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A TRILHA PERDIDA (o caso dos pets desaparecidos)
Hoje acordei decidido a agir. Após muitas semanas de preparação, compra de equipamentos e algum desfalque financeiro (em verdade terceirizado), conclui que a espera ficou mais angustiante que a própria aventura em si. Afinal, "quem sabe faz a hora...", e autoconfiante que sou, certamente já sei o suficiente.
Ooops... Peço perdão a vocês leitores pelo meu rápido raciocínio. Devo antes me apresentar: meu nome é Ederson Ronaldo. Ederson simboliza criatividade e Ronaldo sabedoria, tudo a ver comigo. Para simplificar a pronúncia, digo que me chamam Ed. Ed Ronaldo. Tenho hoje 23 anos, e abandonei meus estudos secundários já que nada acrescentariam ao meu privilegiado intelecto. Como vivo hoje? Confesso que ainda concedo aos meus pais o benefício de minha presença, uma vez que o curso online de detetive particular (concluído em 10 sessões de 50 minutos) não me garante um ganho adequado às pequenices do cotidiano, como comer, vestir e outras coisas mundanas. Tenho uma namorada de nome Diana Helena, mas sua presença me entedia, sempre falando de insignificâncias: globalização, proteção ambiental, sustentabilidade, etc. A pobre, com sua limitada visão de mundo, perde seu tempo em bobagens. Haja paciência! Mas voltando ao que nos interessa, continuemos...
Minhas pesquisas sobre os desaparecimentos de pequenos animais no município de Pedra do Monte - MG, começaram alguns meses antes. Como admirador de grandes investigadores e suas técnicas, de Holmes a Poirot, passando por Mandrake e Ed Mort (em terras tupiniquins) e também já possuidor de todos os apetrechos (adquiridos no Mercado Livre) convenientes a um exímio detetive, resolvi sem falsa modéstia assumir minha expertise e desvendar os crimes que perturbavam o sono dos moradores da cidadezinha. O lamento diário dos vizinhos sobre o paradeiro do gato Fred, ou da cacatua Baretta, ou ainda do cachorrinho Fox Terrier Bilau (para citar apenas os surrupiados de minha rua) lançaram-me à investigação. Destemidamente sei que todo meliante é covarde, e apenas espera que uma mente brilhante o capture e dê cabo de suas maldades. Assim dito, decidi não mais protelar as averiguações.
Abri então de imediato minha mochila impermeável e conferi todos os equipamentos recém-chegados: luvas, botas de trilha, sapatilhas para escalada, macacão térmico, lupa, binóculos, relógio e óculos espiões, chaveiro espião com câmara noturna para até 46 horas de gravação e a joia da coroa: o gravador espião biônico com alcance de até 100 metros. Precavido como sou não me esqueci do suporte alimentar e completei a carga com barras de cereais, comida desidratada e várias garrafas de água mineral. Para dormir, travesseiro e saco de dormir termorregulável, ambos infláveis, acondicionados numa segunda bolsa minimamente pesada, graças à tecnologia embutida.
Como todo especialista deve se antecipar aos acontecimentos, pulei da cama às 4 da manhã, sorvi de uma talagada só 2 xícaras de café solúvel extraforte, a fim de recrutar meu poderio mental e, munido de minha parafernália tecnológica, parti para o frio da madrugada, em direção à grande colina conhecida pelos moradores do lugarejo como "Morro do Querosene", local onde meus aguçados sentidos apontavam para a origem dos delitos. O porquê desta conclusão? Sinto constatar que nem todos desfrutam de meu raciocínio lógico, mas haveria outro local para se iniciar as buscas? A semiescuridão de um lugar com esse tipo de iluminação obviamente o tornaria palco de furtivas maquinações.
