A MORTE NÃO SORRI

A mulher acordou ao ser molestada enquanto dormia e seu grito não alarmou a madrugada porque o criminoso, mascarado e usando boné, colocou a mão na boca dela e apontou uma arma. Ela estremeceu, tentou argumentar com protestos gemidos, movimentos do corpo e olhos esbugalhados de terror. Não adiantou

O estuprador apenas pressionou o cano do revólver na face dela com mais força, ordenando silêncio com gestos ríspidos e apressando-se em despi-la. Numa atitude de desespero a moça buscou chuta-lo, bater nele, fazer qualquer ato capaz de evitar a desgraça prestes a acontecer. O intruso rasgou-lhe a blusa, arrebentou-lhe o sutiã e suspirou de antegozo ao ver os belos seios virginais da moça.

Nessa exato momento, tirando forças que jamais supôs ter, a vítima arrancou-lhe o chapéu e tirou a máscara do sujeito, que bufou de ódio. Os olhos dela se abriram ainda mais, sem acreditar. " Você?", conseguiu dizer. O estuprador, reconhecido por ela, num momento de furor e sem outra alternativa na ótica macabra dele, pegou o travesseiro e o pressionou sobre o rosto da infeliz garota. E atirou.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 07/09/2022
Reeditado em 07/09/2022
Código do texto: T7600616
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