OS CAÇA OVNI'S - capítulo 17
INVESTIGANDO O ESPAÇO
Chegando no prédio, às 22:00h...
João Paulo abriu a porta e viu que a escuridão ainda tomava conta da casa, acendeu as luzes e chamou:
- Ruben?
Edna se sentou no sofá, suas mãos ainda tremiam e os pensamentos rondavam sua cabeça. João Paulo encheu um copo de água na cozinha e ofereceu à Edna e falou:
- Ruben não está aqui.
Edna bebeu metade da água e segurou firme o copo com as duas mãos sobre os joelhos, disse:
- Deve ter ficado com Diana.
Para descontrair o clima de apreensão, João Paulo ligou a TV e coincidentemente passava a reportagem do susto no teatro, ao vivo. Era mais ou menos assim: "pessoas que estavam no teatro da cidade assistindo o concerto musical, foram surpreendidas por um tiro no meio do salão. O suspeito de ter atirado é Ruben de Alencar, um ufólogo que faz parte de uma equipe que investiga OVNIs e aliens, conhecida como os Caça OVNIs. Ele foi preso quando saía do teatro por tentativa de homicídio e porte ilegal de armas..."
- Tentativa de homicídio e porte ilegal de armas? Era só o que faltava.
- Meu Deus, Ruben foi preso! Temos que ir até a delegacia, JP! E explicar o que pretendíamos.
Na delegacia de polícia, Ruben já estava dentro da cela e pediu para o policial que fazia guarda:
- Por favor, me deixe fazer só um telefonema!
- E pra quem você vai querer ligar? Pra algum alienígena? Hahaha!
- Não, para minha amiga. Só quero avisar que fui preso.
- Não se preocupe, você já virou notícia na televisão! Deve estar passando nos canais de Marte! (gargalhada).
De repente, Edna e Ruben chegaram na delegacia, tinham tanta pressa que foram barrados pelo delegado.
- Quem são vocês?
- Somos os Caça OVNIs e viemos...
- Ora, ora... Os patetovinis! Se vieram buscar seu amigo, podem voltar para o planetinha esquisito de vocês. ETs? Caaaasa.
Falou o delegado, em tom de zombaria, enquanto mostrava a porta de saída para os caçadores. Mas João Paulo fez descaso e disse:
- Olha aqui, seu degolado, digo, seu delegado! Não pode prender Ruben, se tem alguém que deve ser preso... É o senhor!
- Como é que é? Isso é desacato à autoridade, que sou eu!
- Desculpe pela grosseria, mas Ruben não é culpado de nada e nem quem atirou! Porque estávamos ali com o intuito de capturar um usurpador alienígena que com certeza ia cometer mais cedo ou mais tarde uma trajédia naquele teatro! Tem é que nos agradecer por ter impedido-o.
- Ah... Pensei que era por terem posto em risco a vida daquelas pessoas!
- Ouça, esser aliens vieram para matar e o senhor, seu delegado, não escapa de ser o próximo!
- Isso foi uma ameaça?
- Sim, mas não minha, e sim de um alienígena ameaçador e que não obedece as autoridades.
O delegado mostrava-se desatencioso, portanto, Edna despertou da quietude de seu corpo e pôs sobre o balcão uma maleta preta, abriu diante do delegado e exibiu as pilhas de dinheiro, notas todas azuis.
- Trinta mil pra libertar ele e fim de papo.
Ela disse. O delegado a olhou com graça e perguntou:
- Acaso está tentando me comprar?
- Não ia te querer nem de graça. Estou comprando a liberdade de Ruben, é pegar ou largar.
- Pois, se está achando que vou me render a todo esse dinheiro... Passa a grana.
- Primeiro abra a cela.
- Hhm... Está bem. Policial Henrique, abra a cela de Ruben!
O policial obedeceu e libertou Ruben da prisão, Edna entregou a maleta ao delegado e sorrindo com satisfação disse:
- Muito bem, delegado.
- Da próxima vez não será assim!
Agora livre, Ruben voltou com os amigos para o prédio e quis de imediato saber de tudo o que acontecera. Edna contou da perseguição ao alienígena, contou também das lembranças de ter o visto quando criança e terminou revelando o sumiço de seus pais, no que Ruben falou:
- Espere, mas eu pensei que os seus pais haviam morrido num acidente!
Uma vez que Edna disse:
- A verdade é que inventei essa história. Eles desapareceram naquela noite, subitamente. Eu não entendia o que havia acontecido, era muito pequena, não conseguia entender! E ninguém sabia me explicar, inventam milhares de coisas e quando fui crescendo tudo o que me diziam já não me convencia, eu sempre suspeitei do desaparecimento dos meus pais e ainda mais ao pensar na criatura horrenda que vi na janela! E a melhor explicação que consegui com o passar e todos os estudos foi de que a criatura tinha a ver com o sumiço de meus pais.
- Acha então que seus pais foram...
- Abduzidos.
João Paulo, que praticava palavras cruzadas e ao mesmo tempo acompanhava o telejornal, aumentou expontaneamente o volume da TV para ouvir aquela reportagem curiosa. A agência espacial do país havia capturado através de uma câmera robótica no espaço três objetos muito, mas muito impressionantes! Supostas naves espaciais a circularem pelo espaço sideral, eram contornadas por luzes brancas e giravam ao locomover-se. Algo interferiu o vídeo, com um forte impacto contra a tela da câmera, um forte raio vermelho que encerrou a gravação.
- Minha nossa! Viram isso?
Indagou João Paulo.
- Parece que nossos vizinhos de planeta foram descobertos.
Ruben disse.
- Não sei não, mas estou com um mau pressentimento de que corremos um grande risco.
- Que coincidência, também pressinto isso.
Edna pensou um pouco e falou em seguida:
- Me pergunto por que somos ignorados por descobrirmos um alien na sociedade e o mesmo não acontece com uma agência espacial que manda câmeras pro espaço e flagram algumas luzinhas baratas.
E João Paulo falou:
- Eu te explico, é: popularidade.
Continua...