Labirinto
Olhos em direção ao teto. Um branco enjoativo em direção aos olhos castanhos. O que pairava no ar era uma aflição constante.Um arrependimento devastador.Uma culpa que paralisava seus atos.Ela caminha pela casa com as mãos na cabeça e chorava compulsivamente.Passava as mãos no rosto e no peito.Tentava fazer uma meditação budista.Deitava e dormia durante quase todo o dia. A cabeça acusava cansaço e tensão. Ficava às vezes pela janela olhando as ruas antigas de sua cidade. Os pensamentos estavam a castigá-la. Uma sombra permanecia em seu rosto.
Clarice Luz, era seu nome. Ela sempre quis deixar tudo às claras. Gostava da luz do dia, da manhã. Pois a noite era atormentadora e a mentira lhe fazia sofrer intensamente. Mas, dessa vez, ela não poderia dizer nada. Estava perdida. Infinitamente perdida.