Sangue e lágrimas
A praia hoje promete; o mar está bem calmo. Vamos aproveitar, matar as saudades, meu amor.
— Sim, Flávio, hoje o dia é nosso — fala Débora com uma voz ainda embargada.
O casal de apaixonados nem percebe que o tempo mudou de uma hora para outra.
Logo a chuva cai sobre o rosto de Débora, que enfrenta a epifania trazendo a foto do seu amor.
Porém, no instante em que o tempo congelou, ela apenas sangra e chora dentro do seu mundo.
— Débora, vamos embora, pois vem muita chuva.
— Sim, meu amor, mas agora apenas o silêncio sepulcral congela nossas vidas.