FANTASMA NA VARANDA
RELATO
Eu e minha melhor amiga, conversávamos alegremente na sala, sobre nosso dia, já era tarde, um silêncio sepulcral ao redor da casa, quando, de repente, faltavam uns dois minutos para a meia noite, ouvimos passos na varanda. Passos de quem caminha com cuidado para não fazer barulho, nos assustamos, pensamos em ladrão, pois era uma vila, que poderia ter escalado os muros.
Abrimos, vagarosamente e com medo, um lado da janela de madeira clara, escandalosamente linda e antiga, com grades de metal ornadas do lado de fora. Pairava também o medo de que alguém agarrasse nossos braços, como nos contos e filmes de terror. Olhamos tudo, abrimos o outro lado, e nada: nem passos e nenhuma presença. Fechamos as janelas, estava muito frio. Novamente o barulho recomeçou. Desta vez, abrimos rapidamente, no intuito de flagrá-lo, não avistando viva alma.
Aquele mistério ficou tenso no ar. Teria sido um acusma? Aí é que nos lembramos de que estávamos entrando no dia de finados.
Agora, se alguém foi nos visitar, não temos a mínima ideia, se é que isso existe mesmo: almas, vida após a morte, ou simplesmente energias de gente que permanecem presas por alguma frequência ou material e que só os sensíveis são capazes de ver ou escutar. Ou se o dia de finados, já estivesse em nossas mentes inconscientemente, e se foi um surto de quase histeria coletiva.
Até hoje, não sabemos o que foi, como a maioria das visões, dos avisos que ficam sem explicação. Não era folha, nem papel, nem vento, nem bicho. Isto já faz quinze anos. Teria sido algo sobrenatural?
Esta é até uma história boba, diante de tantas sobrenaturais que já vivi.
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Sou contista de terrir e terror