OS CAÇA OVNI'S - capítulo 11

Com as três versões ditas, Edna ainda não se prazerava das conclusões e disse:

- Não, tudo está muito mal explicado! Uma coisa não se encaixa na outra! As versões são até consideráveis... Tá, nem todas... Mas precisamos de uma interpretação convincente!

- Bom, essa história está meio confusa, mas há outras coisas nesses casos que são mais fáceis de entender.

- Como...?

- O alienígena que vi clonou o fazendeiro e antes disso Inácio. Pode ser que seja a mesma criatura, antes esteve no milharal e depois chegou na fazenda, o milharal antecede a fazenda! E se refletirmos sobre a numeração X-00 escrita na nave do morro e também na nave que vi no terreno de frente ao sítio, isso indica que as naves vêm de um mesmo lugar, ou planeta! Então pode ser que o alien tenha vindo, e o mais provável, numa dessas naves e pode ser que ele estivesse na nave que pousou no sítio.

- De quase tudo isso nós já sabemos, mas, se o alienígena que você viu veio numa dessas naves, então por que não vimos nenhuma nave ou objeto circular pela fazenda?

Perguntou Ruben, e João Paulo bradou:

- Eu não sei! Mas, tudo é muito coincidente!

Ele se sentou e dobrou a perna sobre a outra, no que Ruben notou algo na sola de seu sapato e perguntou:

- João Paulo, o que é isso no seu sapato?

- Por favor, diga que não é cocô de gato.

Falou João Paulo e verificou a sola do sapato.

- Ah, deve ter sido de quando empurrei o alienígena usurpador e senti meu pé afundar na barriga dele, se é que ali era a barriga.

Edna passou o dedo debaixo do sapato e observou o elemento, então disse:

- E mais uma vez a gosma nojenta, sem dúvida a mesma da criaturinha morta "pelos chifres de um veado" e da nave caída.

- É?

Indagou Ruben.

- JP disse que seu sapato afundou na pele do alienígena, o que prova que assim como a criaturinha esse alienígena tem o corpo flácido e seu sangue é uma gosma de cor azul esverdeado.

- Faz muito sentido. Mudando de assunto... João Paulo, você disse que a matéria do objeto caído está na segunda página do jornal?

E João Paulo respondeu:

- Sim.

- E qual saiu na primeira?

- Deixa eu dar uma olhada...

João Paulo pegou o jornal sobre o balcão e leu a primeira página.

- "Aumenta o número de mortes misteriosas na cidade. Mais de doze pessoas são encontradas mortas com ferimentos profundos no peito apenas nesse sábado e domingo passados. A polícia investiga a causa das mortes, mas a gravidade dos ferimentos é o que intriga os investigadores e os fazem acreditar que todas essas pessoas foram mortas de uma única forma, devido aos ferimentos serem os mesmos."

- Mortes misteriosas...

Ruben dizia em muita suspeita, e disse Edna:

- Ruben, você lembra do ferimento no peito daquele homem achado já sem vida ao lado do objeto que caiu atrás do morro? E que eu disse aos peritos que não havia condição da ter sido consequência da radiação, devido a profundidade do ferimento?

- Lembro sim, claro que lembro! Você acha que...

- E tem mais! JP disse que a arma do alienígena disparava um raio vermelho e muito potente e nós vimos o buraco na parede! Agora relacione isso ao horrível ferimento daquele homem e as pessoas mencionadas no jornal.

- Minha nossa! Ele as matou!

E falou João Paulo:

- É bom lembrar também que as doze mortes aconteceram nesses últimos dois dias, porém, só faz um dia que eu vi o alien na fazenda, o que quer dizer...

- O quê?

- Você não sabe, Ruben?

- Não, mas estou te ouvindo. O que quer dizer?

- Que... Ou o alienígena esteve na cidade antes de aparecer na fazenda, ou... Ele não veio sozinho.

AS DOZE MORTES

Sábado, dois dias atrás, numa rua próxima ao centro da cidade...

Fernando fazia aquele percurso diário de casa para o trabalho, eram 6:30 da manhã e ele ia de carro. Minutos atrás despediu-se de sua amada mulher com um beijo suave e pediu aquela torta de pêssego favorita para quando estivesse de volta. O celular tocou, era seu chefe. Fernando não parou o carro, atendeu assim mesmo, foram reclames a atroar seu ouvido, deu uma explicação ao chefe, esperou ser compreendido, mas foi desligado em sua cara. Tornando o olhar para a estrada, uma silhueta que surgiu à tona e rolou para debaixo de seu carro.

- Oh, meu Deus!

Ele parou o carro e desceu rapidamente, nunca havia ocasionado um acidente, nunca atropelou ninguém! Por que isso tinha que acontecer agora? Fernando fez a volta no carro e olhou por debaixo... Onde estava? Para onde havia ido? Olhou para a esquerda, para a direita, confuso, coçou a cabeça e viu uma sombra aparecer por sua frente, virou-se... Ali estava, tinha uma cabeça estranha e um pescoço cumprido, os olhos eram grandes e completamente negros, a pele era áspera e mole.

- Céus! Mas... O que é você?

Fernando dava passos para trás, porquanto sentia-se ameaçado por aquele ser surreal, e gritava:

- Afaste-se de mim! Sua coisa nojenta!

O ser alienígena abriu escancaradamente a boca e juntou um tanto de saliva que inflamava e pretendia jogar o líquido em Fernando, mas este cobriu o rosto com as mãos e o ácido da saliva queimou em seus dedos e derretou a pele de seus membros, no que gritou insofridamente de dor. Tentou afastar-se do alienígena, se esforçava para abrir a porta do carro com as mãos feridas e em ardor, conseguiu, mas o alienígena agarrou seus pés! Fernando começou a dar chutes para se livrar, gritava a pedir socorro e, deitado sobre o banco do carro, esticava o braço tentando alcançar o celular... Mas foi arrastado para fora e caído no chão ele viu a criatura apontar uma grande arma e foi atingido no peito. Ele não voltou para casa.

MAIS DUAS MORTES

Mesmo sábado, às 14:15 da tarde, num bairro nobre da cidade...

Natália deixou o marido assistindo o jornal na sala e foi tomar uma ducha. Ela entrou no banheiro e deixou a porta sem passar a chave, abriu o box e entrou debaixo do chuveiro. Natália cantava enquanto massageava os cabelos molhados e a porta do banheiro se abriu, após ouvir alguns barulhos, Natália desligou o chuveiro e falou:

- Sandro, é você, amor?

Ela viu através do vidro do box uma silhueta de uma pessoa alta e magra e estranhou... Abriu lentamente o box e a face de um horrendo alienígena assustou-a, ele também tinha uma arma nas mãos. Natália deu um grito bastante alto e tentou de todas as formas e com todo seu esforço fechar o box, mas a criatura quebrou o vidro e empurrou agressivamente Natália que escorregou e bateu a cabeça forte no piso, depois disso ainda levou um tiro da arma poderosa do alienígena, que desapareceu dali.

Meia hora depois, quando a polícia chegou na casa, encontrou Sandro morto sobre o tapete da sala e Natália morta sobre vidros estraçalhados no chão do banheiro.

Continua...

Lyta Santos
Enviado por Lyta Santos em 19/03/2016
Reeditado em 19/03/2016
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