que a vida se parece em uma simples circunstâncias ser de fato mórbida que por uma relevância da vida o paraíso seja formativamente mais pleno de se misturar com a soberba vida que inevitavelmente possamos encontrar um caminho mais pleno e voltado a sociedade que não se esconda o fracasso da perdição sobre a luta do ser vivo a procura de deus que seja um artefato mais contagioso, profundo e realista a várias contradições que hoje possamos ver, sentir e pensar por um inesquecível momento de prazer que a retomada da vida sempre foi ou possa ser um caminho de perfeição para o grande desenvolvimento do ser humano que ver a vida mais abrangente quanto outros se destinam e não enxergam o verdadeiro caminho da perfeição que é mais eficaz as grandes relações do homem com a natureza tanto de deus quanto socialista que possamos aqui compreender um fator existente sobre a vida do homem que possa ter sido iluminado em quanto outros tentam se desfazer sobre seus processos imagináveis que lhe fez cruzar as barreiras mais reais da vida e de toda a resistência em quanto alguns homens tentaram fraudar seu mecanismo e existência com toda natureza que lhe propôs melhores conhecimentos sobre a vida que lhe estimou e lhe proporcionou um verdadeiro caminho de se viver e criar algo superlativamente mais dinâmico e eficiente sobre a vida que possamos compreender a passagem do tempo sobre um curto espaço em que a lógica nos ensine a conservar todos os direitos da vida e de conhecer melhor as relações do homem com as ciências onde possamos compreender e se ter uma noção mais plena sobre quaisquer obstáculo ou coisa sem valor que seja destrutiva a própria vida quando não se tenha um bom entendimento sobre as suas particularidades e que não haja bons laços de amizades sobre a dura e infiel ganância que possamos conhecer e contar sobre o amadurecimento do homem na vida que seja capaz de tudo sobre um sentimento mais voltado ao amor, respeito e amizades como melhores frutos na vida para a flor da maturidade em quanto possam existir incertas causas que se frustram sobre um tradado imperfeito de conhecer melhor a vida e que o mal não deseje alto valor e perseveranças, desenvolvimentos científicos e tecnológicos que possam ser de natureza comum quando se possa vir de um ser bem intencionado, interessado com a vida e suas relatividades do homem com a natureza ou que foi impossibilitado de se mostrar e ajudar a valorizar melhor a vida e os outros sobre tais consequências que não podem se comparar as normalidades de um ser humano e que seja debilitada mente contra deus, aqui eu deixo um conto bem relacionado que possamos compreender do fundo de toda logica que o paraíso possa nos conceber como se diz na bíblia o melhor caminho de subsistência quando se tenha alta fé e que possamos encontra deus sobre todas as coisas quando se haja realmente um bom relacionamento com deus que não e nunca nos frustremos do pecado ou da perdição e que a serpente se revela talvez sobre uma imagem mais desafiadora do homem que apreende a conhecer realmente o caminho de deus sobre suas dinâmicas que possam nos mostrar fiel a vida e que seja desejada pelo o inimigo como uma subsistência que estejam sobre fluidos morais e emocionais do amadurecimento do homem a procura de deus como sempre que deus deu a vida e a chave do conhecimento que não cabe a ser tomada e desejada pelo o inimigo quando diz a bíblia que ele persegue os homens de bem, os que governam a vida e que tentam conserva-la adiante de deus e assim começou toda a história do mundo.

Era verão onde se concretizava uma fonte que do conhecimento poderemos compreender as virtudes e inquietasse da vida que se diz que se é do fruto do prazer que se conserva a existência mais intima da vida e que possamos compreender sobre as relatividades da vida e que o mundo possa nos dizer o quanto há mais a conhecer e a explorar e que deus nos faz pensar sobre todas as logicas e monotonias que se rolam sobre a vida que nos dão escapatórias e outras que nos freiam devido talvez sobre uma metamorfose e desafios de todas as resistências em que o homem por certa relevância seja um conquistador de si mesma contra todas as voracidades que se rolam e queiram desfrutar do fruto do paraíso e que o mal sempre existiu atrás da vida porque a consistência possa nos conceber o valor de todas as formas de se viver e que estão sobre todas as coisas e que a serpente possa estar ligada ao grande deslumbre da consciência humana dês do tempo de deus e que nunca parara de persegui, destruir os planos e relações do ser humano com a vida porque ele veio para matar, roubar e destruir todas as perfeições, criações e amor do ser humano sobre a vida.

Estamos falando do anticristo que em sua face e mente se esconde um propósito de se fazer o homem perecer ao seu poder em que quase todos se tornam seu escravo como chave de sua maléfica atribuição e que ele nasceu dês do começo do mundo para atentar a consciência e desenvolvimento do ser vivo perante a deus e que temos que se reconhecer adiante de deus porque só deus nos libertara do laço do maldito e da peste perniciosa, do vale da morte e de toda a injustiça causada na vida, o anticristo se esconde sobre sete chaves que abrem sete portas do inferno que se carece dos infortuno e perigosos assassinos que hoje em dia se mostram em seu papel por uma deficiência gerada pela vida sobre tal pena de morte devido ao desemprego, desapego e falta de educação social que raramente possamos ainda acreditar na religião que abrange honestamente o mundo como uma fonte de amor e paz sobre os mortais que sobrevivem quase todos do pecado original que se veste na sociedade como o próprio demônio há se desfazer na natureza constitucional que raramente possamos compreender o seu valor sobre o ser humano na vida em quanto o mal se conserva por detrás das incapacidades e hoje a sociedade e escrava do fracasso, medo e crença no diabo talvez por um sentimento que se conservou falido sobre os planos de deus e que se diz que o anticristo se mostra como uma farsa sobre a verdade da vida que não pode ficar escondida e calada sobre o fundamento social que nos conserva adiante de tudo e que a mentira é uma coisa do mal e que seus planos se esconde por detrás das incapacidades geradas pelo homem quando não sinta pisar correto no chão e olha as alturas se esquecendo de deus, quando não haja amor profundo sobre seu íntimo que todos algum dia ainda vão compreender entre os seus altos estimas que a capacidade brota da perseverança e que não olhem com incertezas as inquietasses que se concebem na vida porque o mal se conserva adiante de quase tudo e quer levar todos ao fim porque seus propósitos são duvidosos sobre as suas capacidades e que ele ver o mundo obscuro e que vive do fracasso e loucura que raramente possamos acreditar em sua existência contra deus que sempre emanou luz imutável sobre os seres humanos e ele veio para distrair e possuir a mente dos inocentes que duelam contra a vida e quase todos são sobrecarregados de incertezas e eu posso ver um caminho de luz sobre a vida que poucos ainda não conseguiram compreender e ver porque fracassam talvez por uma incerteza e fraqueza de espirito e o mal nasce do insossego que nos mostram nas horas correntes um descompasso contra a vida que é ímpia, clara e bondosa sobre algumas falanges que se constroem na passagem do tempo que das alturas podemos contemplar o caminho da paz, do amor, da vida e da coragem.

A anticristo nasceu das sombras do inferno sobre uma constelação do mal que se desprende sobre um caminho de sempre possuir a mente do ser humano contra as diligências e inconsequências quando do nada se concebe a um enfermo há se debilitar sobre uma culpa emocional gerada por um medo ou angústia socializada pela realidade da vida que lhe desprendem o ódio e a incapacidade de se viver e se concebendo o fracasso e a loucura devido um ato ou efeito do mal que lhe possuiu as suas emoções devido a tais tentações.

Disse deus!

Que concebeu a chave da vida ao homem que lhe conservou sobre a sua mente que se sentia só entre um mundo vasto de solidão e que mostrou do seu amor mais profundo que é das alturas do céu que ele clareou do sol na terra para iluminar o homem ao nascer do dia e que o maldito nunca pervertera contra a sua existência divina e que o homem foi feito sobre a sua imagem e semelhança e que tudo ficara sobre todas as promessas de cristo para sempre com todos e assim sejamos louvados para sempre.

Eu creio que estejamos passando pelo portal do tempo para conhecermos bem do fundo de nossas almas que as nossas integridades possam nos dizer simplesmente o que somos e a razão que nos concebe o direito de preservamos as nossas qualidades e inocências e que se diz que nascemos do pó para com outra vida que pela perseverança divina possamos contemplar do fogo de nossas almas a essência fundamental de viver e conhecer profundamente os planos de deus e assim preservaremos tudo que deus nos deu e que deus seja um fator que nos revela em nossas magnitudes a alta fé sobre o mundo dos vivos e dos mortos bem sejamos fortes para sempre como deus seja louvado sempre por nós ficando toda maldade da vida destruída e assim vencido o diabo que sempre enganou o homem nas passagens da vida que simplesmente seja o anticristo que queira tomar a chave do mundo e a aliança de deus sobre os homens e mulheres que amam a vida e conservam a natureza de deus contra o inimigo ficando o homem vitorioso e bem aventurado aos planos de deus.

