A MOÇA
Toda manhã à mesma hora, ela passa sempre apressada sem desviar os olhos, ela segue em frente com passos firmes sem sair do ritmo.
Eu e os outros curiosos ficamos observando com muita atenção para ver em qual dos portões ela entra... Mas por incrível que possa parecer exatamente naquele instante para um caminhão baú que encobre praticamente umas quatro casas e fica impossível saber em qual que ela se direciona.
Até que Afrânio teve uma excelente ideia:
Na manhã seguinte ele iria ficar bem aonde o caminhão parava e, então, ele veria em qual residência a moça enfim entrava.
E assim foi feito. No dia seguinte nosso amigo Afrânio dirigiu-se para lá e ficou de plantão para descobrir o mistério. Porém, por obra do destino naquele dia a moça não passou no horário de sempre e todos nós perdemos tempo e ficamos com cara de tacho.
Ah, sem contar que nós tivemos que tomar injeção e analgésicos para gripe, pois estava uma garoa intermitente e ficamos encharcados e claro pegamos uma baita de uma gripe.