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AVENTURAS DE TRÊS JOVENS
(...)
Jogaram-se nas águas. Na hora deu um tipo de desmaio nos três. A poucos metros dali um sumidouro, mas ao invés de levá-los para o fundo, levou-os para cima. Mergulharam, mas a própria água levou-os para a superfície do rio de origem, o Turvo.
QUARTA PARTE
Os três jovens acordaram. Estavam deitados numa relva ao lado da prainha do Rio Turvo, ou seja, no vau. A água os trouxe de volta. Tudo parecia um sonho muito gostoso. Apareceu uma pessoa ali. Reconheceram que era a mesma que os recebeu do outro lado. Disse que ressurgiram debaixo do salto. Ele os pegou nos braços e os levou até um pouco mais adiante. Era o local de onde se jogaram há quase trinta anos atrás. A velha ponte de madeira onde fizeram a aventura, fora trocada por uma de concreto.
Primeiro Max se levantou. Pegou na mão de Carlo e o ajudou a se levantar. A Christie conseguiu se levantar sem ajuda de ninguém.
Na casa da Regina encontraram um rapaz. Identificou-se como sendo filho.
- Onde está a tua mãe? – Perguntou Christie.
- Minha mãe trabalha no Hospital Bom Pastor. É muito teimosa. Já está aposentada, mas continua a trabalhar em vez de descansar. Opa. Está chegando aí. O expediente terminou. Quem são vocês?
- Somos todos amigos da Regina. Ela te falou de alguns amigos que desapareceram no Rio Turvo?
- Sim, falou. – Respondeu o jovem. – Nunca mais foram encontrados. Ela chora até hoje a perda dos amigos.
- Sinto muito. – Respondeu um dos aventureiros.
- Meu nome é Tadeu. – Disse o filho da Rê, estendo a mão para cada um deles.
- Eu sou Carlo. Este é o Max e ela é a Christie.
- Fiquem à vontade. Dão-me licença que preciso sair. – Finalizou o rapaz.
O filho da Regina pegou uma bicicleta e saiu assobiando uma canção sertaneja. Encontrou a sua mãe e avisou sobre os visitantes.
- Vamos nos esconder, pessoal. Damos uma surpresa. Quando ela entrar. Vejamos se ela se lembra. – Sugeriu Max.
- É mesmo, cara! Será que tem marido? – Falou Carlo.
- Está interessado, né... – Brincou Christie.
Rê foi se aproximando. Chegou no portão, olhou e não viu ninguém. Subiu uma pequena escada na porta. De repente...
Apareceram os três ao mesmo tempo. Ela os reconheceu. Sem falar nada, abriu a boca e caiu desmaiada. Demorou para voltar e aos poucos se recuperou do susto. Esta estava quase trinta anos mais velha. Os outros continuavam jovens na tenra idade. Nada mudou para eles.
Passaram aquela noite na casa da amiga que aparentava bem mais velha do que realmente era. Havia se casado e ficara viúva há três anos. Até então não quis se casar novamente. Jantaram, conversaram bastante, tomaram chimarrão, café e choraram...
No dia seguinte foram para a casa do Jamil. Eles não o reconheceram. Chegando lá foram recebidos por um homem grisalho, aparentando cinquenta anos ou mais.
- Boa tarde. O senhor é o Jamil?
- Que senhor nada! Jamil mesmo. Acho que os conheço...
- Conhece sim. Eu sou o Max, este é nosso amigo Carlo e ela, a Christie. Lembra?
- Meu Deus...
Dizendo isso, caiu desmaiado. A mulher o ajudou a tornar. Sacudia, assoprava... com muito custo voltou. Recuperou-se. Em seguida começaram a conversar. Eles contaram tudo o que se lembravam da experiência em outro mundo. Jamil ficou pasmo. Não conseguia acreditar. Passaram à noite na casa do gaiteiro, o amigo conhecido como “O Jamil da Gaita”.
