OS CAÇA OVNI'S - capítulo 18

FRENTE A FRENTE

Quarta-feira, 19:10 da noite, no prédio dos Caça OVNIs..

Se Edna e Ruben se ocupavam com algo, João Paulo, como sempre, estava ali entretendo-se com sua revista de palavras cruzadas.

- "Que gosta da natureza ou do campo" com quatro letras? Hhm... GADO? Não... SAPO! Não, acho que não. E-D-N-A, Edna! (riso).

- O que tem eu?

Perguntou Edna, sentando-se no sofá com um pote de sorvete. Então o telefone que estava bem ao lado tocou e Edna atendeu.

- Caça OVNIs, pois não?

- Oi, é Diana! Vocês precisam vir aqui no parque, urgente!

- O que houve?

- Liga a TV, estão filmando aqui!

Edna ligou a televisão e no jornal de notícias de última hora a repórter falava direto do parque da cidade e o câmera filmava o céu, luzes estranhas se aproximavam da cidade e estavam chegando ali e cada vez mais perto, até poderem ser identificadas como naves espaciais.

- Não acredito... Levanta daí, JP! E vai chamar Ruben!

- Estou indo.

Ruben estava no quarto e escrevia em seu diário secreto, quando João Paulo entrou sem bater na porta e o assustou, Ruben rapidamente escondeu o diário debaixo do travesseiro.

- Ruben!

- O que foi?

- Vem, rápido!

Ruben saiu do quarto e viu o que passava na TV, nem estava crendo naquilo, até que Edna disse:

- Não fiquem aí parados! Vamos lá!

Caminhonete na velocidade de um foguete, equipamentos totalmente à disposição, armas carregadas e muita emoção, finalmente os Caça OVNIs ficariam mais perto do desconhecido e de mostrar para as pessoas o quanto tinham razão. Pés no chão, correram para onde mais algumas mil pessoas estavam a olhar o céu com espanto. Muitas câmeras, corre-corre, dedos apontando para cima... E lá no alto, no soturno céu, o mais portentoso, sete luzes que passavam de ser apenas luzes, congelou os olhares dos caçadores.

- Olha aquilo!

- Estou olhando, JP!

- E parece que estão vindo para cá!

- Não parece, estão vindo para cá!

De repente, com a repercussão das aparições e de significarem uma certa ameaça, chegou no local a polícia, foram quatro viaturas, queriam ver de perto esses tais inimigos e, reconhecendo o tamanho das naves e sua espetacularidade, pensaram que seria necessário mais que uma arma, no que foi chamado para o local também militares em seus tanques de guerra, daí, João Paulo questionou:

- Mas, o que é tudo isso?

E disse Ruben:

- É, parece que não estão muito contentes com nossos visitantes.

Assim que as naves já estavam bem perto do chão e suas luzes encandeavam os olhos da multidão, pessoas começaram a correr e outras continuavam ali, na curiosidade, posto que não era todo dia que se via algo do tipo.

- Edna, tire fotos! Filme isso!

Falou Ruben, estupefato, e Edna tentou ouvi-lo, ora estava absorta demais com a cena! E, no momento em que as naves pousaram no parque, todos ficaram quietos, na expectativa de saber quem as controlava. Daí, uma porta da nave se abriu e tornou-se rampa para alcançar o chão, eis que surge em meio à claridade um ser distinto, toda sua pele estava nua e era quase que transparente, seus pés tinham tentáculos no lugar dos dedos e assim também suas mãos; mas sua face era o que mais assustava, porque seu olhar era obscuro e não tinha nariz, nem orelhas, mas seu crânio era enorme, como de um polvo, e não tinha pêlos em parte alguma do corpo. Foi o primeiro a surgir, mas apareceram mais cinco deles nas outras naves. Agora a multidão estava boquiaberta e os repórteres não queriam perder nenhum momento! Porém, recebidos pois com câmeras por todos os lados, os alienígenas sentiram-se desconfortáveis e talvez até irritados e com suas armas poderosas explodiram cada uma das câmeras e os câmeras foram feridos, os repórteres recuaram e outros correram, por isso também Edna desistiu de filmar ou tirar fotos do que quer que fosse, em razão de que não tinha o propósito de irritá-los, mas talvez conseguir aproximação com eles.

Mas eram poucos os que pensavam como Edna, tão poucos que pretendiam destruir os inimigos, então os militares tomaram posicionamento e começaram a atirar contra os alienígenas, no que Ruben gritava:

- Não! Não atirem! Não façam isso!

Mas foi menosprezado. No entanto, se uma vez provoca-se o inimigo, ele desperta e rebate e com muita ira! E o que não sabiam era que os alienígenas estavam sim muito irados e que suas armas e naves tinham mais poder, como eles mesmos também tinham poder! E brotou do teto de cada nave uma máquina de destruição e lançaram tiros de fogo contra os militares e explodiram os tanques, ao passo que homens iam saindo feridos, mas não largavam suas armas. Os Caça OVNIs pediam para sessarem e tentavam afastar as pessoas indefesas dali, mas aquilo era o acontecimento que mudava a história da cidade e as ruas haviam parado e nas janelas estavam os rostos da população aterrorizada. Não bastasse os que eram mortos, a tropa era reformada por mais outros e com esses só aumentava o número de perdas de vidas. A cidade tinha se tornado o próprio inferno. As pessoas que se preveniam do perigo em suas casas, sem poder acompanhar pela TV o que se passava lá fora - por motivo de já não haver mais câmeras no parque para transmitir os acontecimentos - corriam para as janelas e viam elicópteros rondando o céu e filmando de cima toda a cena, também o fracasso das Forças Armadas e da polícia! Mas isso também provocou os alienígenas, que atiraram contra os elicópteros e os pilotos perderam o controle, um dos pilotos conseguiu jogar o elicóptero na água, mas outro explodiu numa área florestal ali bem perto.

- Temos que fazer alguma coisa!

Exclamou Edna, apavorada.

- E o que podemos fazer contra eles? Vão acabar nos matando!

Ruben disse, e eles resistiram, escondidos por trás de um carro. Agora, os seres extraterrestres iam contra as pessoas, algumas por pouco não foram alcançadas e as que foram infelizmente acabaram mortas pelas mãos deles. O que dava-se para notar com muita clareza era que os invasores tinham muita raiva e não se intimidavam com nada nem ninguém que estivesse sobre a Terra, portanto, faziam dos humanos marionetes em seus braços e depois esganavam-os. Um deles acabou capturando uma criança que corria para o outro lado e havia se perdido dos pais naquela guerra toda. Ele pretendia matá-la com o ácido que soltava da boca, foi quando João Paulo cansou de se esconder e, preparando sua arma, disse:

- Pra mim já chega.

Ele correu para lá e Ruben gritou:

- João Paulo, não!

Continua...

Lyta Santos
Enviado por Lyta Santos em 29/03/2016
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