O Túmulo das Flores

Ninguém conhecia tão bem as árvores e flores do mato ... Somente ela, naquela história de enclausurar sonhos, sabia os encantos da mata onde se refugiava a cada ciclo.

É. Sua vida marcava pontos e cantos na inteligência de Samsara e nos bloqueios que antecedem as ressurgências.

Ninguém, no entanto, mesmo com as ciências em ebulição nas viagens e nas paradas para se ver evoluir, ousou avisar a moça sobre o que fazer com sua vida de sonhadora.

Certa vez, deparou-se com o que pensara extinto de sua existência. O medo! Nada poderia ser tão letal !!!

Seus desejos andavam cingindo o Tronco Criador quando assustou-se ante o poder que lhe dava o crescer e o saber das ciências superiores.

Então , diante desse paradoxal experimento, qual a razão em sentir medo? Onde fica o controle racional aprendido ao longo das idas e vindas?

Ela nunca soube, mas, quem a lê por revisão da tão velha supra dimensional equação chamada fé, sabe a razão de seus medos.

Nunca aprendeu que, antes da espera, vem sempre outra espera e a escravidão se instala quando se deixa enganar por uma simples flor plantada em tristeza e colhida em desengano.

Marcos Palma
Enviado por Marcos Palma em 07/11/2016
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