Era verão onde se concretizava uma fonte que do conhecimento poderemos compreender as virtudes e inquietasse da vida que se diz que se é do fruto do prazer que se conserva a existência mais intima da vida e que possamos compreender sobre as relatividades da vida e que o mundo possa nos dizer o quanto há mais a conhecer e a explorar e que deus nos faz pensar sobre todas as logicas e monotonias que se rolam sobre a vida que nos dão escapatórias e outras que nos freiam devido talvez sobre uma metamorfose e desafios de todas as resistências em que o homem por certa relevância seja um conquistador de si mesma contra todas as voracidades que se rolam e queiram desfrutar do fruto do paraíso e que o mal sempre existiu atrás da vida porque a consistência possa nos conceber o valor de todas as formas de se viver e que estão sobre todas as coisas e que a serpente possa estar ligada ao grande deslumbre da consciência humana dês do tempo de deus e que nunca parara de persegui, destruir os planos e relações do ser humano com a vida porque ele veio para matar, roubar e destruir todas as perfeições, criações e amor do ser humano sobre a vida.

Estamos falando do anticristo que em sua face e mente se esconde um propósito de se fazer o homem perecer ao seu poder em que quase todos se tornam seu escravo como chave de sua maléfica atribuição e que ele nasceu dês do começo do mundo para atentar a consciência e desenvolvimento do ser vivo perante a deus e que temos que se reconhecer adiante de deus porque só deus nos libertara do laço do maldito e da peste perniciosa, do vale da morte e de toda a injustiça causada na vida, o anticristo se esconde sobre sete chaves que abrem sete portas do inferno que se carece dos infortuno e perigosos assassinos que hoje em dia se mostram em seu papel por uma deficiência gerada pela vida sobre tal pena de morte devido ao desemprego, desapego e falta de educação social que raramente possamos ainda acreditar na religião que abrange honestamente o mundo como uma fonte de amor e paz sobre os mortais que sobrevivem quase todos do pecado original que se veste na sociedade como o próprio demônio há se desfazer na natureza constitucional que raramente possamos compreender o seu valor sobre o ser humano na vida em quanto o mal se conserva por detrás das incapacidades e hoje a sociedade e escrava do fracasso, medo e crença no diabo talvez por um sentimento que se conservou falido sobre os planos de deus e que se diz que o anticristo se mostra como uma farsa sobre a verdade da vida que não pode ficar escondida e calada sobre o fundamento social que nos conserva adiante de tudo e que a mentira é uma coisa do mal e que seus planos se esconde por detrás das incapacidades geradas pelo homem quando não sinta pisar correto no chão e olha as alturas se esquecendo de deus, quando não haja amor profundo sobre seu íntimo que todos algum dia ainda vão compreender entre os seus altos estimas que a capacidade brota da perseverança e que não olhem com incertezas as inquietasses que se concebem na vida porque o mal se conserva adiante de quase tudo e quer levar todos ao fim porque seus propósitos são duvidosos sobre as suas capacidades e que ele ver o mundo obscuro e que vive do fracasso e loucura que raramente possamos acreditar em sua existência contra deus que sempre emanou luz imutável sobre os seres humanos e ele veio para distrair e possuir a mente dos inocentes que duelam contra a vida e quase todos são sobrecarregados de incertezas e eu posso ver um caminho de luz sobre a vida que poucos ainda não conseguiram compreender e ver porque fracassam talvez por uma incerteza e fraqueza de espirito e o mal nasce do insossego que nos mostram nas horas correntes um descompasso contra a vida que é ímpia, clara e bondosa sobre algumas falanges que se constroem na passagem do tempo que das alturas podemos contemplar o caminho da paz, do amor, da vida e da coragem.

Agora vamos buscar como uma certeza que estamos entrando em uma questão de tempo e que todas as provações transcritas e prescritas em nossa vida são um fundamento real de uma existência que possa nos deduzir uma mera contradição entre dois termos que seria aquele que nega o Pai e o Filho e aqui eu quero contar e mostrar um grande contexto que se fala sobre o anticristo. Obrigado!

Anticristo, na escatologia cristã, refere-se a pessoas profetizadas pela Bíblia para se opor e substituir Cristo antes da segunda vinda. O termo anticristo (incluindo a forma plural) é encontrado cinco vezes no Novo Testamento, somente na primeira e na segunda epístolas joaninas. O anticristo é anunciado como "aquele que nega o Pai e o Filho".

Etimologia

Anticristo é traduzido da combinação de duas palavras da língua grega antiga ἀντί + Χριστός (anti + Christos). Em grego, Χριστός significa "o ungido". "Ἀντί" significa não apenas anti no sentido de "contra" e "oposto de", mas também "no lugar de".

História

Novo Testamento

"Anticristo" se referir a um indivíduo no Novo Testamento é questionável. O termo grego antikhristos se origina em I João. O termo semelhante pseudokhristos ("falso messias") também foi encontrado pela primeira vez no Novo Testamento, mas nunca foi usado por Flávio Josefo em seus relatos de vários falsos messias. Os cinco usos do termo "anticristo" ou "anticristos" nas epístolas joaninas não apresentam claramente um único anticristo individual dos últimos dias. "O enganador" ou "o anticristo" são geralmente vistos como marcando uma certa categoria de pessoas, ao invés de um indivíduoː

Filhinhos, esta é a última hora; e como ouvistes que vem o anticristo, já se têm levantado muitos anticristos, pelo que conhecemos que é a última hora. — I João 2:18

Pois muitos sedutores têm aparecido no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne: este tal é o sedutor e o anticristo. — II João 1:7

Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? O anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. — I João 2:22

Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus; e todo o espírito que não confessa a Jesus, não é de Deus. Este é o espírito do anticristo, de cuja vinda tendes ouvido falar, o qual agora já está no mundo. — I João 4:2–3

Atenção para uma figura individual do anticristo concentra-se no segundo capítulo de 2 Tessalonicenses, apesar do termo "anticristo" nunca ser usado nesta passagem:

Quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos rogamos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem tão pouco vos perturbeis, nem por espírito, nem por palavra, nem por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque o dia não chegará sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, ostentando-se como Deus. — II Tessalonicenses 2:1–4

Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente até que seja removido aquele que agora o detém. Então será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o assopro da sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda. A vinda desse ímpio é segundo a operação de Satanás com todo o poder, e com sinais e com prodígios mentirosos e com toda a sedução da injustiça para aqueles que perecem, porque não receberam o amor da verdade, a fim de serem salvos. — II Tessalonicenses 2:7–10

Embora a palavra "anticristo" (grego antikhristos) seja usada apenas nas epístolas joaninas, falsos cristos (grego pseudokhristos, que significa "falso messias") é usada por Jesus nos Evangelhos:

Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não acrediteis; porque se hão de levantar falsos cristos e falsos profetas, e mostrarão tais sinais e milagres que, se fora possível, enganariam até os escolhidos. — Mateus 24:23–24

Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo acolá! não acrediteis; levantar-se-ão falsos Cristos e falsos profetas, e farão milagres e prodígios, para enganar os eleitos, se possível fora. — Marcos 13:21–22

Cristianismo primitivo

O único dos padres apostólicos do final do século I / início do II a usar o termo é Policarpo (c. 69–155), que advertiu os filipenses que todo aquele que pregava falsa doutrina era um anticristo. Seu uso do termo anticristo segue aquele do Novo Testamento em não identificar um único anticristo, mas uma classe de pessoas.

Irineu (século II 202) escreveu Contra as Heresias para refutar os ensinamentos dos Gnósticos. No Livro V de Contra as Heresias, ele aborda a figura do anticristo referindo-se a ele como a "recapitulação da apostasia e rebelião." Ele usa "666", o ˞Número da Besta de Apocalipse 13:18, para decodificar numerologicamente vários nomes possíveis. Alguns nomes que ele propôs vagamente foram "Evanthos", "Lateinos" ("Latim" ou pertencente ao Império Romano). Em sua exegese de Daniel 7:21, ele afirmou que os dez chifres da besta serão o império romano dividido em dez reinos antes da chegada do anticristo. No entanto, suas leituras do anticristo foram mais em termos teológicos mais amplos do que em um contexto histórico.

O apócrifo não-canônico Ascensão de Isaías apresenta uma exposição detalhada do anticristo como Belial e Nero.

Tertuliano ̻(c. 160–220) afirmava que o Império Romano era a força restritiva sobre a qual Paulo escreveu em II Tessalonicenses 2:7–8. A queda do Império Romano Ocidental e a desintegração das dez províncias do Império Romano em dez reinos abririam caminho para o anticristo.

