Chuva Mágica
Era uma tarde de primavera quando as nuvens começaram a se juntar no céu. JPzinho e Leia estavam no quintal da casa da Vovó Onça, brincando com seus dois cães, Max e Bolota. Eles adoravam correr entre as árvores e flores coloridas que enchiam o jardim da vovó.
De repente, uma garoa fina começou a cair, e, em vez de correrem para dentro de casa, as crianças deram risadas e pularam em poças d'água. Max e Bolota os seguiram, abanando os rabos, empolgados com a festa molhada que se formava.
A chuva aumentou, e as gotas grossas pareciam desenhar caminhos mágicos no ar. Clara, com seu chapéu de chuva vermelho, decidiu que aquilo era mais do que uma simples brincadeira. "Esse quintal é encantado!", ela gritou. "A chuva é mágica e transforma tudo!"
JPzinho, que sempre acreditava nas ideias da irmã, ficou animado. Ele olhou para Max e Bolota e imaginou que os cães agora podiam falar por causa da chuva mágica. "Bolota, você consegue nos entender?" Chiquinho perguntou, rindo.
Para surpresa de todos, Bolota latiu duas vezes e, com uma voz divertida, disse: "Claro que sim! A chuva nos dá o poder de conversar com humanos por um tempo. Vamos correr mais rápido agora?"
As crianças arregalaram os olhos e começaram a rir alto. Era uma tarde inesquecível! Max, o cão maior, disse que o jardim escondia um tesouro enterrado há muitos anos, e que só podia ser encontrado quando chovia.
Leia, Jpzinho, Max e Bolota começaram a procurar pelo tal tesouro, cavando embaixo das árvores e entre as flores molhadas. A chuva não parava, e parecia que todo o quintal estava envolto em um brilho diferente.
Finalmente, depois de muita busca, Max encontrou uma pequena caixa de madeira escondida sob uma grande pedra. Quando abriram, havia dentro uma antiga medalha brilhante, que Vovó Onça usava quando criança. Leia e JPzinho correram para mostrar o achado à vovó, ainda rindo com os cães falantes.
Naquele dia, o quintal ficou mais mágico do que nunca, e as crianças aprenderam que a chuva trazia muito mais do que água — trazia momentos inesquecíveis, risadas e, às vezes, até segredos escondidos de uma infância encantada.
E assim, a chuva continuou a cair suavemente, enquanto o quintal de Vovó Onça permanecia cheio de alegria e mistério.
Helena Bernardes, outubro 2024