OS DESCONHECIDOS DA TERRA RUBRA
E quando a noite adormeceu,
Aquele ergueu sua flamula e partiu para algum lugar,
Era fria aquela manhã, a natureza estava muda, desfalecida,
Sem urros ou uivos,
Até parecia que este estava sendo rejeitado,
Mas havia algo inquieto,
Tão perto de si e distante cada vez mais,
Era adorável e tenebroso,
“eu ti farei banir” exclamou o outro,
E então naquele dia houve conflito,
E no dia seguinte, e no dia seguinte,
A natureza aflita despertou-se, mas não houve sessar fogo,
Passaram-se dois mil anos,
O verde daquela área se tornou rubro,
A noite nunca mais se pôs a dormir,
O conflito persistia, mas agora como uma tradição,
Os dois entes que inauguraram a discórdia já se foram a muito tempo,
Partiram para o desconhecido inabitado,
E só retornaram quando a tradição for quebrada.