Simpatia dos antigos na época dos rezadores e rezadeiras
Notícias muito antigas vale a pena saber de novo: Havia na região da Mata Escura, local do subúrbio de Salvador um rezador chamado Kambá, descendente direto de africano Kibungo. Ninguém sabia a sua idade, tinha a cabeça branca com cabelos encaracolados. Mas, na época si dizia “preto quando se pinta tem três vezes trinta” e o seu corpo envergado olhava o chão. Kambá era mestre rezador, ensinava as pessoas doente a si curarem com folhas e raízes da Mata próxima e tudo dava certo. O “ fogo selvagem” nome de doença popular, chamada cientificamente ( pênfigo foliáceo) se espalhou na região e ele Kambá praticava o curandeirismo com forte reza. Assim dizia: “ fogo selvagem, com que acabaria? Com três galhos verdes e com água fria, com os poderes de Deus e da Virgem Maria” e após dizer essas palavras, continuava a rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria passando os três galhos. Logo depois, com três novos galhos umedecido com azeite de dendê no local. Para dores e inchações reumáticas ele recomendava as raízes de Jericó em forma de chá ou óleo de mamona novo esquentado antes de aplicar nas pernas ou local indicado. Depois, pega a folha da bananeira nova e coloca nas pernas para ficar em três dias.
Naquela época, os “rezadores” não cobravam os serviços e o beneficiado dava o que queria dinheiro, presente ou troca de favor. O mundo dos “curandeiros” era fechado, somente na seita se falavam do dia a dia. Seus descendentes não herdavam de toda a cultura dos seus ancestrais, não havia a escrita na forma de registro histórico entre eles. Mas houve a herança oral quando a família permaneceram juntas.
Hoje o presente lembra o passado com gratidão.
Batacoto.