Sangue e lágrimas

A praia hoje promete; o mar está bem calmo. Vamos aproveitar, matar as saudades, meu amor.

— Sim, Flávio, hoje o dia é nosso — fala Débora com uma voz ainda embargada.

O casal de apaixonados nem percebe que o tempo mudou de uma hora para outra.

Logo a chuva cai sobre o rosto de Débora, que enfrenta a epifania trazendo a foto do seu amor.

Porém, no instante em que o tempo congelou, ela apenas sangra e chora dentro do seu mundo.

— Débora, vamos embora, pois vem muita chuva.

— Sim, meu amor, mas agora apenas o silêncio sepulcral congela nossas vidas.

Mc Marcos Viana
Enviado por Mc Marcos Viana em 30/09/2024
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