SORRISOS QUE NUNCA VIRÃO

O silêncio como escolha decerto é relaxante e benigno, mas quando é imposto por razões diversas se transforma em castigo. Um exemplo dessa opção auto imposta é o das freiras que fazem voto de silêncio e passam a vida na clausura sem falar umas com as outras.

No tocante a tornar-se pena dolorosa, observamos tal condição naquelas pessoas sem amigos, longe da família e aprisionadas na escuridão dos próprios pensamentos. Como sofrem por não socializar, não trocar risadas, não receber atenção, sendo obrigados a viver ensimesmados e presos aos desvãos do vazio.

São indivíduos fechados em si mesmos, que sofrem e choram na solidão das quatro paredes de seus lares, esquecidos por quantos passam por eles sem vê-los. Esses gritam do fundo d'alma clamando sem voz, esbarrando de propósito nos transeuntes para, pelo menos, sair de sua boca um pedido de desculpas e ouvir um seco " tudo bem ", que nada significa a não ser indiferença.

O mundo está cheio de seres humanos silenciosos buscando vozes, procurando abraços de solidariedade e ansiando por sorrisos que nunca virão. Esta modesta crônica é dedicada a eles, nada mais que apenas minha simples maneira de ser solidário e afirmar o compromisso de contarem comigo caso em alguma esquina da vida nos encontremos e possamos dividir olhares fraternos e fortes abraços através dos olhos.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 15/03/2023
Código do texto: T7740935
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