UM GRITO ME SALVOU
 
                EEu estava cansado de morar na grande cidade, onde a vida era conturbada pelos barulhos que nela, era visível  com suas perturbações cansativas, resolvi morar numa casa velha de campo, bem longe onde não haveria os transtornos próprios da cidade.
Era uma casa velha de madeiras com frestas, parecendo que elas seriam para entrar a brisa dos campos... olhando em volta não existiam  outras casas - era somente eu a casa velha e a exuberante natureza... tinha próximo  um lago coberto de limo mais parecido como um pântano pela sujeira existente, escondendo animais e dentre eles até jacaré eu vi... e que ali se escondiam como se fosse a sua casa.  Até era... Isso tudo combinado com a casa velha onde eu só tinha o suficiente para viver... de uma forma diferente, pois deixei para trás as coisas que tinha a mais e que me causava mais dificuldades do que benefícios.
A vida realmente era outra – passeava  no meio do mato, pois este seria o meu lazer esportivo que sempre apreciei... mas um dia ao voltar quando a noite começou a se pronunciar e quando visualizei a minha casa velha, já era escuro e ao olhá-la  mergulhada na escuridão vi nitidamente uma senhora magra, com cabelos compridos vestida de branco que refletia através da noite bem em frente a casa velha, olhando para ela, mas parecia imóvel – o medo começou a me ameaçar, mas pela senhora estar imóvel eu fui estreitando a minha aproximação, caminhei pela sua lateral com a intensão de ver-lhe o rosto e quando estava a uns dois metros de distância ela virou o rosto em minha direção com jeito ameaçador  misturando-se à noite – era uma bruxa e como eu tenho pânico noturno, não sei o porque quis morar numa casa velha e distante... o pavor tomou conta de mim e como é difícil lutar contra bruxas e o medo me fez dar um grito mais parecido com um urro tão pavoroso que assustou-me e também a bruxa que desapareceu totalmente na escuridão... e eu desapareci da casa velha e voltei para a cidade grande enfrentando a vida meio louca... mas sem bruxas.
Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 25/02/2018
Reeditado em 26/02/2018
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