Violência gratuita
Já era quase onze da noite e todas as outras lojas já haviam fechado. Poucos funcionários restavam dentro do Shopping Central e mal se via algum cliente fazendo alguma compra.
Em uma das lojas, um homem estava parado em frente a vitrine, observando atentamente todos os clientes que entravam e saiam dali. Ele ficou ali por algum tempo até que só restassem as vendedoras. Então, ele entrou e ficou olhando os produtos. As vendedoras uma a uma foram saindo, mas ele não. Ele permanecia ali parado. Não falava nada com nenhuma delas. Ele se aproximou da vitrine e falou:
- Quero você, tudo em você é tão macio e quentinho. Eu vou te apertar e levar você para minha casa; iremos fazer loucuras! Eu venho olhando você há muitos dias, então hoje é meu dia. Você é minha! Só minha!
Após este monólogo, o homem começou a acariciá-la. Ele a apertava entre os dedos, puxando-a para si. Bateu em cima dela uma, duas, três, quatro vezes, sentindo-a tremer inteiramente. Ele passou a unhas sujas em cima dela, arranhando-a em uma parte. Era um homem agressivo, não sabia se comportar, nunca soube.
Ele furiosamente cravou as mãos em cima dela e quando ia puxá-la, um funcionário apareceu e gritou:
- O que o senhor pensa que está fazendo?
- Eu? Ah... Eu... - gaguejou.
- Largue esta moto agora ou chamarei a segurança!
- Não, não chame não. Eu a quero. Sou apaixonado por ela. Há muito tempo que penso nela. Vou compra-la agora! Estava sem o dinheiro, mas agora tenho todo. Por favor, me vende, agora...