OS CAÇA OVNI'S - capítulo 3

O TERCEIRO

Sábado, 7:20 da manhã, no prédio dos Caça OVNIs...

Edna e Ruben organizavam alguns aparelhos e preparavam câmeras filmadoras, quando alguém bateu na porta e Ruben perguntando à sua parceira quem podia ser foi abri-la. Um homem vestindo um colete e calça social e com cabelos penteados a gel observava o exterior do prédio e vendo Ruben aparecer na porta, disse:

- É, é aqui mesmo.

- Bom dia, posso ajudá-lo?

Falou Ruben, então Edna apareceu por trás dele querendo também saber de quem se tratava.

- Olá, me chamo João Paulo. Vocês são os Caça OVNIs, não são?

- Somos.

- Vim aqui porque... Quero fazer parte da equipe.

- Você quer fazer parte da equipe?

- Por que não me convidam para entrar e conversamos melhor?

- Está bem, entre.

Ruben deixou João Paulo entrar no prédio e ele passeava os olhos por todo o teto e paredes, até que perguntou:

- Vocês ganham pelo que fazem?

E Edna, com estranheza, respondeu:

- Não, nós mesmos bancamos tudo, os aparelhos, as viagens...

- Então é por isso que o prédio é tão velho. E como vocês se sustentam?

- Bom, com a venda de nossos livros e alguns aparelhos aí que o Ruben mesmo faz.

Ruben se meteu no meio com discórdia e disse para João Paulo:

- Você falou que queria entrar pra equipe, e por quê?

- Bem, eu nunca acreditei muito nessas coisas de disco voadores, vida em outro planeta... E achei que trabalhando com vocês eu iria me convencer de que existem, ou não, OVNIs.

- É, faz algum sentido.

Disse Edna.

- Meu pai também era fascinado por essas coisas de outro mundo, vivia observando o céu e adorava ler ficção científica, também sempre sonhou que eu fosse ufólogo.

- Então você está realizando um sonho de seu pai.

- Digamos que só estou terminando o que ele começou.

- E o que houve com ele?

- Morreu de câncer.

- Sinto muito.

Edna estava se agradando do visitante, porém, Ruben estava insatisfeito, no que perguntou:

- E o que você entende sobre essas coisas?

- Bom, eu sei de có o nome de todos os planetas e que o sol é uma estrela e não um astro! Há, também me saí bem na academia de ciências, hehe...

Ruben revirou os olhos, mas Edna riu e disse:

- Ok, seja bem vindo.

- O quê? Como assim? Eu nem concordei com nada!

Falou Ruben, e Edna o levou para o canto da parede e disse:

- Vamos deixar ele entrar! Aliás, você sempre sentiu falta de um terceiro integrante.

- Não, eu sinto falta do Pablo.

- Mas ele não está mais entre nós... Mas temos um substituto.

- Está dizendo que este daí pode substituir Pablo?

- Vamos dar uma chance a ele, Ruben! Vai ser divertido!

Rendido ao poder de convencimento de Edna, Ruben se virou para João Paulo e disse:

- Tudo bem, você está dentro, agora faz parte dos Caça OVNIs.

- Então o que vamos fazer agora?

Perguntou João Paulo, empolgado, e respondeu Ruben:

- Hoje à noite vamos a um sítio instalar algumas câmeras de filmagem. Os moradores da região dizem ter visto por diversas vezes objetos brilhantes no céu e até em pouso.

- E não é só isso, também encontramos morto no quintal da casa do sítio uma criatura desconhecida, que acreditamos ser uma espécie alienígena.

Edna falou, e João Paulo perguntou:

- Sério?

- Sim. Venha, vamos te mostrar a criatura.

- Estão com ela aqui?

- A trouxemos para análise, está em conservação no laboratório.

Edna foi na frente, descendo uma escada de mais ou menos trinta degraus, e Ruben e João Paulo a seguiam. Edna usou um código secreto para abrir a porta do laboratório e lá dentro uma série de amostras e tubos químicos estavam expostos como uma exposição de museu, e sobre uma mesa estava uma caixa de vidro transparente onde conservavam em seu interior o corpo da estranha criatura em baixa temperatura.

- Um laboratório no subsolo... Gostei.

Falou João Paulo e se aproximou da caixa e observou a "coisa", disse sem tirar os olhos dela:

- Credo! Que coisa nojenta.

- Suspeitavam ser um filhote de veado, mas muitas características nos deixam distantes dessa possibilidade.

Ruben falou, ficando ao lado de João Paulo e passando também a fitar a criatura.

- Veado? (riso) ... O que são essas marcas pelo pescoço e na cabeça?

- Ainda não sabemos, mas pode ter sido ferido por algum animal.

Opinou Edna.

- Já vi coisas muito estranhas por aí, mas nada comparado a isso.

Ruben se afastou da caixa e caminhou para a porta do laboratório, dizendo:

- Vamos para o escritório, você precisa conhecer os aparelhos que usamos no trabalho.

- Ótimo! Ah, vou avisando que sou expert com armas!

- Armas?

- É! Sabe, armas, pra acabar com os alienígenas! Pá, pá, pá, pá!... Não?

- Hum.

Deixaram o laboratório e subiram a escada de retorno ao térreo. O prédio era assim dividido: havia uma área no subsolo onde ficava o laboratório, acima o térreo, acima do térreo o primeiro andar onde era o escritório e depois desse o terraço, ali os Caça OVNIs faziam observações do céu com o uso do telescópio. Subindo para o primeiro andar, o escritório, Ruben fez a seleção de alguns objetos e pôs sobre a mesa, mostrando um por um ele dizia para João Paulo:

- Esse é um...

- Detector de radiação.

- Como você sabe?

- Meu pai assistia a quase todos os vídeos que vocês publicavam na internet com esses objetos e eu era obrigado a assistir com ele.

- Humm... Esse outro...

- Detecta a presença de ETs e OVNIs. Sempre quis saber se isso funciona de verdade.

João Paulo falou, pegando o aparelho e apontando para Ruben.

- Funciona, mas quando direcionado a um ser extraterrestre ou OVNI.

Disse Ruben, recolocando o dispositivo na mesa diante de uma curta risada de João Paulo e mostrou os seguintes objetos:

- Roupas que retêm a radiação, binóclios, fones para inibir altos ruídos, câmeras fotográficas...

Ruben abriu um painel na parede repleto de armas e falou:

- E aqui as armas.

- Maravilha!

Disse João Paulo, totalmente atraído pelas armas diante de seus olhos. Ruben as colocou sobre outro balcão e explicou:

- Mas não pode escolher qualquer uma dessas armas e sair por aí pensando em resolver o caso! Há uma especilidade em cada uma, para toda situação há uma arma específica.

E selecionou uma das armas, de grande porte e disse:

- Essa aqui, por exemplo, uma vez que atirado contra o corpo a bala perfura profundamente, impossível que o inimigo não caia.

Selecionou outra, só que mais menor, e disse:

- Já essa é composta por balas que ao penetrarem no corpo espalha um material que faz todo o organismo definhar lentamente, no caso da criatura se regeneralizar.

- E essa aqui?

- Mira em grande distância.

- Puxa...

- Acho que não falta mais nada... Só o terraço, vamos lá?

Continua...

Lyta Santos
Enviado por Lyta Santos em 04/03/2016
Reeditado em 13/03/2016
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