Hipólito de Roma (c. 170–236) afirmou que o anticristo viria da tribo de Dã e reconstruiria o templo judaico no Monte do Templo para reinar a partir dele. Ele identificou o anticristo com a Besta que saiu da Terra no livro do Apocalipse.

Cristianismo pós-niceno

Cirilo de Jerusalém, em meados do século IV, proferiu sua 15ª palestra catequética sobre a segunda vinda de Jesus Cristo, na qual também fala sobre o anticristo, que reinaria como governante do mundo por três anos e meio e seria morto por Jesus Cristo logo no final de seu reinado, logo após o qual a segunda vinda de Jesus Cristo aconteceria.

Atanásio de Alexandria (c. 298–373) escreveu que Ário de Alexandria seria associado ao anticristo, dizendo: "E desde então [o Primeiro Concílio de Nicéia] o erro de Ário foi considerado uma heresia mais do que comum, sendo conhecido como Inimigo de Cristo e precursor do anticristo".

João Crisóstomo (c. 347–407) advertiu contra especular sobre o anticristo, dizendo: "Não vamos, portanto, inquirir sobre essas coisas". Ele pregou que por conhecer a descrição de Paulo do anticristo em 2 Tessalonicenses, os cristãos evitariam o engano.

Jerônimo (347–420) advertiu que aqueles que substituíam o significado real das Escrituras por falsas interpretações pertenciam à "sinagoga do anticristo". "Quem não é de Cristo é do anticristo", escreveu ele ao papa Dâmaso I. Ele acreditava que "o mistério da iniquidade" escrito por Paulo em II Tessalonicenses 2:7 já estava em ação quando "cada um tagarelava sobre seus pontos de vista". Para Jerônimo, o poder que restringia esse mistério da ilegalidade era o Império Romano, mas, à medida que ele caiu, essa força de restrição foi removida. Ele alertou uma nobre mulher da Gália:

Aquele que deixa é tirado do caminho, mas não percebemos que o anticristo está próximo. Sim, o anticristo está perto de quem o Senhor Jesus Cristo "consumirá com o espírito de sua boca". “Ai daqueles”, ele grita, “que estão grávidas, e daqueles que amamentam naqueles dias.” ... Tribos selvagens em um número incontável invadiram todas as partes da Gália. Todo o país entre os Alpes e os Pirenéus, entre o Reno e o Oceano, foi devastado por hordas de Quadi, Vândalos, Sármatas, Alanos, Gépidos, Hérulas, Saxões, Borgonheses, Alemanni e - ai do povo! - até mesmo da Panônia.

Em seu Comentário sobre Daniel, Jerônimo observou: "Não sigamos a opinião de alguns comentaristas e suponhamos que ele seja o Diabo ou algum demônio, mas alguém da raça humana, em quem Satanás residirá em forma corporal". Em vez de reconstruir o templo judaico para reinar, Jerônimo pensou que o anticristo se sentaria no templo de Deus, visto que ele "se fez parecer como Deus". Ele refutou a ideia de Porfírio de que o "pequeno chifre" mencionado em Daniel capítulo 7 era Antíoco IV Epifânio, observando que o "pequeno chifre" é derrotado por um governante eterno e universal, pouco antes do Juízo Final. Em vez disso, ele defendeu que o "pequeno chifre" era o anticristo:

Devemos, portanto, concordar com a interpretação tradicional de todos os comentaristas da Igreja Cristã, de que no fim do mundo, quando o Império Romano for destruído, haverá dez reis que dividirão o mundo romano entre si. Então um décimo primeiro rei insignificante se levantará e vencerá três dos dez reis... depois de terem sido mortos, os outros sete reis também dobrarão seus pescoços ao vencedor.

Por volta de 380, uma pseudo-profecia apocalíptica falsamente atribuída à Sibila Tiburtina descreve Constantino como vitorioso sobre Gogue e Magogue. Mais tarde, ele prevê:

Quando o Império Romano cessar, o anticristo será abertamente revelado e se assentará na Casa do Senhor em Jerusalém. Enquanto ele reina, dois homens muito famosos, Elias e Enoque, surgirão para anunciar a vinda do Senhor. O anticristo os matará e depois de três dias eles serão ressuscitados pelo Senhor. Então haverá uma grande perseguição, como nunca houve ou haverá. O Senhor encurtará esses dias por causa dos eleitos, e o anticristo será morto pelo poder de Deus por meio do arcanjo Miguel no Monte das Oliveiras.

Agostinho de Hipona (354–430) escreveu "é incerto em que templo [o anticristo] deve se es, se nas ruínas do templo que foi construído por Salomão, ou na Igreja".

O Papa Gregório I escreveu ao Maurício em 597, sobre os títulos dos bispos: "Eu digo com confiança que todo aquele que chama ou deseja chamar a si mesmo de 'sacerdote universal' em exaltação de si mesmo é um precursor do anticristo."

No final do século X, Adso de Montier-en-Der, um monge beneditino, compilou uma biografia do anticristo com base em uma variedade de fontes exegéticas e sibilinas; seu relato se tornou uma das descrições mais conhecidas do anticristo na Idade Média.

Xilogravura, mostrando o anticristo, 1498

Acusações pré-reforma

Arnolfo, arcebispo de Reims, discordou das políticas e da moral do Papa João XV. Ele expressou seus pontos de vista enquanto presidia o Concílio de Reims em 991. Arnolfo acusou João XV de ser o anticristo enquanto também usava a passagem de 2 Tessalonicenses sobre o "homem da iniquidade", dizendo: "Certamente, se ele está vazio de caridade e cheio de conhecimento vão e elevado, ele é o anticristo sentado no templo de Deus e se mostrando como Deus". Este incidente é o registro mais antigo da história de alguém identificando um papa com o anticristo.

O Papa Gregório VII (1015 ou 1029–1085), lutou contra, em suas próprias palavras, "um ladrão de templos, um perjuro contra a Santa Igreja Romana, notório em todo o mundo romano pelo mais vil dos crimes, a saber, Guilberto , saqueador da santa igreja de Ravena, o anticristo e arqui-herege".

O cardeal Beno, do lado oposto da Questão das Investiduras, escreveu longas descrições de abusos cometidos por Gregório VII, incluindo necromancia, tortura de um ex-amigo em uma cama de pregos, encomenda de uma tentativa de assassinato, execuções sem julgamento, excomunhão injusta, duvidar da presença real de Cristo na Eucaristia e até queimá-la. Beno sustentava que Gregório VII era "afiliado ao anticristo ou o próprio anticristo".

Eberhard II von Truchsees, Príncipe-Arcebispo de Salzburgo em 1241, denunciou o Papa Gregório IX no conselho de Ratisbona como "aquele homem de perdição, a quem chamam de anticristo, que em sua ostentação extravagante diz: Eu sou Deus, não posso errar". Ele argumentou que os dez reinos com os quais o anticristo está envolvido são os "turcos, gregos, egípcios, africanos, espanhóis, franceses, ingleses, alemães, sicilianos e italianos que agora ocupam as províncias de Roma". Ele sustentava que o papado era o "pequeno chifre" de Daniel 7:8:

"Um pequeno chifre cresceu" com "olhos e boca falando grandes coisas", o que está reduzindo três desses reinos (ou seja, Sicília, Itália e Alemanha) à subserviência, está perseguindo o povo de Cristo e os santos de Deus com intolerável oposição, está confundindo as coisas humanas e divinas, e está tentando coisas inexprimíveis, execráveis.

Reforma Protestante

De uma série de xilogravuras (1545) geralmente referida como Papstspotbilder ou Papstspottbilder em alemão ou Representações do papado em inglês, por Lucas Cranach, encomendado por Martinho Lutero. Título: Beijando os Pés do Papa. Camponeses alemães respondem a uma bula papal do Papa Paulo III . A legenda diz: "Não nos assuste, Papa, com sua proibição, e não seja um homem tão furioso. Do contrário, daremos meia-volta e mostraremos nossas costas."

Passional Christi und Antichristi, de Lucas Cranach, o Velho, de Lutero, 1521. O Papa como o anticristo, assinando e vendendo indulgências.

Reformadores protestantes, incluindo John Wycliffe, Martinho Lutero, João Calvino, Tomás Cranmer, John Thomas, John Knox, Roger Williams, Cotton Mather e John Wesley, bem como a maioria dos protestantes dos séculos 16 a 18, sentiram que a Igreja Primitiva havia sido conduzido à Grande Apostasia pelo papado e identificou o papa com o anticristo. Lutero declarou que não apenas um papa de vez em quando era o anticristo, mas o papado era o anticristo porque eles eram "os representantes de uma instituição oposta a Cristo". Um grupo de estudiosos luteranos em Magdeburgo liderado por Matias Flácio, escreveram Magdeburg Centuries para desacreditar a Igreja Católica e levar outros cristãos a reconhecer o Papa como o anticristo. Portanto, em vez de esperar que um único anticristo governe a terra durante um futuro período da Tribulação, Martinho Lutero, João Calvino e outros reformadores protestantes viram o anticristo como uma característica presente no mundo de seu tempo, cumprida no papado.

