MISTÉRIO DOS RECIPIENTES
Eu cheguei em casa e fui direto ao meu atelier para trabalhar numa escultura, mas notei que dois recipientes plásticos onde guardo meus pertences de escultura, não estavam nos lugares onde os deixei... Perguntei a minha esposa se ela os tinha visto... Não! Eu não vi - então numa busca vi que os dois recipientes estavam no chão, onde eu não costumo deixar. Estavam com os materiais dentro, mas não podiam ter caídos sozinhos... Se não os materiais teriam caídos. Nenhuma pessoa poderia ter mexido, pois naquele momento só estava eu e minha esposa – um acontecimento que naquele instante parecia estar em volto em algum mistério e isso me deixou preocupado - resolvi recolocar os recipientes em cima da mesa e eles ali ficaram, por um bom tempo. E a minha preocupação estava resolvida talvez eu mesmo tivesse colocado os recipientes no chão! Sabe que escultores são um pouco distraídos, pois sua mente esta focado na peça que esta sendo feita.
Então eu reiniciei o meu trabalho com a atenção voltada a ele... Mas espere!... As peças com meus materiais misteriosamente estavam outra vez no chão! Novamente a minha preocupação misturado com um pouco de medo voltou... Mas mesmo assim continuei com a preocupação, mas não queria preocupar a minha esposa até porque eu não acredito em coisas que fujam do normal.
Continuando a história, nesse mesmo dia fui convidado pela minha esposa e mais uma amiga para irmos almoçar num restaurante e quando nós lá chegamos, tivemos que solicitar uma vaga extra, porque o restaurante já estava lotado e uma das atendentes, nos encaminhou para uma mesa onde a mãe da nossa amiga estava sentada para fazer a sua refeição - ali nós quatro ficamos saboreando os nossos pedidos – enquanto a minha esposa foi ao banheiro, algo me dizia que eu deveria retornar a nossa casa, talvez pela situação dos recipientes terem mudado de lugar que estava me preocupando, mas eu senti que deveria voltar e sozinho... Deixei o pessoal no restaurante e sem avisá-los... Ao chegar em casa apanhei a cópia da chave no meu bolso, e a introduzi na fechadura com um pouco de medo de entrar pois estava pensando nos deslocamentos não explicados dos recipientes, mas criei coragem, não sei onde consegui. Pois nesse tipo de abordagem, sempre me falta coragem... Mas adentrei na casa, onde vi que as portas internas estavam entreabertas e pude observar que os moveis estavam totalmente fora do lugar, existia fumaça dentro do banheiro e os armários da cozinha estavam caídos no chão com algumas louças quebradas - enfim todo o conteúdo da casa estava completamente desarrumado parecia que um espírito do mal tinha feito ali alguma festa... Bem ao contrario de como havíamos deixado, a não serem os recipientes malucos que queriam estar fora de lugar.
Então a coragem emprestada me abandonou e o pavor tomou conta de mim, pois algo misterioso que eu não acreditava havia provocado... E que fugia de alguma explicação racional... Fugi correndo para a rua admitindo a existência de algo sobrenatural... E o pavor se apossando cada vez mais da minha pessoa. Já aprendi a lutar contra meus antagonistas e por mais malvados que eles fossem eu não os temia, mas lutar contra algo sobrenatural...Eu não tinha como fazê-lo e nesse momento da história uma criatura invisível paralisou-me na altura das pernas impedido-me de sair do lugar, e em seguida ela saltou na altura do meu peito e me paralisou totalmente impedindo-me de tentar lutar e fez com que eu ficasse num estado completamente dominado e fazendo eu sentir que não sairia vivo e me convenceu disso - então eu comecei a gritar por socorro com uma voz que mal podia pronunciar e até isso a criatura tinha poder... E era a única coisa que eu poderia fazer a não ser algo maior ainda viesse me salvar...E foi o que aconteceu. Quando ouvi uma voz humana...Acorda...Acorda. Era a minha esposa que gritando me desfazer daquele maldito pesadelo... Será que era? Será que não passei para outra dimensão? Como eu consegui relatar tudo o que aconteceu?... Eu tenho certeza que não inventei esta história. Ela aconteceu quando eu estava dormindo.