O TARADO DA DOR
Ele só sentia o verdadeiro ápice do prazer infringindo dor na parceira, vendo o horror e a dor no rosto dela. Mas a esposa jamais consentiu com essa prática, deixou bem claro que qualquer tentativa de machuca-la a faria abandona-lo no mesmo dia.
Por isso ele contratava prostitutas que aceitassem essa condição. O problema é que ele era bastante conhecido por trabalhar apresentando o jornal televisivo local, não tinha a menor intenção de se expor. Então, usava um capuz nos encontros, algo previamente avisado às mulheres contratadas.
Acontece que a curiosidade é o grande defeito humano tanto para o bem quanto para o mal. Esse "vírus" impertinente habitava o coração da última prostituta que foi para o motel com ele. No exato momento em que ele iniciou seus atos psicopáticos, a mulher, curiosa e ansiando saber quem era o tarado esquisito que gostava de bater nas mulheres com quem transava, arrancou-lhe o capuz.
Ele broxou, berrou de ódio, saiu da cama às lágrimas, vestiu-se e correu desabalado no rumo da saída do quarto, deixando a mulher perplexa, sem o pagamento e nua.