O sítio misterioso
O casal acordou assustado com os latidos desesperados dos cachorros ao redor da casa. Passava da meia noite, a escuridão era densa e uma chuvinha fina caía lá fora. Bernardo se levantou no escuro, foi até a cozinha e gritou: “Quem está aí?”, ninguém respondeu. Insistiu por algumas vezes e nada.
Os cães continuavam latindo ferozmente, correndo de um lado para o outro por entre as árvores. De vez em quando, um soltava ganidos como se tivesse sido atingido por alguma coisa. Bernardo olhava pelas frestas das portas e janelas, mas era impossível enxergar algo naquela escuridão.
O homem voltou ao quarto e pegou o rifle. A mulher, muito assustada, pedia-lhe que não fosse lá fora. O vizinho mais próximo do sítio ficava a, mais ou menos, dois quilômetros de distância. Não havia a quem pedir ajuda no momento.
Não hesitou mais. Deixando a mulher no quarto, já chorando, tremendo de medo do que poderia acontecer, abriu um pouco a porta da cozinha e saiu cuidadosamente. Esgueirando-se pela parede, pé ante pé, seguia tentando ver o ser com o qual os cachorros estavam acuados. Via vultos, como de pessoas que se moviam ligeiros e os animais que, enlouquecidos, corriam para todos os lados avançando sobre eles.
Pensou em acender a lanterna, mas temia, pois eram mais de um. Num assomo de coragem e, sem pensar nas consequências, jogou o facho de luz em direção ao lugar onde estavam os cães. Naquele instante, de repente e de uma só vez, todos os cachorros caíram ganindo. Em seguida, se levantaram e saíram em disparada em direção a Bernardo.
Ao ver os cães todos correndo em sua direção, Bernardo percebeu que os olhos dos animais eram como brasas. Todos os seus cabelos se arrepiaram. Saiu em disparada e, como um raio, entrou em casa em grande desespero. Trancou rapidamente a porta e correu para o quarto. Chegando lá, deu de cara com o corpo de sua esposa, completamente, estraçalhado ao lado da cama.
Algum ser de garras e dentes muito afiados o havia rasgado. Aterrorizado, Bernardo saiu novamente, entrou na caminhonete e dirigiu até a delegacia da pequena cidade que distava uns oito ou dez quilômetros dali. Pediu ajuda aos policiais que, imediatamente, vieram com ele ao local.
Quando chegaram, dois dos policiais entraram imediatamente na casa enquanto os outros verificavam os arredores. No quarto, os policiais encontraram a mulher sentada na cama, assustada à espera do marido que havia saído desesperado, dizendo ir à cidade fazer qualquer coisa que ela não ouvira bem o quê.
Saíram para interrogar o homem. Não encontraram ninguém, nem o homem nem os policiais. Voltaram para o interior da casa e encontraram a mulher, completamente, dilacerada, como o esposo tinha descrito na delegacia.
Assombrados, os policiais voltaram às pressas para a cidade e relataram tudo. Tornaram a ir ao sítio onde acontecera o caso. Dessa vez, foram algumas viaturas e também uma multidão de curiosos da cidade.
No sítio, encontraram uma casa velha abandonada. Os policiais, atônitos, garantiam que tudo havia sido como diziam. Foram até o vizinho mais próximo em busca de informações e estes juravam que ninguém morava na propriedade há, pelo menos, uns dez ou doze anos.
De volta à cidade, encontraram, na delegacia, os dois policiais que haviam desaparecido no sítio. Ao serem questionados sobre como estavam de volta à delegacia, afirmaram e provaram, com testemunhas, que nunca haviam saído dali.
O casal acordou assustado com os latidos desesperados dos cachorros ao redor da casa. Passava da meia noite, a escuridão era densa e uma chuvinha fina caía lá fora. Bernardo se levantou no escuro, foi até a cozinha e gritou: “Quem está aí?”, ninguém respondeu. Insistiu por algumas vezes e nada.
Os cães continuavam latindo ferozmente, correndo de um lado para o outro por entre as árvores. De vez em quando, um soltava ganidos como se tivesse sido atingido por alguma coisa. Bernardo olhava pelas frestas das portas e janelas, mas era impossível enxergar algo naquela escuridão.
O homem voltou ao quarto e pegou o rifle. A mulher, muito assustada, pedia-lhe que não fosse lá fora. O vizinho mais próximo do sítio ficava a, mais ou menos, dois quilômetros de distância. Não havia a quem pedir ajuda no momento.
Não hesitou mais. Deixando a mulher no quarto, já chorando, tremendo de medo do que poderia acontecer, abriu um pouco a porta da cozinha e saiu cuidadosamente. Esgueirando-se pela parede, pé ante pé, seguia tentando ver o ser com o qual os cachorros estavam acuados. Via vultos, como de pessoas que se moviam ligeiros e os animais que, enlouquecidos, corriam para todos os lados avançando sobre eles.
Pensou em acender a lanterna, mas temia, pois eram mais de um. Num assomo de coragem e, sem pensar nas consequências, jogou o facho de luz em direção ao lugar onde estavam os cães. Naquele instante, de repente e de uma só vez, todos os cachorros caíram ganindo. Em seguida, se levantaram e saíram em disparada em direção a Bernardo.
Ao ver os cães todos correndo em sua direção, Bernardo percebeu que os olhos dos animais eram como brasas. Todos os seus cabelos se arrepiaram. Saiu em disparada e, como um raio, entrou em casa em grande desespero. Trancou rapidamente a porta e correu para o quarto. Chegando lá, deu de cara com o corpo de sua esposa, completamente, estraçalhado ao lado da cama.
Algum ser de garras e dentes muito afiados o havia rasgado. Aterrorizado, Bernardo saiu novamente, entrou na caminhonete e dirigiu até a delegacia da pequena cidade que distava uns oito ou dez quilômetros dali. Pediu ajuda aos policiais que, imediatamente, vieram com ele ao local.
Quando chegaram, dois dos policiais entraram imediatamente na casa enquanto os outros verificavam os arredores. No quarto, os policiais encontraram a mulher sentada na cama, assustada à espera do marido que havia saído desesperado, dizendo ir à cidade fazer qualquer coisa que ela não ouvira bem o quê.
Saíram para interrogar o homem. Não encontraram ninguém, nem o homem nem os policiais. Voltaram para o interior da casa e encontraram a mulher, completamente, dilacerada, como o esposo tinha descrito na delegacia.
Assombrados, os policiais voltaram às pressas para a cidade e relataram tudo. Tornaram a ir ao sítio onde acontecera o caso. Dessa vez, foram algumas viaturas e também uma multidão de curiosos da cidade.
No sítio, encontraram uma casa velha abandonada. Os policiais, atônitos, garantiam que tudo havia sido como diziam. Foram até o vizinho mais próximo em busca de informações e estes juravam que ninguém morava na propriedade há, pelo menos, uns dez ou doze anos.
De volta à cidade, encontraram, na delegacia, os dois policiais que haviam desaparecido no sítio. Ao serem questionados sobre como estavam de volta à delegacia, afirmaram e provaram, com testemunhas, que nunca haviam saído dali.