Letícia e o cachorro Linguarudo
No sítio do pai Alisson, Letícia tinha um cachorro muito especial chamado Linguarudo. Ele era um pudou simpático, com orelhas grandes e uma língua que parecia nunca parar de se mexer.
Todas as tardes, Letícia e Linguarudo saíam para passear pelos campos verdes. Letícia adorava a sensação do vento em seu rosto enquanto caminhava ao lado de seu fiel amigo. Linguarudo, por sua vez, farejava tudo o que encontrava pelo caminho, sempre curioso e animado.
Um dia, enquanto exploravam a trilha que levava à floresta, Linguarudo avistou uma cotia. Seus olhos brilharam, e ele puxou a coleira com toda a força. Letícia, surpresa com a súbita empolgação de seu cachorro, foi arrastada pela grama alta até chegar perto da cotia.
A cotia, assustada, correu para dentro de um buraco de uma árvore. Linguarudo latiu bastante, tentando alcançá-la. Letícia riu da cena, mesmo com os joelhos sujos de terra. Ela acariciou a cabeça de Linguarudo e disse:
- Calma, meu amigo! Não precisamos perseguir a cotia. Ela só queria se proteger.
Linguarudo olhou para Letícia com seus olhos castanhos e pareceu entender. Ele balançou o rabo e lambeu a mão dela, como se dissesse: "Você está certa, Letícia."
Letícia sorriu e continuou a caminhar pela trilha. - Você é um cachorro esperto, Linguarudo, disse ela. - Vamos explorar outros lugares juntos.
À noite, quando voltaram para casa, Letícia contou a aventura para sua mãe. Sentadas na varanda, olhando as estrelas, elas riram juntas.
- Esse Linguarudo é uma figura! disse a mãe de Letícia.
- Mas você fez bem em acalmá-lo. Os animais merecem nosso respeito.
Linguarudo deitou-se aos pés de Letícia, cansado da aventura do dia. Ela acariciou sua cabeça e sussurrou: - Você é o melhor companheiro, meu amigo.
E assim, Letícia e Linguarudo continuaram suas aventuras no sítio do pai Alisson, aprendendo juntos sobre amizade, respeito e curiosidade.