Vivo

Julinho vôo por sobre os edifícios e das árvores que circundavam o condomínio.Tomou o maior susto quando viu que era acompanhado pelo seu avô falecido em poucos dias.

-Vovô o senhor não morreu,e já foi para o Céu?

-Já...e fui para o Céu,mas,de vez em quando poderei visitar o meu netinho.

Ambos desceram e adentraram pela janela no quarto do menino sapeca.

-Oh,olha lá vovô sou eu na cama deitado,dormindo.Nossa.

Falou,com espanto apontando com a mão direita,dedo em riste,os olhos esbugalhados,de boca aberta.

-É você,mesmo.Quando o corpo dorme,o espírito passeia,voa por aí...

Falou rindo,colocando uma das mãos por sobre o ombro do neto.

Tudo se apagou.Dormiu tranquilo até o amanhecer. O canto dos pardais lhe despertou. estava eufórico,alegre.

-mamãe sonhei com o vovô.E a gente voava por aqui,mesmo entre os prédios,as árvores feito o Super-man. O vovô tá no Céu,mas de vez em quando dá uma escapulidazinha e vem nos visitar.

O seu pai nada lhe disse,e se quer lhe ouvia direito.Passava os olhos nas últimas notícias que abordavam a situação econômica do país,enquanto sorvia um saboroso café com leite. A sua mãe lhe respondeu:

-Que bom,às vezes eu sonho com ele,também.

-O Céu é longe,mamãe?

-Deve ser.

-É deve ser,mesmo,pois,quando o vovô chega eu já estou dormindo.

LG

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 29/08/2020
Código do texto: T7049444
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