O HOMEM PROIBIDO

No anoitecer daquele dia frio, Rosinha, uma mulher dona de um olhar sedutor e um corpo escultural, saía mas uma vez de sua casa em direção ao centro da pequena cidade na qual vivia. Andando pelas ruas vazias

cobertas por uma pesada neblina, aquela mulher de quase 50 anos não sabia se sentia excitação ou angústia. Não entendia bem seus atos, ora pensava estar pecando, ora não se culpava por nada.

O destino daquela mulher solitária era a casa de um homem proibido. Esse homem, que assim como ela sempre foi uma pessoa sozinha, vivia o mesmo conflito a respeito de seu comportamento. Mas não adiantava; toda vez que avistava aquela mulher maravilhosa, não conseguia se controlar.

- Será que iremos pro inferno? - perguntou Rosinha, deitada no peito do homem proibido.

- Não sei... Provavelmente. Mas o que importa é onde estamos agora. - o homem beijou intensamente aqueles lábios carnudos.

E fizeram amor mais uma vez, naquela noite fria, sem se preocuparem com nada. Apenas o sentimento proibido dos dois que importava naquele momento.

Mais tarde, naquela mesma noite, Rosinha voltou para sua casa, e o homem proibido vestiu sua batina para realizar mais uma missa na paróquia da cidade.

Estranha mente
Enviado por Estranha mente em 06/05/2019
Reeditado em 14/05/2019
Código do texto: T6640720
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