Enquanto caminhava por pequenas trilhas já conhecidas, municiado por minha lanterna Led alemã com bateria para até 18 horas, fui dando vazão às minhas habilidades dedutivas, o que ocorria naturalmente, dado o meu grau de genética favorável e plena capacidade de autoconcentração. Percebi rapidamente que todas as vítimas apresentavam pontos em comum: eram pequenos animais, indefesos e motivo de grande afeição por seus donos. Isto me levou à óbvia conclusão, inacessível para muitos, que todos haviam sido vítimas de sequestro. Apenas um ponto me intrigava e desafiava a coerência dos fatos: se fora sequestro, porque então nenhum contato ainda fora feito? O desaparecimento do cãozinho Bilau, o primeiro de minha rua a sumir, já completava 2 meses... Talvez a diminuta inteligência dos sequestradores (que acredito serem da vizinhança) os tenha impedido de encontrar uma forma segura de contatar os proprietários, sem se denunciarem. Isso mesmo, como toda obstinada sequência investigativa acaba evidenciando, o canalha criminoso sempre está próximo. "O perigo mora ao lado..."
Foi então que um latido já conhecido me desconcentrou. Não havia dúvidas. Tratava-se do cãozinho Bilau. Meu relógio espião de origem russa marcava 11h35min. Havia caminhado por quase 6 h... Sem que eu percebesse o sol já subia alto e me dei conta que percorria a trilha descendente do Morro do Querosene, também chamada trilha perdida, onde poucos se aventuravam. Novamente discerni os latidos de Bilau, vindos de uns 80 metros à frente, onde a trilha se dividia numa desconhecida bifurcação. Caminhei então intrepidamente em direção aos ganidos, para rapidamente dar fim à questão, uma vez que meu estômago já se contorcia em roncos denunciadores.
Me vi então diante da encruzilhada. Os latidos continuavam, estridentes. Vinham do lado direito. Ouvi nitidamente um farfalhar de asas e sons de pássaros. Miados insistentes e mais latidos de vários timbres. Avancei e eis que então me deparei com os facínoras: dois pequenos seres, cabeças volumosas, tom de pele esverdeado, grandes olhos vermelhos, pequenas corcovas no dorso. Ao me verem, se assustaram e correram para o interior de um inexplorado túnel, parecendo abandonado, ao fim da pequena trilha. Meu Deus! Gritei alto, ao lembrar-me dos invasores de Marte Ataca e dos porões da casa da Bruxa de Blair. E foi a última visão que tive antes de ser golpeado na nuca...
Sempre dormi pouco, talvez pelo frenético metabolismo necessário à minha elevadíssima demanda cerebral, e com muitos despertares noturnos. Mas desta vez, ao acordar e tatear a prateleira em busca de meu iPhone 11, nada encontrei. Minha nuca latejava e qual não foi minha surpresa ao esfregar os olhos e... Pulei incontinenti de onde estava: uma maca rígida, de um metal reluzente para mim ainda incógnito... Me vi numa espécie de câmara fria, apenas vestido com minha cueca Lacoste e minhas meias Farfetch. Estranhas linhas vermelhas em forma de cruz riscavam meu dorso, refletidas nas paredes metálicas do cubículo. Minhas mochilas e equipamentos haviam sumido. De repente, o choque: Baretta, Fred, Bilau e muitos outros pets ali estavam, em pequenas celas octogonais, tipo uma colmeia moldando as paredes, todos horrivelmente.... empalhados! Meu Deus! Me veio à mente O Predador e suas caçadas...
