A vida calada, sem destino me deixou,
abdiquei de tudo por medo de muitos
do âmago trouxe forças para viver
tortuosos caminhos fui conduzida;
infames mentiras suportei, chorei tanto!
palavras torpes me disseram;
tentei transcender poeticamente
quase fui derrotada pelo destino,
lastimo me calar ao delator;
O que habita em mim, oh! Senhor
que me faz sofrer tanto assim,
calamidades padeci, e padeço,
dentro do peito rasgo minha dor,
feroz enfermidade que hoje
transforma meu raciocínio em nada,
e que frauda o corpo quase inerte
transforma minha vida em negras nuvens
ando pelo lamaçal da vida
os pés não obedecem mais!
do que vale meu futuro?
que futuro?