Um sonho perturbador
Estava à margem de um rio, este fazia uma curva acentuada para direita e não era tão fundo, devia ter uns dois metros de profundidade, mas o que era mais curioso nessa nascente eram os muros de concreto submersos, seccionando o rio em várias partes. Estas paredes de concreto quase ficavam do lado de fora, pois eu conseguia ver várias delas mesmo daqui da margem. Na verdade parecia um rio com vários tanques.
De longe conseguia visualizar um vulto se movimentado por cima das águas, este andava flutuando sem a menor pressa, meu coração disparou ao analisar que este espectro tinha contorno e estatura humana, logo pensei que este vulto estaria andando por cima dos muros submersos, mas isso é impossível, pois cada parede se distanciava da outra por mais de metros.
O espectro se aproximou até ser revelada sua forma, era uma senhora magra baixa de cabelo bem curto é grisalho, ela usava um vestido amarelo cujo se estendia um pouco abaixo dos joelhos, a idosa estava descalça e suas rugas eram bem expressivas. Porém fiquei bem surpreso; Como uma senhora como esta consegue andar sobre as águas?
Então ela sem demostrar nenhuma expressão facial estendeu sua mão esquerda e me chama com seu dedo indicador. Então nessa hora ela movimentou seus lábios como se estivesse sorrindo, porém não havia nenhuma emissão de nenhum som, era discernível seu deboche. De pronto já reagi pegando um pedaço de madeira no chão que tinha mais ou menos uma forma de bastão de beisebol. Entrei na água fui nadando.
A cada muro que chegava apoiava-me nas paredes aquáticas e levantava-me, nos muros. vi aquela senhora flutuando sem dar as costas e debochando de mim, até no momento em que ela levantou um voo de meio metro e submergiu nas águas.
Aquela idosa estava mergulhada no rio entre duas paredes, logo subi no muro mais próximo e fiquei observando-a, consegui ver apenas seus cabelos brancos e curtos no fundo do rio, então posicionei meu bastão atrás da minha nuca como se fosse rebater uma bola de beisebol, e pensei comigo mesmo que em poucos segundos aquela velha precisaria sair à tona para respirar, e seria o momento mais propício para ataca-la, mas logo me surpreendi ao ver que mesmo passando muito tempo aquela mulher continuava inerte em baixo das aguas. Isso não pode ser normal ninguém fica tanto tempo sem respirar, isso me trouxe um imenso desespero, meu coração disparou, a respiração acelerou e o medo tomou conta de mim, então escutei uma voz que vinha da margem direita do rio:
- ela não subirá para respirar porque ela está morta, ela é a própria MORTE!