O mate corria solto, acompanhado com churrasco e música gauchesca. Estava mui divertido. Uma noite espetacular, depois do grande susto. Estavam todos na pequena cidade natal onde haviam sumidos há vinte e sete anos, sete meses e sete dias, contando de dois ou três dias anteriores. O Cid foi o único que nunca mais souberam. A última notícia que foi para Portugal. Muito interessante e misterioso o que ocorreu. Os três amigos do grupo de aventureiros, ou seja, Jamil, Mercedes e Regina haviam envelhecidos. Cabelos brancos e sentindo o peso da idade. Max, Christie e Carlo nada mudaram. Continuavam jovens, os mesmos de muitos anos atrás.
Alguém ligou para Mercedes que residia numa cidade distante. Capital do Espírito Santo, na Região Sudeste do Brasil. Esta cancelou algumas apresentações com a desculpa que seria por motivo de força maior. Viajou imediatamente. No dia seguinte estava na sua cidade natal, ou seja, Turvo, no Paraná. Chegando na casa da família de um dos jovens, estavam lá todos reunidos. Os pais deste já haviam falecidos sem tornar a ver o seu rosto. Com a Mê não foi diferente dos outros. Ao chegar, caiu desmaiada. O susto e a emoção foi muito grande. Pegaram-na e a levaram ao Hospital Bom Pastor. Depois de três dias internada e proibida de receber visitas para evitar fortes emoções, teve alta. Voltou na casa e reencontrou seus grandes amigos. Ficou lá quatro dias e retornou para a sua cidade junto aos seus. Deu continuidade às suas atividades artísticas.
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Interessante o mistério. Os amigos que ficaram que não caíram no salto na ocasião estavam todos envelhecidos, o que era normal. Os outros que tiveram a experiência no mundo maravilhoso em que foram parar continuaram até naquele momento jovens como há quase trinta anos atrás...
(Christiano Nunes)
AVENTURAS DE TRÊS JOVENS
(...)
Jogaram-se nas águas. Na hora deu um tipo de desmaio nos três. A poucos metros dali um sumidouro, mas ao invés de levá-los para o fundo, levou-os para cima. Mergulharam, mas a própria água levou-os para a superfície do rio de origem, o Turvo.
QUARTA PARTE
Os três jovens acordaram. Estavam deitados numa relva ao lado da prainha do Rio Turvo, ou seja, no vau. A água os trouxe de volta. Tudo parecia um sonho muito gostoso. Apareceu uma pessoa ali. Reconheceram que era a mesma que os recebeu do outro lado. Disse que ressurgiram debaixo do salto. Ele os pegou nos braços e os levou até um pouco mais adiante. Era o local de onde se jogaram há quase trinta anos atrás. A velha ponte de madeira onde fizeram a aventura, fora trocada por uma de concreto.
Primeiro Max se levantou. Pegou na mão de Carlo e o ajudou a se levantar. A Christie conseguiu se levantar sem ajuda de ninguém.
Na casa da Regina encontraram um rapaz. Identificou-se como sendo filho.
- Onde está a tua mãe? – Perguntou Christie.
- Minha mãe trabalha no Hospital Bom Pastor. É muito teimosa. Já está aposentada, mas continua a trabalhar em vez de descansar. Opa. Está chegando aí. O expediente terminou. Quem são vocês?
- Somos todos amigos da Regina. Ela te falou de alguns amigos que desapareceram no Rio Turvo?
- Sim, falou. – Respondeu o jovem. – Nunca mais foram encontrados. Ela chora até hoje a perda dos amigos.
- Sinto muito. – Respondeu um dos aventureiros.
- Meu nome é Tadeu. – Disse o filho da Rê, estendo a mão para cada um deles.
- Eu sou Carlo. Este é o Max e ela é a Christie.