Entre os outros que interpretaram a profecia bíblica historicamente, havia muitos Padres da Igreja; Justino Mártir escreveu sobre o anticristo: "Aquele que Daniel predisse que teria domínio por um tempo e vezes e meio, está agora mesmo às portas". Irineu escreveu em Contra as Heresias sobre a vinda do anticristo: "Este anticristo... devastará tudo... Mas então, o Senhor virá do Céu nas nuvens... pelos justos". Tertuliano, olhando para o anticristo, escreveu: "Ele deve se sentar no templo de Deus e se gabar de ser deus. Em nossa opinião, ele é o anticristo, conforme nos ensinado nas antigas e novas profecias; e especialmente pelo apóstolo João , que diz que 'já muitos falsos profetas saíram pelo mundo' como os precursores do anticristo". Hipólito de Roma, em seu Tratado sobre Cristo e o anticristo, escreveu: "Como também diz Daniel (nas palavras) 'Eu considerei a Besta, e veja! Havia dez chifres atrás dela — entre os quais surgirá outro (chifre), um ramo, e arrancará pelas raízes os três (que eram) antes dela.' E sob isso, era significado nada menos que o anticristo". Atanásio de Alexandria sustenta claramente a visão histórica em seus muitos escritos; no Depoimento de Ário, ele escreveu: "Dirigi a carta a Ário e seus companheiros, exortando-os a renunciar à sua impiedade ... Nesta diocese, saíram alguns homens sem lei - inimigos de Cristo - ensinando um apostasia que alguém pode justamente suspeitar e designar como precursora do anticristo". Jerônimo escreveu: "Diz o apóstolo [Paulo na Segunda Epístola aos Tessalonicenses]: 'A menos que o Império Romano primeiro seja desolado e o anticristo proceda, Cristo não virá'". Ele também identifica o pequeno chifre de Daniel 7: 8 e 7:24-25 que "Ele falará como se fosse Deus".

Alguns franciscanos consideraram o imperador Frederico II um anticristo positivo que purificaria a Igreja Católica da opulência, da riqueza e do clero.

As interpretações historicistas do Livro do Apocalipse geralmente incluem a identificação de um ou mais dos seguintes:

o anticristo (I João e II João);

a besta de Apocalipse 13;

o homem da iniquidade, de II Tessalonicenses 2 2:1–12;

o "pequeno chifre" de Daniel 7 e Daniel 8;

a abominação da desolação de Daniel 9, 11 e 12; e

a Meretriz da Babilônia de Apocalipse 17.

Os reformadores protestantes tendiam a acreditar que o poder do anticristo seria revelado para que todos compreendessem e reconhecessem que o papa é o verdadeiro anticristo, e não o Vigário de Cristo. Obras doutrinárias da literatura publicadas pelos luteranos, as igrejas reformadas, os presbiterianos, os batistas, os anabaptistas e os metodistas contêm referências ao papa como o anticristo, incluindo os artigos Smalcald, (1537), o Tratado sobre o poder e Primazia do Papa escrita por Filipe Melâncton (1537), a Confissão de Fé de Westminster, (1646), e a Confissão de Fé Batista de 1689, Em 1754, John Wesley publicou suas Notas Explicativas sobre o Novo Testamento, que atualmente é um Padrão Doutrinal oficial da Igreja Metodista Unida. Em suas notas sobre o Livro do Apocalipse (capítulo 13), ele comentou: "Toda a sucessão de Papas de Gregório VII são, sem dúvida, os Anticristos. No entanto, isso não impede, mas que o último Papa nesta sucessão será mais eminentemente o anticristo, o Homem do Pecado, acrescentando aos seus predecessores um grau peculiar de maldade do abismo".

A identificação do Papa com o anticristo estava tão enraizadas na Era da Reforma, que o próprio Lutero afirmou repetidamente:

“Este ensino [da supremacia do papa] mostra com força que o Papa é o próprio anticristo, que se exaltou e se opôs a Cristo, porque não permitirá que os cristãos sejam salvos sem seu poder, o que, no entanto, não é nada, não é ordenado nem comandado por Deus."

"nada mais do que o reino da Babilônia e do próprio anticristo. Pois quem é o homem do pecado e o filho da perdição, senão aquele que por seu ensino e suas ordenanças aumenta o pecado e a perdição das almas na igreja; enquanto ele ainda senta-se na igreja como se fosse Deus? Todas essas condições foram cumpridas por muitos anos pela tirania papal."

"O Papa, quer apagar a luz do Evangelho destinada a iluminar ao mundo. É, então, o anticristo predito por Daniel, pelo Senhor Jesus Cristo, Pedro, Paulo e o Apocalipse."

João Calvino escreveu de forma semelhante:

Embora se admita que Roma já foi a mãe de todas as igrejas, desde o momento em que começou a ser a sede do anticristo, deixou de ser o que era antes. Algumas pessoas nos consideram muito severos e censuradores quando chamamos o Romano Pontífice Anticristo., Mas aqueles que são desta opinião não consideram que eles trazem a mesma acusação de presunção contra o próprio Paulo, após quem falamos e cuja linguagem adotamos ... Vou mostrar isso brevemente (palavras de Paulo em II Tes. 2) não são capazes de qualquer outra interpretação além daquela que os aplica ao papado.

John Knox escreveu sobre o Papa:

"Sim, para falar em palavras claras; para que não nos submetamos a Satanás, pensando que nos submetemos a Jesus Cristo, pois, quanto à sua igreja romana, como agora está corrompida, e a sua autoridade, sobre a qual está a esperança de sua vitória, não tenho mais dúvida de que é a sinagoga de Satanás, e seu chefe, chamado papa, para ser o homem do pecado, de quem o apóstolo fala."

Tomás Cranmer sobre o anticristo escreveu:

"Disso se segue que Roma seja a sede do anticristo, e o papa seja o próprio anticristo. Eu poderia provar o mesmo por muitas outras escrituras, escritores antigos e fortes razões."

John Wesley, falando sobre a identidade dada na Bíblia do anticristo, escreveu:

Em muitos aspectos, o Papa tem uma reivindicação indiscutível sobre esses títulos. Ele é, em um sentido enfático, o homem do pecado, pois ele aumenta todos os tipos de pecado acima da medida. E ele é, também, adequadamente denominado, o filho de perdição, pois causou a morte de incontáveis ​​multidões, tanto de seus opositores quanto de seus seguidores, destruiu inúmeras almas e perecerá para sempre. É ele quem se opõe ao imperador, uma vez que seu legítimo soberano; e que se exalta acima de tudo que é chamado de Deus, ou que é adorado - comandando anjos e colocando reis sob seus pés, ambos os quais são chamados de deuses nas escrituras; reivindicando o maior poder, a maior honra; sofrendo, não apenas uma vez, para ser denominado Deus ou vice-Deus. De fato, nada menos está implícito em seu título comum, "Santíssimo Senhor" ou "Santíssimo Padre". De modo que ele se assenta - Entronizado. No templo de Deus - Mencionado Rev. xi, 1. Declarando-se que ele é Deus - Reivindicando as prerrogativas que pertencem somente a Deus.

Roger Williams escreveu sobre o Papa:

"o pretenso Vigário de Cristo na terra, que se assenta como Deus no Templo de Deus, exaltando-se não apenas sobre tudo o que se chama Deus, mas sobre as almas e consciências de todos os seus vassalos, sim, sobre o Espírito de Cristo, sobre o Espírito Santo, sim, e o próprio Deus ... falando contra o Deus do céu, pensando em mudar os tempos e as leis; mas ele é o Filho da Perdição."

Na Confissão de fé Irlandesa (1615; Igreja Episcopal): "O Bispo de Roma é, longe de ser a cabeça da Igreja Universal de Cristo, o que sua doutrina e obras, de fato revelam, que ele é aquele “homem do pecado” predito nas santas Escrituras, a quem o Senhor há de consumir com o espírito de Sua boca, e abolir com o resplendor de sua vinda." Na Confissão de Fé de Westminster (1647; Igreja Presbiteriana).

"Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo: (Colossenses 1:18; Efésios 1:22). Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão que ele é aquele Anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus." (Mateus 23:8–10; II Tessalonicenses 2:3–9; Apocalipse 13:8)

Na Confissão de Fé Londrina (1689; Igreja Batista).

