Visões noturnas II
Andava sobre uma passarela que parecia não ter fim. Era uma tentativa cansativa para transpor a avenida.
No início parecia fácil, mas à medida que caminhava a estrutura ficava com um aclive mais acentuado, a ponto de ter que engatinhar para não cair.
Na parte mais alta estava retorcida, como se fosse projetada para derrubar quem ousasse atravessar.
Foram sonhos recorrentes e eu juro que nunca consegui chegar do outro lado.