- Fiquem à vontade. Dão-me licença que preciso sair. – Finalizou o rapaz.
O filho da Regina pegou uma bicicleta e saiu assobiando uma canção sertaneja. Encontrou a sua mãe e avisou sobre os visitantes.
- Vamos nos esconder, pessoal. Damos uma surpresa. Quando ela entrar. Vejamos se ela se lembra. – Sugeriu Max.
- É mesmo, cara! Será que tem marido? – Falou Carlo.
- Está interessado, né... – Brincou Christie.
Rê foi se aproximando. Chegou no portão, olhou e não viu ninguém. Subiu uma pequena escada na porta. De repente...
Apareceram os três ao mesmo tempo. Ela os reconheceu. Sem falar nada, abriu a boca e caiu desmaiada. Demorou para voltar e aos poucos se recuperou do susto. Esta estava quase trinta anos mais velha. Os outros continuavam jovens na tenra idade. Nada mudou para eles.
Passaram aquela noite na casa da amiga que aparentava bem mais velha do que realmente era. Havia se casado e ficara viúva há três anos. Até então não quis se casar novamente. Jantaram, conversaram bastante, tomaram chimarrão, café e choraram...
No dia seguinte foram para a casa do Jamil. Eles não o reconheceram. Chegando lá foram recebidos por um homem grisalho, aparentando cinquenta anos ou mais.
- Boa tarde. O senhor é o Jamil?
- Que senhor nada! Jamil mesmo. Acho que os conheço...
- Conhece sim. Eu sou o Max, este é nosso amigo Carlo e ela, a Christie. Lembra?
- Meu Deus...
Dizendo isso, caiu desmaiado. A mulher o ajudou a tornar. Sacudia, assoprava... com muito custo voltou. Recuperou-se. Em seguida começaram a conversar. Eles contaram tudo o que se lembravam da experiência em outro mundo. Jamil ficou pasmo. Não conseguia acreditar. Passaram à noite na casa do gaiteiro, o amigo conhecido como “O Jamil da Gaita”.
O mate corria solto, acompanhado com churrasco e música gauchesca. Estava mui divertido. Uma noite espetacular, depois do grande susto. Estavam todos na pequena cidade natal onde haviam sumidos há vinte e sete anos, sete meses e sete dias, contando de dois ou três dias anteriores. O Cid foi o único que nunca mais souberam. A última notícia que foi para Portugal. Muito interessante e misterioso o que ocorreu. Os três amigos do grupo de aventureiros, ou seja, Jamil, Mercedes e Regina haviam envelhecidos. Cabelos brancos e sentindo o peso da idade. Max, Christie e Carlo nada mudaram. Continuavam jovens, os mesmos de muitos anos atrás.
Alguém ligou para Mercedes que residia numa cidade distante. Capital do Espírito Santo, na Região Sudeste do Brasil. Esta cancelou algumas apresentações com a desculpa que seria por motivo de força maior. Viajou imediatamente. No dia seguinte estava na sua cidade natal, ou seja, Turvo, no Paraná. Chegando na casa da família de um dos jovens, estavam lá todos reunidos. Os pais deste já haviam falecidos sem tornar a ver o seu rosto. Com a Mê não foi diferente dos outros. Ao chegar, caiu desmaiada. O susto e a emoção foi muito grande. Pegaram-na e a levaram ao Hospital Bom Pastor. Depois de três dias internada e proibida de receber visitas para evitar fortes emoções, teve alta. Voltou na casa e reencontrou seus grandes amigos. Ficou lá quatro dias e retornou para a sua cidade junto aos seus. Deu continuidade às suas atividades artísticas.
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Interessante o mistério. Os amigos que ficaram que não caíram no salto na ocasião estavam todos envelhecidos, o que era normal. Os outros que tiveram a experiência no mundo maravilhoso em que foram parar continuaram até naquele momento jovens como há quase trinta anos atrás...
(Christiano Nunes)