OS CAÇA OVNI'S - capítulo 19
UM PEDIDO DE JÚPITER
João Paulo tentou chamar a atenção da criatura perversa e começou a gritar:
- Ei, seu marciano ridículo, estou aqui! Quero ver me pegar!
O alienígena largou a criança, que correu e Edna a levou para um lugar seguro, João Paulo apontou a arma para o indivíduo, mas foi agarrado pelo pescoço pelos braços ágeis do alien e seus pés se apartaram do chão, seu rosto começou a ficar vermelho e ele dizia quase que sem voz:
- Não, eu só estava brincando! Só estava brincando!
E o alienígena pressionou mais o pescoço de João Paulo, ele estava a ponto de ser enforcado! Pretendendo pois ajudar o amigo, Ruben começou a atirar pelas costas do alien, todavia, mesmo que atingido por cinco balas ele não caiu e tampouco sentiu dor, pois as balas penetravam em sua pele e a ferida cicatrizava imediatamente. João Paulo foi solto e caiu de joelhos no chão, sufocado e com marcas no pescoço ele tentava recuperar o ar e respirava ofegante. Ruben era agora quem estava sob o olhar malígno do alienígena e nem sua maior arma podia o defender naquele momento, pelo menos foi o que percebeu. O alienígena tentou agarrá-lo com a elasticidade de seus braços, mas Ruben desviou-se e por algum motivo decidiu lutar contra a força de seu oponente e deu socos na face do alienígena, mas seus punhos afundavam na pele e se sujavam da gosma que era o sangue deles, foi aí que Ruben foi empurrado com uma força brutal e caiu no chão, então começou a atirar na criatura, mesmo estando assim caído, atirava! E não conseguia contê-la.
- Atira nele, Ruben!
Gritou João Paulo.
- É o que estou fazendo!
O alienígena jogou a arma de Ruben e apontou sua arma para ele e, nesse momento, surgiu Edna a tentar salvá-lo, só que os outros alienígenas a barraram e a seguraram pelo braço com muita estupidez, mas receberam um sinal de seu mestre - que neste caso era o que ameaçava Ruben - para que não a machucassem.
- Por favor, não queremos e nunca quisemos lutar contra vocês! Não nos mate, imploro, dedicamos todas nossas vidas para contemplar coisas assim! Não queremos representar uma ameaça à vocês!
Disse Ruben, intimidado com a arma do ser, e ainda no chão. Nisso, os alienígenas já haviam cercado os três amigos e agora eles eram os únicos que ainda estavam por ali e que não haviam sido mortos. O alienígena chefe fez Ruben ficar de pé e, surpreendentemente, pela primeira vez os Caça OVNIs puderam conhecer o som de sua voz, era aguda e um pouco rouca.
- Há tempcos vemos xendo perctubados por sires humianos por calsa dexes seos trabalos e com iso perdremos nosa paz.
- Você... Você fala nossa língua?
Ruben perguntou, tão abismado quanto os demais.
- Foe neccesário anprendermos o idioma terrestre para poderrmos entendrer seos objletivos. E iso foe poxíbel grazas aos palis de Edna, eles nos enxinarram diveresas coisas sobre os sires humianos, em trorca da vida de Edna serer precevada.
Então perguntou Edna:
- Meus pais? Vocês estão com os meus pais? O que fizeram com eles? Onde estão?
E o alienígena respondeu-a:
- Estano bem e axim continoarião, se voxês obadecerrem nosa ordiem.
João Paulo, que sentia uma enorme insegurança em meio àqueles seres assustadores, falou:
- Nós contaremos a todos sobre a verdadeira existência de vocês, se é isso o que querem! Mas não nos mate, por favor!
O alienígena chefe inclinou-se repentinamente para João Paulo e exclamou:
- No é o que quaremos!
Edna fitou João Paulo com reprovação e disse para ele:
- Vê se fica calado!
Ruben, após o silêncio do amigo, aproveitou para questionar o alienígena:
- Então... O que vocês querem?
- Estlamos, disde muto tempco, sendo obsevados por sires daqui, no podremos mas viverer em paz en noso planecta, os humianos semple enviam máquenas para investegarnos e estramos cansados, irrintados! Sô por eso temonos que ameáxalos una ou outrea vez, miesmo axim, contenoam nos perctubando.
- Então, o que está os incomodando é as câmeras que são lançadas para seus planetas e a ideia dos humanos, nós no caso, acreditarem na existência da sua espécie?
- Si. Por eso, esperamonos que sejiamos esquicedos e que parem de nos obsevar! Ou, voctaremonos ao seo planecta e mas forortes e destroeremonos todro eso que charmam de Terra!
O alien chegou mais perto de Edna e, tocando com sua mão asquerando o rosto dela, disse:
- Tambrém, se caso no fixizerem o que dixe eu, seos palis serião mortos, humiana Edna.
Ele tomou distância e os outro alienígenas foram entrando de volta nas naves, disse o chefe para os Caça OVNIs:
- Agora returnaremonos para noso planecta Júpter e esperamonos que andiem para frente e no se impiortem com o que está por traz.
Os caçadores se afastaram dos alienígenas e caminharam para a caminhonete que por pouco não foi destruída, à medida que as naves deslocaram-se do chão e subiram o céu, até se transformarem em pequenos pontos brilhantes e desaparecem.
- Alguém me diga que tudo isso é só um sonho.
Falava Ruben, a caminhar com os pensamentos turvos, quando falou João Paulo:
- Sonho não, pesadelo!
Edna, por sua vez, falou:
- Com tudo isso, me alegrei no momento em que soube onde estão meus pais e que estão vivos! Mas, logo me entristeci, porque mal os tive de volta e já posso perdê-los outra vez, e dessa vez... Para sempre.
Continua...