ESPELHO, ESPELHO MEU
ESPELHO, ESPELHO MEU
Na pequena floresta ao lado do bosque de Rotenvil, o povo dizia que vagava por lá espirito de antigos moradores.
Certo dia Jane estava a conversar com um garoto no bosque e o sr. Azeredo com murmúrio de espanto, foi logo percebido pelos dois, o qual o garoto correu para a floresta e Jane sem entender nada apenas o gritou.
Jane era uma adolescente de 16 anos, estudava o ensino médio e estava a morar com seus avós na pequena cidade de Rotenvil, a mesma não suportava morar com o pai e a madrasta e odiava a vida na capital, aprontou uma na antiga escola e o pai o mandou morar com os avós como castigo, mal sabia eles que para ela era um prazer.
De repente o guarda municipal aparece
- Com quem está falando senhorita?
- Comigo! Disse rapidamente Sr.Azeredo, fazendo se ser percebido ao local.
- Ok! Hora de ir para casa mocinha, está ficando tarde e é perigoso estar a esse horário próximo a floresta.
O sr.Azeredo era professor e vizinho de Jane, morava na inescrupulosa casa a frente da casa de seus avós, usava óculos e roupas um tanto quanto assombrosas, sua voz era pausadamente fria e rude, o que deixava a maioria dos seus alunos e crianças do bairro assombrados, mas para o restante da vizinhança era apenas um velho mal amado.
Noutro dia, sr. Azeredo perguntou sobre o rapaz a qual Jane estava a conversar à entrada da floresta, ela não quis falar, contudo ele insistira.
- Sei os motivos pelos quais você está aqui, senhorita Jane, fale-me sobre o garoto.
- O encontrei no bosque algumas vezes, tudo o que sei é que não o deixa ser visto por mais ninguém.
- Estou proibido de entrar na floresta e sou facilmente percebido, faremos um acordo cara Jane, você irá até o garoto dia sim, dia não, mas ninguém poderá saber da existência dele, em troca te ajudo a ficar por mais tempo em Rotenvil. É pegar ou pegar. hahahaha.
E assim fez Jane durante dois meses, Jane ao perceber que o tal garoto misterioso nunca o revelara sobre si mesmo, quis saber mais sobre.
- Sr.Azeredo deveria me contar sobre Billy, nunca ouvi falar sobre ele, porque não devo falar a respeito? Porque ele não sai daquela misteriosa floresta?
- Quantas perguntas, cara Jane, mas chegou a hora de lhe falar. Billy na verdade, Robert de Azeredo é o seu nome, é meu filho, estava no ônibus que caiu da ponte de Rotenvil a anos como conhecido.
-Todos morreram, sr.Azeredo, como o seu filho? Espera não me diga que ele é um espírito? Que estou vendo espíritos?
Espantada e eufórica estava Jane ao lembrar-se das lendas contadas a partir do acidente que houve na ponte de Rotenvil deixando todos os passageiros mortos.
Jane correu e por dias ignorou o sr.Azeredo.
Até que um dia o sr.Azeredo esperou por horas até vê-la sair de casa.
-Ora, ora, ora se não é a bela e adorável Jane; por que demoras tanto para sair da toca?
Perguntou o Sr.Nando de Azeredo.
-Eu, eu, eu.
-Por que tanta enrolação Jane? Você vai vê-lo ou não ? Eu espero nada menos que um sim.
-Sr. Azeredo. Eu não posso mais.
Jane é interrompida por Sr.Azeredo que já com a respiração nervosa, e palavreado frio.
-Olhe para mim Jane, temos um acordo e você vai cumprir.
-Me dê um tempo, apenas um tempo, é o que peço.
-Já se passaram semanas, hoje às 17h estarei no bosque e eu espero que você cumpra com o combinado, caso contrário cara Jane… Sorrindo friamente
Sr.Azeredo lendo um jornal com olhar vingativo, faz com que Jane por medo afirme sua ida ao bosque.
-Ok, Sr. Azeredo! Tudo menos voltar para a casa do meu pai.
Ao final da aula, Jane despede-se dos colegas tão rápido, os quais mal a compreende, chegando ao bosque, sr.Azeredo já está lá sentado em um banco folheando uma revista e observando tudo ao seu redor.
Jane o olha com o olhar de afirmação e respira fundo caminhando rumo a floresta que liga ao bosque.
-Ter que encarar isso outra vez, que saco, mas por que um fantasma no meu caminho!?
Jane procurou, procurou e por onde andou não viu Billy, ou seria Robert?
Voltando ao bosque, deixou o sr.Azeredo furioso e tristonho ao informar que não teria encontrado seu filho. Prometendo o que procuraria no outro dia.
Ao chegar em casa, Billy estava esperando em seu quarto, Jane quase caiu de susto
- O que faz aqui? Como entrou ?
- A porta estava encostada.
- Entrou pela porta? Minha avó te viu?
- Por onde esperaria que eu entrasse ? Ambos encaram a parede. -Pelas paredes?
