A Lei Ninja: A Linha da Morte
Ao chegarem ao leilão, Jenna, acompanhada de Guilherme, mantinha-se alerta, seus olhos analisando cada detalhe. O salão, luxuoso e cheio de pompa, exalava poder e segredos. Pessoas influentes do cenário político e empresarial estavam ali, disfarçando suas intenções por trás de sorrisos falsos e conversas polidas.
Nos arredores, Tristan se movia discretamente, disfarçado de funcionário do leilão. Sua postura calma escondia a vigilância atenta, pronto para agir se algo saísse dos trilhos.
De repente, uma presença chamou a atenção de todos. Um homem entrou no salão, sua figura imponente irradiando carisma e autoridade. De beleza quase surreal, como um verdadeiro "deus grego", ele era seguido por três mulheres tão perfeitas que pareciam bonecas de porcelana.
— Ian Fachin — murmurou Guilherme, em um tom quase reverente.
Jenna não reagiu, mas sentiu uma tensão crescente. Fachin era o anfitrião do evento e, aparentemente, um dos homens mais poderosos da cidade, conhecido por sua influência de Leste a Oeste.
Ao avistar Guilherme, Ian caminhou em sua direção, seu sorriso confiante cortando o ar.
— Tokuno — disse ele, estendendo a mão para cumprimentá-lo. — Que rosa preciosa tens ao teu lado.
— Muito obrigado, Ian. Você também está muito bem acompanhado. Esta é minha noiva, Alícia.
Jenna sentiu o sangue ferver, mas manteve a fachada. Seu rosto era um retrato de serenidade enquanto seguia o jogo de Guilherme.
— Muito prazer, senhor — disse ela, com um sorriso calculado. — Estou encantada pelo elogio.
Ian inclinou levemente a cabeça, seus olhos analisando-a com curiosidade.
— Apenas a verdade. Essas são minhas filhas, Bela, Enma e Gandra.
As três mulheres sorriram em uníssono, suas expressões enigmáticas deixando Jenna desconfortável.
— A beleza parece ser um traço forte em sua linhagem — comentou Jenna, deixando escapar uma leve ironia.
Ian gargalhou, sua risada ecoando pelo salão como se fosse um ato ensaiado.
— Ah, minha cara, você é afiada. Gosto disso.
Os olhos de Ian se estreitaram, como se tentasse decifrar Jenna. Por um breve momento, ela sentiu que ele enxergava além do disfarce, mas logo ele desviou o olhar para Guilherme.
— Aproveitem a noite, meus caros. Algo me diz que será inesquecível.
Enquanto Ian se afastava, Jenna sussurrou para Guilherme, sua voz baixa e firme:
— Ele é o anfitrião, mas tem algo nesse homem que não me cheira bem.
Guilherme sorriu de canto, inclinando-se para responder:
— Ian não é alguém que se deve subestimar. Fique de olhos abertos.
Jenna não precisava de aviso. Seu instinto já estava em alerta máximo.
Antes de começar, houve uma apresentação de uma artista Francesa, cantando música de bossa nova. Enquanto isso, Fachin fez um sinal que só os selecionados sabiam, era para uma reunião secreta. Jenna notou e tentou se escapar sem ser notada e foi em direção ao toalhetes, onde mandou mensagem para Tristan
- Eles foram para uma espécie de reunião.
- Tenta se aproximar com calma.
- Mas tem câmeras espalhadas, vou fazer o seguinte, dá um pane de 15 segundos e aí é com você.
- Certo.
Feito isso, Jenna saiu pela janela que dava em direção aos becos do local, ela estudou onde daria cada esquina até chegar onde estava a Reunião, onde estava Guilherme, Médicos, Agentes da Polícia, além de Elisa e Enma.
- Senhores, estamos aqui reunidos para discutir o futuro da cidade e também do mundo - Disse Ian.
- O que faremos quanto aos rastros da Kátia? - disse o Agente.
- Temos que apagar eles do mapa, e pegar quem acabou com ela, é alguém que pode estragar nossos planos.
- Tomar o governo do Rio será o meio mais eficaz, onde teremos o controle por dentro.
- Isso, faremos um ataque geral para ganhar a confiança do povo e deixar eles tranquilos achando que estamos deixando tudo um mar de rosas. E vocês serão meus tentáculos, temos apoio de fora que tem interesse em nossos métodos.
- Temos que acabar com todos os certinhos que vão se meter - disse um empresário.
- Deixa que a polícia é minha, todas elas - disse o Agente.
- Perfeito, façam a varredura e elimine todos vigilantes. Mas o meu maior temor está fora do radar mas creio não existe mais.
Jenna, não acreditou no que estava ouvindo e passou o sinal para Tristan, ao sair dali foi surpreendida por Gandra.
- Vai a algum lugar?!
- Eu me perdi, e tava procurando o caminho de volta.
- Certo, deixa que eu te levo.
Jenna sentiu algo horripilante vindo de Gandra, foi quando ela puxou uma faca e tentou golpear. Jenna se esquivou e elas lutaram ali mesmo, A Filha de Fachin, era bem treinada e habilidosa a ponto de dar uma surra em Jenna, logo depois chegou as outras irmãs que fizeram a moça de boneca, cada uma golpeando em lugares diferentes. Quando Jenna toda machucada estava prestes a perder os sentidos, surgiu Amaya das sombras, dando cabo das três e jogando pó cegante nas três. O suficiente para tirar Jenna dali pelo alto.
Alarmes soaram e deu-se uma perseguição pela Av. Brasil.
Tiros foram trocados pela madrugada, em direção ao veículo de Amaya que pegou a Av Washington Luiz, em direção a Petrópolis. Foi quando ao subir a serra ao veículos encurralaram seu carro e jogou foram da Serra. Caíram Amaya e Jenna. Só escutou- se o barulho dos destroços e explosão.
Saíram as irmãs e o Agente, dos veículos.
- Menos um fora do nosso caminho
- Correção, dois - disse Gandra
- Isso, vida longa ao Arauto - disse Enma.
De volta ao Leilão, Tristan saiu desesperado procurando Jenna mas sem sucesso. Ele acionou a forças especiais e decretou emergência. Já Guilherme teve sua lealdade questionada por Ian mas ele conseguiu persuadir e contornou a situação.
Logo pela manhã, e estava chuvosa um Homem que passava pela serra dentro do Mato e avistou uma pessoa caída.
- Não pode ser, será que é ela? E está viva.
Alguns metros dali tinha outra pessoa caída, o bom homem se aproximou e se espantou ao Vê-la.
- Pequena Amaya?
Continua....