MITOLOGIA FAZENDO PRESENÇA

            Eu trabalhei numa multinacional denomidada de Olivetti do Brasil em 1960, Eu tive uma colega que viera dum colégio de Freiras e após, seus estudos fundamentais, ter sido ordenada freira e depois de ser desligada na sua vida religiosa foi ser minha colega na Olivetti. Eu gosto de contar historias quando sinto quando a pessoa que a relata tem credibilidade no seu conto... se ele é verdade ou não, deixo a critério.
            Ela falou ter participado de um baile no interior do RS, nos anos de 1950 quando estes eram feitos em pequenos salões, animados por um acordeom ou gaita que é mais conhecido aqui no RS, acompanhado de pandeiro e às vezes um violonista. Todos dançavam alegremente e tinha um moço bonito que estava sentado num dos bancos, daqueles que os não dançantes ficavam sentados admirando os bailarinos. Os aperitivos com cerveja e a cachaça dando mais ânimos aos bailantes... mas o moço até por ser bonito poderia tirar alguém para dançar, mas não fazia isso, não dançava e só admirava a multidão –  uma das moças olhou o rapaz com mais atenção para admirar aquele belo espécime, iniciando pela seu semblante, notando que suas orelhas eram grandes e pontudas... desceu para a parte inferior do seu corpo chegando aos seus pés e notou com ele estava descalço e eram em forma de patas de cabra...tipo aquele da mitológica grega chamado de Pã que tocava flauta. Lembra? Pensou ser apenas um tipo de fantasia, chamou outras colegas para ver, mas elas ao verem foram tomadas pelo pânico e começaram a gritar e correr... outras pessoas também presenciaram e todos correram do baile onde as pessoas mesmo não vendo foram contaminados pelo pânico coletivo e até os músicos bateram em retiradas. A minha colega também não viu até por que ele desapareceu, mas ouviu os relatos e fez parte dos corredores. Terminou o baile e a turma que lá esteve, ficaram muitos dias relatando o acontecido... e muitos não voltaram mais naquele salão. Era uma fantasia? Ou um ser estranho?