deusa e deus

INCA

as duas curvas do quadril que se mexem em direções opostas vibram a uma imensa felicidade, compostas ao tronco desenhado em cor de terra; se tornam um completo corpo em inundado do Ser...os olhos contam as histórias de vidas, lugares e seres;

o brilho em cada olhar lançando ao dançar em seu plano tridimensional é alucinante, uma liberdade em questão de existência de tempo...

as palavras gritadas e urros são dignamente soltos pelos lábios que se encaixam na face toda bela, doces, simplesmente jeitos de se perder...

aliás a observação se a-prendeu no exato momento, na necessidade de manter a imagem dos vales escondidos em seu corpo...

os movimentos não são pensados, são soltos, são improvisados; possuem uma espontaneidade incrível...cada braço, perna, mãos; se encaixam e desencaixam com muita sutileza...

os sentimentos que são postos a mesma possuem tamanha inocência somado a tamanha sapiência...

a alma se mostra mais verdadeira cada momento instante, e isso torna as coisas bem reais; em comparação com as ilusões fora aí...

os olhos se tornam imãs, totalmente atraídos por suas janelas..

CURUMIM

o corpo jovial de quem acabou de sair do pé da saia de mãe...a aparência lembrava de uma criança com uma mentalidade capaz, e uma alma perambulante...

de menino se tornou viajante do mundo e mesmo assim, sempre carregava consigo um certo lugar que almeja com muito amor...

de mochila nas costas, alguns sonhos, alguns planos...

a conquista da cidade grande, do seu território, de um lugar propriamente em que se encaixasse e pudesse permanecer um período...

o coração grande e sem roteiros de quem entrar ou sair, conseguia ganhar o restante a sua volta com sua simplicidade...

o sorriso saia por aí saltitando por eiras e beiras, mesmo quando sentia deslocado, por falta de um ninho em que se aconchegasse...

a contemplação sua arma mais apurada em relação ao Ser...

CONTEXTO

a forma complementar na qual Curumim sente perante Deusa Inca...

cada um seguindo a estrada que definiu em sua jornada, e no entanto, não modificar o sensitivo da relação...

os aprendizados de alguns caminhos de vida, que um e o outro, compartilharam entre si; servem de base as tuas vidas inteiras...

a liberdade e a responsabilidade andando de mãos dadas, e ao mesmo tempo, sendo gatilho do distanciamento...

a conexão de ambos porém, divinamente real e verdadeira; sempre coube no equilíbrio criado e respeitado...

Jaque Souza
Enviado por Jaque Souza em 21/09/2016
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