Capela misteriosa
Era um finalzinho de domingo de verão, quando ia pegar uma condução, que aquele local me chamou a atenção.
O minúsculo lugar tinha apenas uma porta e um altar de onde jorrava uma estranha luz.
Não vi bancos, nem pessoas. Era apenas um corredor iluminado e solitário, como se fosse uma miragem.
Naquele exato momento, pensei ser aquela uma capela cibernética, meio a frenéticas idas e vindas. Onde só você e Deus pudessem se encontrar sem horário marcado.
Então, me veio uma dúvida:
Será que só eu via aquele lugar? Por isso estava assim vazia. Ou, a correria para o futuro não permitia distrações e desvios?
Por isso, uma força maior e sublime criou aquela cybercapela solidária, como uma estação ferroviária perdida no passado. E Ele não precisou de nada mais do que uma porta aberta à pessoa que em dores reais precisasse de um encontro mágico, porém verdadeiro.
Então, me senti fluida e futurista, meio à visão estranha e à indiferença de muitos. Senti-me satisfeita e não mais frágil, sabendo que ali, de fato, eu o poderia encontrar.
Assim, acelerei meus passos, rumo à minha casa e ao meu futuro.