O pânico inicial deu lugar a uma situação de autocontrole, aprendido em 5 sessões via web "Mindfullness para Entediados". Controlei inclusive o frio que sentia... Foi quando voltei-me rapidamente: uma espécie de braço mecânico carregando o que parecia um monitor de vídeo movimentou-se em minha direção, saído de uma das divisões octogonais da colmeia. Um zunido intenso e eis que, brindado pelo patrimônio cognitivo, compreendi perfeitamente e sem qualquer esforço:
"zxzxzxzxzx - terráqueo, estamos nos comunicando através do nosso tradutor universal - zxzxzxzxzx - viemos do longínquo exoplaneta Proxima Centauri b, distante 4,2 anos-luz de seu planeta - zxzxzxzxzx - viajamos pelo universo para coletar amostras genéticas de formas de vida alienígena inteligente, pois nosso mundo ainda é jovem e precisa aumentar sua biodiversidade - zxzxzxzxzx - os animais são selecionados pelo seu quociente de inteligência e o que você viu aqui na colmeia são cópias computadorizadas - zxzxzxzxzx - levaremos material genético para clonagem em nosso mundo e os originais serão em breve devolvidos - zxzxzxzxzx - quanto ao seu espécime em particular... bem... eeeh... o... optamos por não levar uma cópia - zxzxzxzxzx".
Luz intensa, zunidos, vertigem... Despertei em meu quarto, corri a mão à prateleira e com alívio percebi meu iPad Mini 4. Meu relógio espião russo estava novamente em meu pulso: 9h28min. Minha mãe gritava como de costume: "Ed... Ederrso Ronaldooooo, toma jeito minino, levaaaaanta..." Baretta como sempre andava pelo parapeito da janela e Fred dormia no tapete. Bilau latia sem cessar lá embaixo, correndo atrás do caminhão do gás. Que sonho estranho, ponderei... Pulei da cama esfomeado, lavei às pressas o rosto, vesti minha bermuda Oakley e desci para o café. Minha mãe reclamou: "minino, cê tá maluco? Que tinta nais costa é essa gora ? Era só o que faltava..."
obs: história fictícia, com local e personagens fictícios, inspirada em reportagem de 11 de agosto de 2010: Animais são abduzidos em cidade mineira no Sul do Estado, da ANDA ( Agência de Notícias de Direitos Animais). Minha adaptação teve um final feliz, o que infelizmente não ocorreu naquela localidade...
Inspirado nas histórias de detetives, e particularmente na obra do mestre Luis Fernando Verissimo, criador do icônico Ed Mort, ao qual aqui rendo homenagem.
A TRILHA PERDIDA (o caso dos pets desaparecidos)
Hoje acordei decidido a agir. Após muitas semanas de preparação, compra de equipamentos e algum desfalque financeiro (em verdade terceirizado), conclui que a espera ficou mais angustiante que a própria aventura em si. Afinal, "quem sabe faz a hora...", e autoconfiante que sou, certamente já sei o suficiente.
Ooops... Peço perdão a vocês leitores pelo meu rápido raciocínio. Devo antes me apresentar: meu nome é Ederson Ronaldo. Ederson simboliza criatividade e Ronaldo sabedoria, tudo a ver comigo. Para simplificar a pronúncia, digo que me chamam Ed. Ed Ronaldo. Tenho hoje 23 anos, e abandonei meus estudos secundários já que nada acrescentariam ao meu privilegiado intelecto. Como vivo hoje? Confesso que ainda concedo aos meus pais o benefício de minha presença, uma vez que o curso online de detetive particular (concluído em 10 sessões de 50 minutos) não me garante um ganho adequado às pequenices do cotidiano, como comer, vestir e outras coisas mundanas. Tenho uma namorada de nome Diana Helena, mas sua presença me entedia, sempre falando de insignificâncias: globalização, proteção ambiental, sustentabilidade, etc. A pobre, com sua limitada visão de mundo, perde seu tempo em bobagens. Haja paciência! Mas voltando ao que nos interessa, continuemos...
Minhas pesquisas sobre os desaparecimentos de pequenos animais no município de Pedra do Monte - MG, começaram alguns meses antes. Como admirador de grandes investigadores e suas técnicas, de Holmes a Poirot, passando por Mandrake e Ed Mort (em terras tupiniquins) e também já possuidor de todos os apetrechos (adquiridos no Mercado Livre) convenientes a um exímio detetive, resolvi sem falsa modéstia assumir minha expertise e desvendar os crimes que perturbavam o sono dos moradores da cidadezinha. O lamento diário dos vizinhos sobre o paradeiro do gato Fred, ou da cacatua Baretta, ou ainda do cachorrinho Fox Terrier Bilau (para citar apenas os surrupiados de minha rua) lançaram-me à investigação. Destemidamente sei que todo meliante é covarde, e apenas espera que uma mente brilhante o capture e dê cabo de suas maldades. Assim dito, decidi não mais protelar as averiguações.