De repente um barulho escada acima e os dois se assustam.
-Jane, as frutas que estavam na mesa, você as pegou? São do seu Vicente.
perguntou sua avó encostada a porta
Billy sorri satisfeito ao abocanhar o último pedaço.
- Não vó, não as vi, alguém deve ter pego.
Olhando com desdém para Billy.
- Não conte para meu pai sobre ter me visto.
Billy abriu a porta retirou-se, Jane observando a janela mas não o viu passar, por dias Billy aparecia e sumia como um fantasma, sr.Azeredo vivia a procura do filho e não encontrara, as frutas dos quintais eram dadas por falta e a população a questionar se seriam os fantasmas do ônibus rondando a cidade, Jane estava prestes a voltar para casa do pai e nem um pouco animada.
Um dia Jane olhando ao espelho encheu-se de perguntas
- O que farei? Billy o fantasma, ou Robert e sr.Azeredo andam de segredinhos?
Jane pega a bolsa para sair e de repente.
- Espere, espere mocinha.
Uma voz a espanta, Jane olha a sua volta e não vê ninguém.
- Ooooi, aqui no espelho Janeeeee
Jane grita assustada
- Aaaaah, grita também o reflexo de Jane ao espelho
- Você sou eu, você está falando comigo! Disse Jane trêmula e espantada
- Ora eu não sou tão feia assim , por que gritas? Vejo que precisa de ajuda.
- Sim, desabafou Jane contando todo o drama o qual vinha vivendo. Espere, estou a conversar com alguém do espelho. Jane afasta-se do espelho assombrada.
A pequena cidade já estava amedrontada com as falações que percorria sobre os fantasmas que estavam rondando a cidade constantemente.
Jane era a única que os via, replicou.
- Não sei o que fazer, tenho medo.
A garota do Espelho a encara respondendo:
- Todos lutam com seus próprios fantasmas dia após dia, lute com os seus.
Jane aproximou-se do espelho, olhando fixamente para si, ou melhor para a garota falante que via ao espelho e suspirou positivamente
- Meu medo existe, mas está bem, vou enfrentá-lo.
Retirando-se do quarto.
- Billy, Robert escute-me preciso falar com você, apareça agora.
Gritava Jane constantemente na floresta.
- Não sairei daqui até que apareça.
Quando Jane menos esperava veio uma ventania que chegava arrepiar as espinhas, Jane tentou correr, mas foi interrompida por Billy.
-Me chamou, senhora Jane? sorrindo debochadamente, estou aqui.
Nesse momento Jane se arrependeu de ter ido até lá.
- Está igual a seu pai; não estou aqui para deboches, porquê anda assombrando a cidade?
-Talvez por ser um fantasma. Olhando com sarcasmo para Jane.
- Seu fantasmazinho, não tenho medo de você.
- Buuh
Sorrindo como convite para que Jane viesse a sorrir também e por um instante caíram na gargalhada.
- Tá vendo como não sou um fantasma tão ruim assim.
- E porque então só aparece para mim? Mudando rapidamente de humor.
- Posso estar vivo ou aparecer para quem quer me ver, nem todo mundo acredita em fantasmas, então vêem apenas os que querem ver
- Eu não quero ver fantasmas, não pedi para ver fantasmas.
-Será cara Jane!? Quem não quer ver fantasmas, não cria redemoinhos.
-Mas afinal quem é você? Porque aparecer para mim?
Todos lutam com seus próprios fantasmas dia após dia, lute com os seus Jane.
Jane então o olha espantada, e sobre o barulho do vento, e o espalhar das folhas secas Jane se encosta ao chão desacordada…
Ao ouvir vozes vagas ao fundo Jane acorda espantada, deitada sobre uma cama de hospital, uma enfermeira com euforia de alegria saiu a gritar à procura do médico.
-Ela acordou, Jane acordou, após 1 ano finalmente Jane acordou.
-1 ano? Aos espantos Jane se encontra olhando todas as fotos e recordações que enfeitavam seu leito durante todo o período de internação.
Jane salta da cama, sem se importar com os aparelhos a qual estava conectada, e para o seu espanto seu espelho estava entre suas decorações.
O encarando com susto para si.
-Espelho, espelho meu.
Rapidamente o médico, seus familiares entram correndo, a abraçá-la, seu pai contando a ela que a encontraram desacordada na escola, após um jogo subconsciente. Jane se sente mal e sente-se espantada preste a contar.
-Os fantasmas de Rotenvil
Sua madrasta o olha com espanto e desdém.
-Fantasmas
-Que fantasmas ? Rotenvil? Você nunca esteve em Rotenvil. Fala o pai sem nada entender
Um vento assustador entra pela janela, Jane sente-se desesperada ao olhar para o espelho.
E ver a garota do espelho, o sr Azeredo, Robert todos erguendo suas mãos com assustador pedido de silêncio .
A madrasta aproximando-se:
Todos lutam com seus próprios fantasmas dia após dia, lute com os seus Jane.
E FIM.