"O Senhor Jesus Cristo é o cabeça da Igreja, aquele que, por designação do Pai, todo poder para o chamamento, instituição, ordem ou governo da igreja foi investido de maneira suprema e soberana; Nem pode o papa de forma alguma ser o cabeça dela, mas ele é o anticristo, aquele homem do pecado, e filho da perdição, que se exalta a si mesmo, na igreja, contra Cristo e a tudo que se chama Deus; a quem o Senhor destruirá com o resplendor da sua vinda."

A identificação da Igreja Católica Romana como o poder apóstata escrito na Bíblia como o anticristo tornou-se evidente para muitos quando a Reforma começou, incluindo John Wycliffe, que era bem conhecido em toda a Europa por sua oposição à doutrina e às práticas da Igreja Católica, que ele acreditava ter claramente se desviado dos ensinamentos originais da Igreja primitiva e ser contrária à Bíblia. O próprio Wycliffe conta como concluiu que havia um grande contraste entre o que a Igreja era e o que deveria ser, e viu a necessidade de reforma. Junto com Jan Hus, eles começaram a inclinar-se para as reformas eclesiásticas da Igreja Católica.

Quando o reformador suíço Ulrico Zuínglio se tornou pastor de Grossmünster em Zurique (1518), ele começou a pregar ideias sobre a reforma da Igreja Católica. Zwínglio, que foi um padre católico antes de se tornar um reformador, frequentemente se referia ao papa como o anticristo. Ele escreveu: "Eu sei que nisso opera a força e o poder do Diabo, isto é, do anticristo".

O reformador inglês William Tyndale sustentou que, embora os reinos católicos romanos daquela época fossem o império do anticristo, qualquer organização religiosa que distorcesse a doutrina do Antigo e do Novo Testamento também mostrava a obra do anticristo. Em seu tratado A Parábola do Maligno Mamon, ele rejeitou expressamente o ensino estabelecido da Igreja que olhava para o futuro para um anticristo se levantar, e ele ensinou que o anticristo é uma força espiritual presente que estará conosco até o final dos tempos sob diferentes disfarces religiosos de vez em quando. A tradução de Tyndale de 2 Tessalonicenses, capítulo 2, a respeito do "Homem da iniquidade" refletiu seu entendimento, mas foi significativamente alterada por revisores posteriores, incluindo o comitê da Bíblia do Rei Jaime, que seguiu a Vulgata mais de perto.

Em 1973, a Conferência dos Estados Unidos do Comitê dos Bispos Católicos sobre Assuntos Ecumênicos e Inter-religiosos e o Comitê Nacional dos EUA da Federação Luterana Mundial no diálogo oficial Católico-Luterano assinaram oficialmente um acordo sobre o Primado Papal e a Igreja Universal, incluindo esta passagem:

Ao chamar o papa de "anticristo", os primeiros luteranos permaneceram em uma tradição que remontava ao século XI. Não apenas dissidentes e hereges, mas até mesmo santos chamaram o bispo de Roma de "anticristo" quando desejaram castigar seu abuso de poder. O que os luteranos entendiam como uma reivindicação papal de autoridade ilimitada sobre tudo e todos os lembrava do imagens apocalípticas de Daniel 11, uma passagem que mesmo antes da Reforma havia sido aplicada ao papa como o anticristo do fim dos tempos.

Em 1988, Ian Paisley, ministro evangélico e fundador da Igreja Presbiteriana Livre de Ulster, ganhou as manchetes de maneira infame ao acusar o Papa João Paulo II de anticristo durante um dos discursos do Papa perante o Parlamento Europeu, que na época Paisley era membro de. Sua acusação e as reações do Papa João Paulo II e de outros membros do Parlamento Europeu foram gravadas em vídeo.

O Sínodo Evangélico Luterano de Wisconsin afirma sobre o Papa e a Igreja Católica:

Existem dois princípios que marcam o papado como o anticristo. Uma é que o papa assume o direito de governar a igreja que pertence apenas a Cristo. Ele pode fazer leis proibindo o casamento de padres, comer ou não comer carne na sexta-feira, controle de natalidade, divórcio e novo casamento, mesmo quando não houver tais leis na Bíblia. A segunda é que ele ensina que a salvação não é somente pela fé, mas pela fé e pelas obras. O presente papa defende e pratica esses princípios. Isso marca seu governo como governo anticristão na igreja. Todos os papas têm o mesmo cargo sobre a igreja e promovem a mesma crença anticristã, de modo que todos fazem parte do reinado do anticristo. A Bíblia não apresenta o anticristo como um homem por um curto período de tempo, mas como um cargo exercido por um homem por gerações sucessivas. É um título como Rei da Inglaterra.

Atualmente, muitas denominações protestantes e restauracionistas ainda mantêm oficialmente que o papado é o anticristo, como as igrejas luteranas conservadoras e os adventistas do sétimo dia.

Contrarreforma

Na Contrarreforma, as visões do preterismo e do futurismo foram apresentadas pelos Jesuítas Católicos no início do século XVI em resposta à identificação do papado como o anticristo. Esses eram métodos rivais de interpretação profética: os sistemas futurista e preterista estão ambos em conflito com o método historicista de interpretação.

Historicamente, preteristas e não preteristas concordaram que o jesuíta Luis del Alcázar (1554-1613) escreveu a primeira exposição preterista sistemática da profecia - Vestigatio arcani sensus in Apocalypsi (publicado em 1614) - durante a Contrarreforma.

Visões cristãs

Católica

Do Quinto Concílio de Latrão, a Igreja Católica ensina que os padres não podem "pregar ou declarar um tempo fixo para [...] a vinda do anticristo. A igreja também ensina que deve passar por provações antes da segunda vinda, e que a prova final da igreja será o mistério da iniquidade. No Judaísmo, a iniquidade é um pecado cometido por falha moral.

O mistério da iniquidade, segundo a igreja, será um engano religioso: os cristãos recebendo supostas soluções para seus problemas à custa da apostasia. O engano religioso supremo, de acordo com a igreja, será o messianismo do anticristo: a humanidade glorificando a si mesma ao invés de Deus e Jesus. A igreja ensina que esse engano supremo é cometido por pessoas que afirmam cumprir as esperanças messiânicas de Israel, como o milenarismo e o messianismo secular.

Papas

O Papa Pio IX na encíclica Quartus Supra, citando Cipriano, disse que Satanás disfarça o anticristo com o título de Cristo. O Papa Pio X na encíclica E Supremi disse que a marca distintiva do anticristo é afirmar ser Deus e tomar o seu lugar. O Papa João Paulo II, em seu discurso de 18 de agosto de 1985 em sua viagem apostólica à África, disse I João 4:3 evoca o perigo da teologia separada da santidade e da cultura teológica separada da servidão a Cristo. O Papa Bento XVI disse no Angelus de domingo de 11 de março de 2012 que a violência é a ferramenta do anticristo. Na Audiência Geral de 12 de novembro de 2008, Bento XVI disse que a tradição cristã passou a identificar o filho da perdição como o anticristo. O Papa Francisco, em sua meditação matinal de 2 de fevereiro de 2014, disse que a fé cristã não é uma ideologia, mas que "o apóstolo Tiago diz que os ideólogos da fé são o anticristo". Em sua meditação matinal de 19 de setembro de 2014, Francisco disse que o anticristo deve vir antes da ressurreição final. Em sua meditação matinal de 7 de janeiro de 2016, ele disse que o espírito maligno mencionado em 1 João 4: 6 é o anticristo. Em sua meditação matinal de 11 de novembro de 2016, Francisco disse que quem diz que o critério do amor cristão não é a encarnação é o anticristo.

Especulação

A Profecia dos Papas afirma que Roma será destruída durante o pontificado do último Papa, o que implica uma conexão com o anticristo.

Fulton J. Sheen, um bispo católico, escreveu em 1951:

O anticristo não será assim chamado; caso contrário, ele não teria seguidores ... ele virá disfarçado de Grande Humanitário; ele falará de paz, prosperidade e abundância não como meio para nos conduzir a Deus, mas como fins em si mesmos ... Ele tentará os cristãos com as mesmas três tentações com que tentou a Cristo ... Ele terá um grande segredo que ele não dirá a ninguém: ele não vai acreditar em Deus. Porque sua religião será fraternidade sem a paternidade de Deus, ele enganará até os eleitos. Ele estabelecerá uma contra-igreja ... Ela terá todas as notas e características da Igreja, mas ao contrário e esvaziada de seu conteúdo divino. Será um corpo místico do Anticristo que em todos os aspectos externos se assemelhará ao corpo místico de Cristo.

Ortodoxa

Em uma entrevista de Natal de 2018 na televisão estatal russa, o Patriarca Cirilo I de Moscou advertiu que "O anticristo é a pessoa que estará à frente da rede mundial de controle de toda a humanidade. Isso significa que a própria estrutura representa um perigo. Não deveria haver um único centro, pelo menos não em um futuro previsível, se não quisermos provocar o apocalipse." Ele exortou os ouvintes a não "cair na escravidão do que está em suas mãos [...] Você deve permanecer livre por dentro e não cair em nenhum vício, nem em álcool, nem em narcóticos, nem em aparelhos eletrônicos."

