O MALVADO CAPITÃO ROMÃO
Na beira de um riacho, existe um velho casarão de um antigo fazendeiro, um tal capitão Romão. Dono de muitos escravos e de grande riqueza,que os tratava com crueldade e malvadeza.
Pelo menor motivo, chicoteava-os até a morte, cada negro, cada escravo, temia pela sua sorte, quando sua hora ia chegar era muito temida, na volta de um duro trabalho, deixava-o sem comida.
Acorrentava-o durante a noite e só soltava para trabalhar, ferido e enfraquecido, seus olhos vermelhos a lacrimejar. Muitas vezes, o infeliz e sofrido escravo no eito morria, capitão lamentava o prejuízo mas remorso não sentia.
Romão dava festas, com dezenas de convidados, que comemorava nos domingos e feriados,os aniversários de familiares e de políticos da cidade; o capitão, alegre e sorridente, era um poço de bondade.
Passado algum tempo, o fazendeiro adoeceu, uma doença rara o acometeu e rapidamente faleceu. Uma fazenda que parecia rendosa, estava endividada; pela justiça tinha sido penhorada e avaliada.
Decorrido o prazo legal, a data do leilão foi marcada; pelo preço mínimo a fazenda foi arrematada; a viúva do fazendeiro sumiu, sem endereço deixar; os negros festejaram a noite inteira até o dia clarear.
Os escravos em grupos, alegres logo sumiram, uns para um lado, e outros para outro lado, partiram. O casarão continua em ruínas, abandonado; tantos escravos mortos, o local ficou mal assombrado.
É o que dizem os moradores da redondeza, que ouviram gritos e gemidos, com clareza; vultos de escravos trabalhando nos roçados, acorrentados e pelos feitores açoitados.
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