Uma Vida Azul - Capítulo III: Dilema
-- Você invadiu minha casa no meio da noite e quer que eu acredite que não é uma ameaça!?
-- Confie em mim, me deixe entrar.
-- Fique exatamente aí, já chamei a polícia, não ouse...
Um estrondo interrompe o discurso de Deb. O Visitante consegue com um chute derrubar a porta, mesmo com a barricada, empurrando Deb para o canto oposto do quarto, perto do armário.
-- Eu disse que você não tinha uma arma -- disse enquanto sorria o visitante.
Deb pensou reconhecê-lo ao fitar seus olhos; Não gritou, nem ficou ofegante. Seu semblante era tranquilo, como se estivesse aliviada por sua visão, porém, não sabia quem era aquela pessoa.
-- Vamos, não temos muito tempo -- disse o homem.
-- Quem é você; O que quer?
Antes que ele pudesse responder outro estrondo é ouvido: A janela do quarto se quebrara e por ela entrara um tipo de animal alado, indefinido, porém, aterrorizante. Apesar do aspecto selvagem, o animal possuía uma coleira com algo marcado, ilegível àquela escuridão. O Animal avançou em Deb, mas foi interceptado pelo guarda-chuva preto do visitante, que nitidamente era uma espécie de bastão disfarçado.
O animal foi jogado pelo golpe até a outra extremidade do quarto, meio atordoado.
-- Vamos, Deb, não temos mais tempo!
-- Mas...
Débora não relutou mais, seguiu o homem colorido através da porta do quarto, desceram as escadas e saíram pela porta dos fundos da casa.