Abri então de imediato minha mochila impermeável e conferi todos os equipamentos recém-chegados: luvas, botas de trilha, sapatilhas para escalada, macacão térmico, lupa, binóculos, relógio e óculos espiões, chaveiro espião com câmara noturna para até 46 horas de gravação e a joia da coroa: o gravador espião biônico com alcance de até 100 metros. Precavido como sou não me esqueci do suporte alimentar e completei a carga com barras de cereais, comida desidratada e várias garrafas de água mineral. Para dormir, travesseiro e saco de dormir termorregulável, ambos infláveis, acondicionados numa segunda bolsa minimamente pesada, graças à tecnologia embutida.
Como todo especialista deve se antecipar aos acontecimentos, pulei da cama às 4 da manhã, sorvi de uma talagada só 2 xícaras de café solúvel extraforte, a fim de recrutar meu poderio mental e, munido de minha parafernália tecnológica, parti para o frio da madrugada, em direção à grande colina conhecida pelos moradores do lugarejo como "Morro do Querosene", local onde meus aguçados sentidos apontavam para a origem dos delitos. O porquê desta conclusão? Sinto constatar que nem todos desfrutam de meu raciocínio lógico, mas haveria outro local para se iniciar as buscas? A semiescuridão de um lugar com esse tipo de iluminação obviamente o tornaria palco de furtivas maquinações.
Enquanto caminhava por pequenas trilhas já conhecidas, municiado por minha lanterna Led alemã com bateria para até 18 horas, fui dando vazão às minhas habilidades dedutivas, o que ocorria naturalmente, dado o meu grau de genética favorável e plena capacidade de autoconcentração. Percebi rapidamente que todas as vítimas apresentavam pontos em comum: eram pequenos animais, indefesos e motivo de grande afeição por seus donos. Isto me levou à óbvia conclusão, inacessível para muitos, que todos haviam sido vítimas de sequestro. Apenas um ponto me intrigava e desafiava a coerência dos fatos: se fora sequestro, porque então nenhum contato ainda fora feito? O desaparecimento do cãozinho Bilau, o primeiro de minha rua a sumir, já completava 2 meses... Talvez a diminuta inteligência dos sequestradores (que acredito serem da vizinhança) os tenha impedido de encontrar uma forma segura de contatar os proprietários, sem se denunciarem. Isso mesmo, como toda obstinada sequência investigativa acaba evidenciando, o canalha criminoso sempre está próximo. "O perigo mora ao lado..."
Foi então que um latido já conhecido me desconcentrou. Não havia dúvidas. Tratava-se do cãozinho Bilau. Meu relógio espião de origem russa marcava 11h35min. Havia caminhado por quase 6 h... Sem que eu percebesse o sol já subia alto e me dei conta que percorria a trilha descendente do Morro do Querosene, também chamada trilha perdida, onde poucos se aventuravam. Novamente discerni os latidos de Bilau, vindos de uns 80 metros à frente, onde a trilha se dividia numa desconhecida bifurcação. Caminhei então intrepidamente em direção aos ganidos, para rapidamente dar fim à questão, uma vez que meu estômago já se contorcia em roncos denunciadores.
Me vi então diante da encruzilhada. Os latidos continuavam, estridentes. Vinham do lado direito. Ouvi nitidamente um farfalhar de asas e sons de pássaros. Miados insistentes e mais latidos de vários timbres. Avancei e eis que então me deparei com os facínoras: dois pequenos seres, cabeças volumosas, tom de pele esverdeado, grandes olhos vermelhos, pequenas corcovas no dorso. Ao me verem, se assustaram e correram para o interior de um inexplorado túnel, parecendo abandonado, ao fim da pequena trilha. Meu Deus! Gritei alto, ao lembrar-me dos invasores de Marte Ataca e dos porões da casa da Bruxa de Blair. E foi a última visão que tive antes de ser golpeado na nuca...