Velhos crentes

Depois que o Patriarca Nikon de Moscou reformou a Igreja Ortodoxa Russa durante a segunda metade do século XVII, um grande número de velhos crentes afirmou que Pedro, o Grande, o Czar do Império Russo até sua morte em 1725, era o anticristo por causa de seu tratamento da Igreja Ortodoxa, nomeadamente subordinando a Igreja ao Estado, exigindo que os clérigos se conformem com os padrões de todos os civis russos (barbas raspadas, sendo fluente em francês) e exigindo que paguem impostos estaduais.

Iluminismo

Bernard McGinn observou que a negação completa do anticristo era rara até a Idade das Luzes . Após o uso frequente da retórica carregada do "Anticristo" durante as controvérsias religiosas no século XVII, o uso do conceito diminuiu durante o XVIII devido ao governo de déspotas esclarecidos, que como governantes europeus da época exerciam influência significativa sobre as igrejas oficiais do estado. Esses esforços para limpar o cristianismo de acréscimos "lendários" ou "populares" efetivamente removeu o anticristo da discussão nas principais igrejas ocidentais.

Mórmons

Na doutrina Mórmon, o "anticristo" é qualquer pessoa ou qualquer coisa que falsifique o plano de salvação e que aberta ou secretamente estabelece oposição a Cristo. O grande anticristo é identificado como Lúcifer, mas ele tem muitos ajudantes tanto como seres espirituais quanto como mortais." Os Mórmons referenciam do Novo Testamento, 1 João 2:18, 22; 1 João 4: 3-6; 2 João 1: 7 e do Livro de Mórmon, Jacó 7: 1–23, Alma 1: 2–16, Alma 30: 6–60, em sua exegese ou interpretação do anticristo.

Adventistas do Sétimo Dia

Os Adventistas do Sétimo Dia ensinam que o "Poder do Pequeno Chifre", que (como previsto no Livro de Daniel ) surgiu após a dissolução do Império Romano, é o papado . O Império Romano do Ocidente entrou em colapso no final do século V. Em 533, Justiniano I, o imperador do Império Bizantino, reconheceu legalmente o bispo (papa) de Roma como o chefe de todas as igrejas cristãs. Por causa do domínio ariano de parte do Império Romano por tribos bárbaras, o bispo de Roma não podia exercer plenamente tal autoridade. Em 538, Belisário, um dos generais de Justiniano, conseguiu resistir a um cerco à cidade de Roma pelos sitiantes arianos ostrogodos, e o bispo de Roma pôde começar a estabelecer a autoridade civil universal. Assim, pela intervenção militar do Império Romano do Oriente, o bispo de Roma tornou-se todo-poderoso em toda a área do antigo Império Romano. Os ostrogodos recapturaram prontamente a cidade de Roma oito anos depois em 546 e Cerco de Roma (549–550).

Os adventistas do sétimo dia entendem que os 1260 anos duraram 538 a 1798 como a duração do domínio do papado sobre Roma. Este período é visto como começando com uma das derrotas dos ostrogodos pelo general Belisário e terminando com os sucessos do general francês Napoleão Bonaparte, especificamente, com a captura do Papa Pio VI pelo general Louis-Alexandre Berthier em 1798.

Como muitos líderes protestantes da era da Reforma, a pioneira adventista Ellen G. White (1827–1915) falou da Igreja Católica como uma igreja decaída em preparação para seu nefasto papel escatológico como antagonista contra a verdadeira igreja de Deus; ela viu o papa como o anticristo. Reformadores protestantes como Martinho Lutero, John Knox, William Tyndale e outros tinham crenças semelhantes sobre a Igreja Católica e o papado quando se separaram da Igreja Católica durante a Reforma. Ellen White escreveu:

Sua palavra advertiu sobre o perigo iminente; ignore isso e o mundo protestante aprenderá quais são realmente as intenções de Roma, somente quando for tarde demais para escapar da armadilha. Ela está silenciosamente crescendo em poder. Suas doutrinas estão exercendo influência nas salas legislativas, nas igrejas e no coração dos homens. Ela está empilhando suas estruturas elevadas e maciças nos recessos secretos dos quais suas perseguições anteriores serão repetidas. Furtivamente e inesperadamente, ela está fortalecendo suas forças para promover seus próprios fins quando chegar a hora de atacar. Tudo o que ela deseja é um terreno vantajoso, e isso já está sendo dado a ela. Em breve veremos e sentiremos qual é o propósito do elemento romano. Todo aquele que crer e obedecer à palavra de Deus incorrerá, assim, em reprovação e perseguição.

Os adventistas do sétimo dia veem o período de tempo que o poder desenfreado da igreja apóstata foi permitido governar, conforme mostrado em Daniel 7:25: "O chifre pequeno governaria um tempo e tempos e meio tempo" - ou 1.260 anos. Eles consideram o governo papal supremo na Europa de 538 (quando os ostrogodos arianos se retiraram de Roma para o esquecimento temporário) até 1798 (quando o general francês Louis-Alexandre Berthier levou o Papa Pio VI cativo) - um período de 1 260 anos- incluindo os 67 anos do Papado de Avinhão (1309–1376).

Outras interpretações cristãs

Martin Wight

Martin Wight, escrevendo imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, defendeu o renascimento da doutrina do anticristo; não como uma pessoa, mas como uma situação recorrente caracterizada por "concentrações demoníacas de poder".

Como o Homem da iniquidade

O Anticristo foi equiparado ao "homem da iniquidade" de II Tessalonicenses 2:3, embora os comentários sobre a identidade do "homem da iniquidade" variem muito. O "homem da iniquidade" foi identificado com Calígula, Nero, e o anticristo do fim dos tempos. Alguns estudiosos acreditam que a passagem não contém nenhuma predição genuína, mas representa uma especulação do próprio apóstolo, com base nas idéias contemporâneas do anticristo.

Vários teólogos evangélicos e fundamentalistas americanos, incluindo Cyrus Scofield, identificaram o anticristo como estando associado (ou igual a) várias figuras no Livro do Apocalipse, incluindo o Dragão (ou Serpente ), a Besta, o Falso Profeta e a Meretriz da Babilônia. Vozes da igreja emergente, como Rob Bell, rejeitam a identificação do anticristo com qualquer pessoa ou grupo. Eles acreditam que um Cristo amoroso não veria ninguém como inimigo.

Como Satanás

Bernard McGinn descreveu várias tradições detalhando a relação entre o anticristo e Satanás . Na abordagem dualista, Satanás encarnará no anticristo, assim como Deus encarnou em Jesus . No entanto, no pensamento cristão ortodoxo, essa visão era problemática porque era muito semelhante à encarnação de Cristo. Em vez disso, a visão "residente" tornou-se mais aceita. Estipula que o anticristo é uma figura humana habitada por Satanás, visto que o poder deste não deve ser visto como equivalente ao de Deus. O afresco de Luca Signorelli, O Sermão e Ações do anticristo (acima), retrata a visão interior. Satanás sussurra no ouvido dessa figura semelhante a de Cristo e seu braço esquerdo é enfiado nas vestes do anticristo como se ele o estivesse manipulando.

Pontos de vista não cristãos

Judaico

Existem advertências contra falsos profetas na Bíblia Hebraica, mas nenhuma figura de anti-Messias.

Uma figura paródica do tipo anti-Messias conhecida como Armilus, considerada a descendência de Satanás e uma virgem, aparece em algumas escolas filosóficas não legalistas da escatologia judaica, como o Sefer Zorobabel do século VII e o Midrash Vayosha do século XI ( também: "Midrash wa-Yosha"). Ele é descrito como "uma monstruosidade, careca, com um olho grande e um pequeno, surdo na orelha direita e mutilado no braço direito, enquanto o braço esquerdo tem dois braços e meio de comprimento". Sendo o sucessor de Gogue, sua destruição inevitável por um "Messiah ben Joseph" (Messias, filho de José), simboliza a vitória final do bem sobre o mal na Era Messiânica. Isso é confrontado com o anticristo cristão medieval e o Dajjal islâmico, que conquistará Jerusalém e perseguirá os judeus.

Islâmica

Al-dajjal (em árabe: الدّجّال), literalmente "o Messias enganador"), é uma figura importante na escatologia islâmica. Ausente no Alcorão, esta figura é mencionada e descrita no Hádice. Como no Cristianismo, o Dajjal é dito para emergir do leste, a localização específica varia entre as fontes. Ele tentará imitar os milagres realizados por Jesus, como curar os enfermos e ressuscitar os mortos, este último feito com a ajuda de demônios ( Shayatin ). Ele enganará muitas pessoas, como tecelões, mágicos, mestiços e filhos de prostitutas, mas a maioria de seus seguidores serão judeus com roupas estrangeiras.

