Horas de amor e tensão 1 capítulo
A boate estava lotada. Uma nuvem de fumaça causada por cigarros e efeitos produzidos pela própria boate se espalhavam pelo ambiente. Três mulheres dançavam sobre a bancada onde eram servidas as bebidas, todas com saias justas e curtíssimas, aparentemente embriagadas. Drogas e álcool eram liberados pelos seguranças, as câmeras foram desligadas propositalmente para evitar flagrantes. Duas garotas se beijavam enquanto quatro marmanjões dançavam ao redor delas. Muitas pessoas se espremiam suadas e mal cheirosas ao som estridente da banda AC/DC. Luzes fortes piscavam ofuscando a visão. Já passava das três da manhã. Os garçons serviam todo tipo de bebida alcoólica, especialmente as destiladas. Vários adolescentes, entre adultos, passeavam deliberadamente. Uma imensa pedra de gelo foi jogada na parte inferior do balcão, um dos garçons a quebrava com um picador de gelo que se assemelhava a uma chave de fenda pontuda e afiada. Os pedaços eram colocados num recipiente térmico para serem usados nas bebidas. Um rapaz de chapéu de pano cravado na cabeça tentava convencer uma garota loura a lhe beijar próximo ao balcão. Falava alto em seu ouvido, e teria atingido seus objetivos, mas um outro rapaz que dançava com duas garotas lhe chamou a atenção.
Ele olhou ao redor e percebeu que todos seus amigos haviam partido. Olhou novamente e não reconheceu ninguém. Então, aproximou-se do rapaz que estava visivelmente embriagado ou drogado, ou ambos, e se apresentou. Aparentemente ele o conhecia, mas lhe deu um nome falso. O rapaz o olhou mas não se lembrou da feição. Talvez pelo fato de estar alcoolizado. O rapaz de chapéu o abraçou e o conduziu até o balcão. Pediu duas doses de uísque com gelo. Pagou em dinheiro. A música parecia ter aumentado de volume. O rapaz de chapéu instigou ao outro que já estava embriagado a virar o copo de uísque numa única golada. Não teve dificuldades em convencê-lo. O rapaz de chapéu pediu outras duas doses. Demorou em ser atendido pois os garçons estavam ocupados socorrendo uma garota que acabara de cair dentro da área do bar. Após socorrer a garota, que não se machucou, um dos garçons se aproximou e pegou dois copos, serviu a bebida, e quando foi pegar gelo, percebeu que havia acabado. Então, procurou o picador de gelo para usá-lo. Não achou. O Rapaz de chapéu disse que poderia ser sem gelo mesmo. Pegou dois copos, entregou ao rapaz embriagado e o conduziu até no meio da multidão frenética.
Alguns minutos depois. Um grito de desespero. Uma garota gritava ao ver o rapaz de chapéu segurar o outro por trás e lhe enfiar um picador de gelo na barriga e na altura do peito repetidas vezes. A vítima foi golpeada sete vezes antes que o agressor lhe soltasse. A vítima caiu no chão sangrando com olhos arregalados e gemendo de dor. Outra garota gritou ao ver o sangue. O agressor correu para as saída no meio da multidão. Instantaneamente uma onda de desespero tomou todo lugar, muitos gritos e correria. A maioria fazia por impulso, pois não sabiam o que estava acontecendo. Os seguranças foram obrigados a abrir as travas de segurança para que ninguém se machucasse. Muita correria e gritos. A vítima ainda fora pisoteada até que os seguranças chegassem para lhe proteger.
Mas uma noite de agressões sem motivos. Ou talvez tivesse motivos, e apenas ainda não foram descobertos. No entanto, não há segredos que o tempo não revele.
Saiba tudo em 2017. "Há quem nunca esquece."
caminhos de amor e vingança que se cruzam em "Horas de amor e tensão"