Sempre dormi pouco, talvez pelo frenético metabolismo necessário à minha elevadíssima demanda cerebral, e com muitos despertares noturnos. Mas desta vez, ao acordar e tatear a prateleira em busca de meu iPhone 11, nada encontrei. Minha nuca latejava e qual não foi minha surpresa ao esfregar os olhos e... Pulei incontinenti de onde estava: uma maca rígida, de um metal reluzente para mim ainda incógnito... Me vi numa espécie de câmara fria, apenas vestido com minha cueca Lacoste e minhas meias Farfetch. Estranhas linhas vermelhas em forma de cruz riscavam meu dorso, refletidas nas paredes metálicas do cubículo. Minhas mochilas e equipamentos haviam sumido. De repente, o choque: Baretta, Fred, Bilau e muitos outros pets ali estavam, em pequenas celas octogonais, tipo uma colmeia moldando as paredes, todos horrivelmente.... empalhados! Meu Deus! Me veio à mente O Predador e suas caçadas...
O pânico inicial deu lugar a uma situação de autocontrole, aprendido em 5 sessões via web "Mindfullness para Entediados". Controlei inclusive o frio que sentia... Foi quando voltei-me rapidamente: uma espécie de braço mecânico carregando o que parecia um monitor de vídeo movimentou-se em minha direção, saído de uma das divisões octogonais da colmeia. Um zunido intenso e eis que, brindado pelo patrimônio cognitivo, compreendi perfeitamente e sem qualquer esforço:
"zxzxzxzxzx - terráqueo, estamos nos comunicando através do nosso tradutor universal - zxzxzxzxzx - viemos do longínquo exoplaneta Proxima Centauri b, distante 4,2 anos-luz de seu planeta - zxzxzxzxzx - viajamos pelo universo para coletar amostras genéticas de formas de vida alienígena inteligente, pois nosso mundo ainda é jovem e precisa aumentar sua biodiversidade - zxzxzxzxzx - os animais são selecionados pelo seu quociente de inteligência e o que você viu aqui na colmeia são cópias computadorizadas - zxzxzxzxzx - levaremos material genético para clonagem em nosso mundo e os originais serão em breve devolvidos - zxzxzxzxzx - quanto ao seu espécime em particular... bem... eeeh... o... optamos por não levar uma cópia - zxzxzxzxzx".
Luz intensa, zunidos, vertigem... Despertei em meu quarto, corri a mão à prateleira e com alívio percebi meu iPad Mini 4. Meu relógio espião russo estava novamente em meu pulso: 9h28min. Minha mãe gritava como de costume: "Ed... Ederrso Ronaldooooo, toma jeito minino, levaaaaanta..." Baretta como sempre andava pelo parapeito da janela e Fred dormia no tapete. Bilau latia sem cessar lá embaixo, correndo atrás do caminhão do gás. Que sonho estranho, ponderei... Pulei da cama esfomeado, lavei às pressas o rosto, vesti minha bermuda Oakley e desci para o café. Minha mãe reclamou: "minino, cê tá maluco? Que tinta nais costa é essa gora ? Era só o que faltava..."
obs: história fictícia, com local e personagens fictícios, inspirada em reportagem de 11 de agosto de 2010: Animais são abduzidos em cidade mineira no Sul do Estado, da ANDA ( Agência de Notícias de Direitos Animais). Minha adaptação teve um final feliz, o que infelizmente não ocorreu naquela localidade...
Inspirado nas histórias de detetives, e particularmente na obra do mestre Luis Fernando Verissimo, criador do icônico Ed Mort, ao qual aqui rendo homenagem.