Eventualmente, o Dajal será morto por Issa (Jesus), que ao ver o Dajal fará com que ele se dissolva lentamente (como o sal na água). Jesus acabará matando-o no portão de Lude.

Ahmadi

As profecias sobre o surgimento do anticristo são interpretadas nos ensinamentos da Ahmadi como designando um grupo específico de nações centradas em uma falsa teologia (ou cristologia) em vez de um indivíduo, com referência ao anticristo como um indivíduo indicando sua unidade como uma classe ou sistema ao invés de sua individualidade pessoal. Como tal, os ahmadis identificam o anticristo coletivamente com a expansão missionária e o domínio colonial do cristianismo europeu em todo o mundo que foi impulsionado pela Revolução Industrial .

Mirza Ghulam Ahmad escreveu extensivamente sobre este tópico, identificando o anticristo principalmente com os missionários coloniais que, segundo ele, deveriam ser combatidos por meio de argumentação em vez de guerra física e cujo poder e influência se desintegrariam gradualmente, permitindo, em última análise, o reconhecimento e a adoração de Deus ao longo dos ideais islâmicos para prevalecer em todo o mundo em um período semelhante ao período de tempo que levou para que o cristianismo nascente surgisse durante o Império Romano . O ensino de que Jesus era um homem mortal que sobreviveu à crucificação e morreu de morte natural, conforme proposto por Ghulam Ahmad, foi visto por alguns estudiosos a esse respeito como um movimento para neutralizar as soteriologias cristãs de Jesus e projetar a racionalidade superior do Islã.

Baha'i

O Anticristo é considerado como subverter a religião de Deus da realidade interior do homem, como `Abdu'l-Bahá narra: "Cristo foi um Centro divino de unidade e amor. Sempre que a discórdia prevalece em vez da unidade, onde o ódio e o antagonismo tomam o lugar do amor e da comunhão espiritual, o anticristo reina em vez de Cristo."

Na cultura popular

A entronização do anticristo está associada às teorias da conspiração e, particularmente, a uma conspiração satânica para destruir a fé cristã.

O apocalipse:

Um apocalipse em grego: ἀπό e em grego: καλύπτω, que significa literalmente "uma descoberta") é uma divulgação ou revelação de grande conhecimento. Em conceitos religiosos, um apocalipse geralmente revela algo muito importante que estava oculto ou fornece o que Bart Ehrman denominou de "Uma visão dos segredos celestiais que pode dar sentido às realidades terrenas". Em adição, certas culturas pagãs costumam ter visões assemelhadas a respeito desse tema muito embora o apocalipse pagão tenha mudado com o tempo.

O jejum, principalmente como parte de uma disciplina espiritual, pode levar uma pessoa a uma visão profética apocalíptica. Um exemplo disso é encontrado no livro de Daniel, que é o primeiro relato do apocalipse da Bíblia protestante. Depois de um longo período de jejum, Uma parte sobre o julgamento final de Deus lida com as forças do mal e as forças do bem e na Bíblia, Deus derrota uma força do mal para sempre e traz justiça e misericórdia ao mundo. Ap 20–22. Artigo “Dia do Senhor”.

Numerologia

A escrita apocalíptica frequentemente faz amplo uso de simbolismo. Um exemplo disso ocorre quando a gematria é empregada, seja para obscurecer o significado do escritor ou aumentá-lo; como várias culturas antigas usavam letras também como números (ou seja, os romanos com seu uso de "numerais romanos"). Daí o nome simbólico "Taxo", "Assumptio Mosis", IX. 1; o "Número da Besta " (616/666), no livro de Apocalipse 13:18; o número 666 ('Iησōῦς), Sibyllines, I.326-30.

Períodos de tempo

Semelhante é a frequente profecia sobre o período de tempo durante o qual os eventos preditos devem ser cumpridos. Assim, o "tempo, tempos e meio", Daniel 12: 7, que foi considerado pelos dispensacionalistas como tendo 3 anos e meio de duração; as " cinquenta e oito vezes " de Enoch, XC.5, " Assumptio Mosis ", X.11; o anúncio de um certo número de "semanas" ou dias, cujo ponto de partida em Daniel 9:24, 25 é "a saída do mandamento de restaurar e edificar Jerusalém ao Messias, o Príncipe, será de sete semanas", uma menção de 1290 dias após o pacto / sacrifício ser quebrado (Daniel 12:11), 12; Enoch XCIII.3–10; 2 Esdras 14:11, 12; Apocalipse de Baruch XXVI – VIII; Apocalipse 11: 3, que menciona "duas testemunhas" com poder sobrenatural,12: 6; compare Assumptio Mosis, VII.1.

Descrições

A linguagem simbólica também ocorre em descrições de pessoas, coisas ou eventos; assim, os "chifres" de Daniel 7 e 8; Apocalipse 17 e seguintes; as "cabeças" e "asas" de 2 Esdras XI e seguintes; os sete selos de Apocalipse 6; trombetas, Apocalipse 8; "taças da ira de Deus" ou "taça..." julgamentos, Apocalipse 16; o dragão, Apocalipse 12: 3-17,[Apocalipse 20: 1-3; a águia, Assumptio Mosis, X.8; e assim por diante.

Fim da era

No Antigo Testamento hebraico, algumas imagens do fim dos tempos eram imagens do julgamento dos ímpios e da glorificação daqueles que receberam a justiça diante de Deus. No Livro de Jó e em alguns Salmos, os mortos são descritos nesses textos hebraicos como estando no Sheol, aguardando o julgamento final. Os ímpios serão então condenados ao sofrimento eterno nos fogos de Gehinnom, ou no lago de fogo mencionado no Livro Cristão do Apocalipse.

Apocalipse (Bíblia):

O Livro do Apocalipse, também chamado Apocalipse de João ou Livro da Revelação é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico. Foi escrito por João na ilha de Patmos, no mar Egeu.

A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis, significa "revelação", formada por "apo", tirado de, e "kalumna", véu. Um "apocalipse", na mesma terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações, que constituem um gênero literário próprio (literatura apocalíptica). Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo de "fim do mundo".

O título do livro pode sugerir "A Revelação de Jesus Cristo", sendo a ideia básica de que os eventos descritos no livro foram revelados a Jesus Cristo, e este mostrou a seus servos, há mais de 2000 anos, as coisas que aconteceriam, teoricamente, em breve. João, o escritor do livro, não é seu autor, apenas o escriba, que escreveu o livro ditado pelo autor, Jesus. Por duas vezes, João relata que o conteúdo do livro foi revelado através de anjos.

Neste livro da Bíblia, conta-se que antes da batalha final, os exércitos se reúnem na planície abaixo de "Har Megido" (a colina de Megido). Entretanto, a tradução foi mal-feita e Har Megido foi erroneamente traduzido para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície antes do Armagedom, a batalha final.

Autoria

Ver artigo principal: Autoria dos trabalhos de João

Exegetas, católicos e protestantes atribuem a sua autoria a João, o mesmo autor do Evangelho Segundo João, conforme o descrito no próprio livro:

“Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodiceia. ”

Entretanto, correntes há que acreditam que o João mencionado aqui (referido como "João de Patmos") é outro indivíduo, diferente do apóstolo João. De acordo com Clarence Larkin, a circunstância de o estilo deste livro ser totalmente diferente das epístolas de João é porque o autor do livro é Jesus Cristo, sendo João apenas seu escriba.

Interpretações

Cristianismo

Ver artigo principal: Escatologia cristã

Para os cristãos, o livro possui a previsão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias de Deus. A interpretação, feita por protestantes e alguns católicos, é dividida em três grupos: preterista (as revelações ocorreram no passado), historicista (a ocorrência das revelações se dá com o passar da história) e futurista (as revelações ocorrerão no futuro).

A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita.

“Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.”

Apocalipse 1:1-3

Teologia amilenista

Uma vez que o livro é escrito em linguagem simbólica, profética, dá margem a inúmeras interpretações pelos diversos segmentos cristãos.

A teologia amilenista traz em seu bojo a interpretação não-literal, isto é, as imagens que aparecem no livro significam algo, e, por isso, entende que o Milênio não será formado de mil anos literais, mas um período de tempo indeterminado (3 anos e meio, um tempo, dois tempos e metade de um tempo, 42 meses e 1260 dias são sinônimos e representam inexatidão de tempo). Neste tempo inexato, os povos serão chamados para que sirvam Cristo e os que o seguirem serão marcados para a salvação.

