UM ENIGMA
Manuela caminhava, na praia, de pés descalços, quando, de repente, o céu pintou-se de nuvens. Por encontrar-se em uma ilha, buscou abrigo na "Pousada Campos de Sonhos".
Na entrada, ouviu gritos, o que a fez correr para ver o que estava acontecendo. Dirigindo-se à porta, de onde os escutara, percebeu que essa estava entreaberta. Ao aproximar-se, viu um corpo caído ao chão. Era o gerente da pousada. Identificou-lhe pelo crachá que trazia preso ao bolso da camisa.
Sem saber o que fazer, desesperada foi à recepção. Era só escuridão. Ninguém na entrada, um enigmático silêncio.
Tentou sair do local de várias maneiras. Seu celular não funcionava; logo, estava impedida de pedir ajuda. Sem final, apavorou-se e fugiu em busca de auxílio.
Uma garoa umedecia os longos e ruivos cabelos de Manuela que, agora, encontrava-se em uma pequena estrada que parecia dar em lugar nenhum.
Passado alguns minutos, escutou passos atrás de si. Quando virou, avistou a sombra de um homem. Aterrorizada, escondeu-se em uma casa abandonada.
Assim que entrou, notou que o lugar havia sido habitado até há pouco tempo. Na cama, um lençol manchado de sangue. De imediato, não distinguiu o que era por conta da escuridão.
Subitamente, fora da residência, um forte barulho. Impulsivamente, trancou portas e janelas.
Ao dirigir-se à sala, viu uma vela acesa, momento em que ecoou outro barulho. Dessa vez, num dos quarto.
Embora assustada, foi verificar. Surpresa! O lençol, antes na cama, havia sumido. Ao olhar para o lado, notou que o gerente, o qual acreditava ter morrido, estava ali e sorria-lhe sarcasticamente.
Sem poder reagir, sentiu uma dor aguda no peito, foi quando tudo escureceu.
*Entrelace com Alunos do 2º Ano do Ensino Médio.