A Batida. (Alguém à Espreita) 1° Noite

Estava no quarto como sempre, varando a madrugada em busca de inspiração, ou, qualquer coisa para escrever, assim, matar o tempo...

Temas como família, amor, dia a dia, fictícios, tumultuava a mente, de repente, um som, parecia com batidas na porta, porém, meu quarto não tem uma. Retirei o fone de ouvido afim de atestar o que ouvira, após uns segundos de silêncio, a batida retornou, contudo, um pouco mais forte, ou, devido o fone que na primeira vez pareceu fraco...

03:15 da madrugada, batidas, a cada dez segundos se repetia, pensei: "Será que deixei um dos cachorros preso no outro quarto, e, se for, por que não o ouço chorar...

Levantei abri o pequeno portão e sai, aproximei-me do segundo quarto, concentrei a audição para ouvir e nada, como não acredito em espírito muito menos assombração, já, que meus cinco a dez anos se passaram, pus a mão na chave e abri. Apertei os olhos para ver melhor na escuridão, e, nem vestígios do cão, adentrei o quarto tentando achar o pivô da batida mesmo sabendo que vinha da porta a qual abri.

Andei pelo mesmo sem nem ao menos ter um calafrio ou cabelos arrepiados, quando, a porta se fechou. A pancada despertou os cães que latiram, principalmente Bêlit, mas, não subiram pro meu andar, fiquei observando a porta, o quê fizera fechar, vento, não havia nenhum, a janela estava fechada, empeno, não... a porta foi colocada recentemente, isso me grilava...

Por alguns minutos parado, dei passos em direção à porta para abri-la, ante de concluir o movimento, olhei para trás, a impressão no ato era de que tinha alguém no canto contrário a me observar, quis perguntar quem era e o quê queria, mas, se ele quisesse, que me abordasse, então abri a porta e sai.

Me veio um bombardeio de informações, cujo o intuito é empregar medo nas pessoas que as assiste, sobre demônios, fantasmas revoltados, fenômenos paranormais, bem, se estiver se perguntando sobre a impressão: É, o fato de alimentar minha mente com tantos destes assuntos macabros e de terror, apenas isso.

De volta à meu quarto, às 03:55, deitado sobre a cama, ainda sem sono e escrevendo este que foi a base do texto, ainda ouvia as batidas... Então adormeci...

Nota: Todo alimento que nossa mente ingere, junto com nossa crença, torna-se ou não... Real.

Texto: A Batida. (Alguém à Espreita) 1° Noite

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 26/08/2022