João na ilha de Patmos

Assim, já estamos no Milênio e, a Grande Tribulação ainda está por vir, apesar de os salvos já viverem a tribulação dentro de um mundo corrupto e mau. A Grande Tribulação está sendo implantada à medida que a era da pregação do evangelho (Milênio) termina. No final do Milênio aparecerá o Anticristo (que trará a Grande Tribulação) e será eliminado pela Palavra do Senhor, isto é, Jesus Cristo. O fim é descrito com o aprisionamento definitivo da besta, do falso profeta, de Satanás e de seus demônios no Lago de Fogo e enxofre. Segue-se a isso o Juízo Final e o destino eterno dos salvos - a Nova Jerusalém.

Teologia pré-milenista

A teologia pré-milenista (significando que Jesus viria antes do Milênio), traz em seu bojo a interpretação literal das imagens/figuras e, por este modo, entende que os sete anos da grande tribulação, onde após o arrebatamento da igreja, a Terra passaria por três anos e meio de paz (com o reinado do Anti-Cristo - que perseguiria os cristãos que não tivessem o Número da Besta, a qual possibilitaria o livre comércio entre as pessoas. Tal marca, diz o profeta, seria posta na testa ou na mão das pessoas e haveria três anos e meio de grande aflição. Após esse período, ocorreria o início do Milênio (onde a igreja reinaria com Cristo na Terra). Terminado o Milênio, dar-se-ia início ao Juízo Final, onde o Messias reinaria definitivamente, lançando Satanás e seus anjos (demônios) no lago de fogo.

Neste livro o autor discorre sobre as consequências do acatamento ou não dos apelos do Novo Testamento ("voltem-se para Deus", "arrependam-se de seus pecados") dividindo então os santos (aqueles que se converteram a Deus, por meio da fé em Jesus Cristo) e os que se negaram a viver com ele.

Existem basicamente, quatro linhas de estudos acerca da interpretação do livro apocalíptico:

Linguagem simbólica

No entendimento simbólico, dizem basicamente que se referem às perseguições que os cristãos sofreram dos romanos e sofreriam ao longo da história. Segundo este entendimento, João utilizava simbologia para detalhar o sofrimento que estavam passando, e utilizava esse meio para falar com outros cristãos e dificultar assim o entendimento por parte de seus opressores.

Linguagem profética

Na profética, segundo uma teologia comum das igrejas protestantes, João teria recebido visões através de Jesus Cristo por meio de um anjo, que mostrou-lhe o que aconteceria durante o período da presente dispensação (até o fim do mundo). De entre estes acontecimentos está o mais famoso que é o Juízo Final, que seria o resultado (eterno) do acatamento ou não dos apelos do Novo Testamento que são:

Voltar-se para Deus.

Arrependimento dos pecados.

Confessar Jesus Cristo como Messias.

Batismo.

Dividindo, então, a humanidade entre os santos (aqueles que aceitaram) e os pecadores que se negaram a ouvir os apelos e mudar de atitude.

Segundo a visão profética, o "Juízo Final" trará o céu eterno para os santos e o inferno eterno para os pecadores.

Ainda segundo o entendimento profético do livro, temos a seguinte linha escatológica:

Carta às igrejas.

Princípio das dores (pequenas catástrofes).

Abertura dos selos (Cavaleiros do Apocalipse, clamor dos mártires, grande sismo e abalos celestes).

Governo do Anticristo por 7 anos, (sinal da Besta, paz, guerras).

Anjos derramam taças sobre a Terra, que significa a ira de Deus em 7 etapas (fome, pestes, sismos, maremotos, etc.).

Volta de Jesus Cristo e da Igreja à Terra.

Governo Milenar de Jesus Cristo.

Juízo Final.

Novo céu e nova terra.

O sinal ou marca da besta é alvo de diversas interpretações. Existem aqueles que dizem que o sinal será literalmente posto na mão direita ou na testa, e acusam o Verichip de ser esse sinal. Outros preferem uma visão mais simbólica e interpretam que o sinal da besta na mão direita ou na testa significaria respetivamente atitudes e pensamentos segundo as intenções da besta, e contrários a Deus.

Um exemplo de tal interpretação tem os adventistas, que creem que se pode identificar o sinal da Besta identificando qual o sinal contrário, isto é, o "sinal de Deus", que eles creem ser a observância do sábado. Neste caso, para eles, a marca da besta seria a observância do domingo, reconhecido como dia do Senhor tanto por católicos como por protestantes.

Porém, correntes atuais ponderam que o sinal da Besta nada mais é que algo compreensível, que quem recebê-lo saberá exatamente o que está fazendo, pois a expressão "é número de homem" remete a algo comum, notório para todos, pois até mesmo pessoas iletradas reconhecem números com facilidade, ao contrário da corrente que há alguns anos acusava o código de barras e agora o Verichip. Existe também a possibilidade de ser um número bem no centro da testa escrito 666 (seiscentos e sessenta e seis).

Visão Espírita

Segundo a visão espírita-cristã acerca do Livro das Revelações, João Evangelista, sob a orientação do Alto, deixa registrada para a posteridade uma carta em forma de revelação profética - Uma revelação autêntica sobre o futuro próximo a aquela época, e os tempos do fim. As mensagens e revelações contêm linguagem figurativa, que sugere as realidades espirituais em torno e por trás da experiência histórica. Evidências encontradas no próprio texto, indicariam que o Livro do Apocalipse fora escrito durante período de extrema perseguição aos cristãos, provavelmente no período compreendido entre o reinado de Nero, em julho de 64, e a destruição de Jerusalém, em setembro de 70, como relata Estêvão, no livro Apocalipse - Uma Interpretação Espírita das Profecias.

A mensagem central do Apocalipse é que "já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso" (Ap 19:6). O objetivo da mensagem apocalíptica era fornecer estímulo pastoral aos cristãos perseguidos, confortando, desafiando e proclamando a esperança cristã garantida e certa, além de ratificar a certeza de que, em Cristo, eles compartilhavam o método soberano de Deus. Por meio da espiritualidade em todas suas manifestações, haveriam de alcançar a superação total das forças de oposição à nova ordem que se estabelecia, pois que essa constituía a vontade do Altíssimo.

Segundo o espiritismo, em desdobramento ("Eu fui arrebatado em Espírito" Apocalipse 1:10), João recebera as revelações na forma de figuras vividas e imagens simbólicas, que se assemelham àquelas encontradas nos livros proféticos do Antigo Testamento. Ele registra suas visões na ordem em que as recebeu, muitas das quais retratam os mesmos acontecimentos através de diferentes perspectivas. Sendo assim, ele não estabelece uma ordem cronológica na qual determinados eventos históricos devem necessariamente acontecer, nem encadeia as profecias do Apocalipse em uma sucessão cronológica.

O caráter do livro apocalíptico é perfeitamente demonstrado já no início do capítulo (Apocalipse 1:1). É uma revelação que o Alto proporciona, por via mediúnica, pois é transmitida a João por intermédio de elevado Mensageiro espiritual — o anjo que se lhe apresenta, ante a visão psíquica, os propósitos que o Cristo o transmitiu.

Nas comunidades religiosas da época, as chamadas ekklesias, começava a obra do "homem do pecado" (expressão de Paulo utilizada em II Tessalonicenses 2:3), isto é, a penetração de doutrinas humanas, que, lentamente, foram-se integrando ao núcleo primitivo do cristianismo, às comunidades cristãs. Nas epístolas aos seus discípulos Timóteo e Tito, bem como na carta aos hebreus, Paulo já chamava a atenção para o perigo de se desviar da "sã doutrina", como que prevendo as dificuldades que iriam abater-se sobre o edifício duramente construído da doutrina cristã (cf. 1Tm 1:10, Tt 2:1, Hb 13:9).

É em meio a esse clima que vieram os alertas do apóstolo João, no livro Apocalipse.

Influência de outras culturas

O Cristianismo é influenciado pelo Judaísmo evidentemente. O livro de Daniel, pertencente à Bíblia, apresenta semelhanças com a doutrina e pensamento zoroástrico.

Eu quero aqui nesse contexto que conta essa história muito formidável que mostro que em tudo o anticristo se baseia em uma formulação dês do princípio do mundo que possamos entender uma grande versão da bíblia e sobre o apocalipse que falam sobre um ser que nega o Pai e o filho e que que veio ao mundo para desatinar a vidados seres humanos e que possamos compreender na religião que tudo se contrai como uma luta do bem contra o mal e o mal contra o bem,ficando toda essa história para os confins do mundo que se retrata em uma grande história de nossa religião e quero aqui agradecer a todos por essa minha bela lição que fiz para mostrar com muito amore trabalho para todos com muita pesquisa na enciclopédia e que falei no começo sobre uma grande causa que distorce um fundamento como fonte iluminaria da sociedade que não seja bem acrescida por alguém que não seja feliz ou não ame a deus. Obrigado a todos e um forte abraço!

Por: Roberto Barros