Para uma mente ampla, nada é pequeno.
Sherlock Holmes
Posso lidar com tudo, meno com o invisível.
Ed Ronaldo
1
Era um dia dos mais comuns em Pedra do Monte. Pouco antes das onze da manhã, Ed acordou bem-disposto para tomar o seu tradicional café com farinha láctea quando presenciou uma cena inusitada ao chegar à cozinha: Dona Mirtes, sua querida mãezinha, perambulava para lá e para cá, sem propósito, encurvada, mais parecendo um zumbi do Walking Dead. Era nítido em suas olheiras o ar de cansaço.
— Mamãe, você está bem?
— Não, meu filho. Tô dormindo muito mal já faz alguns dias. Esqueço das coisas o tempo todo, troco as ideias... enfim, tô numa lombêra disgramada.
Ed percebera que embora ele, de modo magnânimo, concedesse à sua estimada progenitora a valorosa tarefa de lhe arrumar o quarto, a questão era que o mesmo se encontrava numa anarquia só de roupas e objetos trocados. Não conseguira achar no meio daquela barafunda a sua camiseta Mizuno e, muito menos, os inestimáveis tênis antiderrapantes Reebok Zig Kinetica. De fato, aquilo se tratava de algo muito sério. Era coisa de vida ou morte!
— O pior, meu filho, é que os nossos vizinhos estão do mesmo jeito. Ninguém sabe o porquê desse padecimento.
O comentário imediatamente alertou o cérebro aguçado do jovem detetive. Além da inerente agilidade intelectual de resolver problemas insolúveis, ele não tinha por hábito desprezar o pensamento intuitivo.
— A minha genialidade deve contar com todas as possibilidades.
Em poucos segundos, seu intelecto proativo já estabelecera um plano detalhado a fim de descobrir a origem do mal que acometia a sua mãezinha. Era crucial trazê-la de volta aos afazeres domésticos o mais rápido possível, principalmente à organização do quarto.
— Uatson, preciso da tua ajuda – disse para o primo, entretido com um enorme prato de cereais regado a Nutella na ponta da mesa. – Você já está há quase duas semanas aqui em Pedra do Monte. Faça um levantamento dos moradores da rua nas mesmas condições zumbificadas de mamãe e me traga a lista até o final da tarde.
O jovem detetive não esperou resposta, pois sabia que o primo realizaria a tarefa. Não havia quem resistisse a sua voz de comando quando a usava com firmeza. Logo depois, pegou a mão da Dona Mirtes e a arrastou para a sala de estar.
— Senta aí no sofá, mãe.
— O que você vai fazer, Ederson?
— Vou hipnotizar a senhora para saber o que está perturbando o teu sono.
— Mas você sabe fazer isso, menino?
— Que pergunta mais sem cabimento. Diga-me lá o que eu não saiba fazer de modo eficiente?
— Fritar ovo e arrumar o teu quarto, meu filho.
Ed ignorou o comentário. Sacou o Iphone 12 do bolso. Como não tinha um relógio de pêndulo à mão, objeto usado no método da Dra. Bertinelli (o caso da sessão de hipnose), centralizou toda a tela do smartphone com os números das horas e o enfiou na cara da mãe.
— Conta os segundos, mamãe - ordenou enquanto mexia o dedo indicador em movimento pendular junto ao aparelho -, e vai respirando devagar.
Em poucos minutos, dominando a técnica de hipnose muito bem, como tudo que fazia após os cursinhos relâmpagos no Youtube, alterou o estado de consciência de Dona Mirtes, levando-a para o lindo mundo dos sonhos. Ed desconfiava de que a mãe estivesse tendo pesadelos com algum problema pessoal, mas não queria lhe dizer. Agradecia a leitura de “A Interpretação dos Sonhos”, de Sigmund Freud.
— Mamãe, você está em sono profundo, diga-me o que sonhou nos últimos dias?
— Hum... meu filho... eu... isso é muito estranho... tá tudo escuro... um breu só... tá vazio... tá faltando algo... alguém... alguém... ALGUÉM ESTÁ ROUBANDO OS MEUS SONHOS!
2
Lá pelo meio de tarde, Uatson trouxe-lhe a lista dos moradores zumbificados. Ed Ronaldo encontrava-se refestelado na cama king size do seu quarto, absorto em assistir no iPad Mini 4 um vídeo de cinquenta minutos no Youtube sobre a fisiologia dos sonhos. A Wikipédia, pouco antes, havia lhe dado farta referência bibliográfica em relação à psicologia.
— Aqui está, Mestre – ironizou o primo, jogando-lhe o inventário numa folha de caderno ao lado. – Doze pessoas sofrem do mesmo jeito que a tia Mirtes.
O jovem largou o ipad e pegou o papel. Leu os nomes. Seus olhos se agitaram nervosos enquanto levantava uma das sobrancelhas, aquilo significava o fluir do seu poderoso e indefectível processo dedutivo.
— E a Dona Juliana Honorato, da mercearia da esquina? – perguntou ansioso para o assistente.
— Ela tá muito bem. Sem problema.
— Hum... você falou com o professor Manoel Sobrinho?
— Sim. Ele tá melhor do que você.
Ed não disse mais nada. Gostava de fazer drama. Por isso, levantou-se da cama e pegou a cacatua Baretta no peitoril da janela do quarto. Acomodou a ave psitacídea em um dos braços e passou a afagar a plumagem dela com carinho. Fez pose de filósofo a meditar os mistérios do universo enquanto escrutinava o movimento na rua.
— Então, o que você descobriu, sabichão? – perguntou o primo curioso com a pausa dramática.
— Há algo de podre no reino da Dinamarca – respondeu o jovem em tom enigmático, acariciando a cabecinha topetuda de Baretta.
Uatson não entendeu. Eles viviam no Brasil, no entanto achou melhor não perguntar.
3
Na boca da noite, após brincar de jogar bolinha com o cãozinho Fox Terrier Bilau, Ed agraciou o amigo canino com um delicioso cafuné por trás de suas orelhas peludas. Depois, levantou-se e olhou para o velho Rufino, largado na cadeira de vime junto à calçada. Desta vez, o vizinho estava tristonho, olheiras profundas, alheio ao movimento e às fofocas da rua. Dona Fia, sentada à soleira da porta de casa, não estava menos arriada do que o marido aposentado.
— Seu Rufino, há quanto tempo o senhor e Dona Fia estão nesta situação?
— Olha, já faz quase um mês, mais ou menos. O engraçado, Ed, é que nóis passa a noite dormindo... mas nem parece, sabe? Não sei direito. Rapaz, não é insônia! Não, porque insônia te deixa meio acordado.
— Quer dizer que o senhor dorme a noite toda, mas acorda indisposto como se não tivesse pregado olho, não é isso?
— É isso mesmo.
— E o senhor tem sonhado muito?
O velho maquinista piscou intrigado com a pergunta.
— Menino, agora que ocê falou... faz tempo que eu não sonho!
Ed assentiu satisfeito. Olhou de soslaio para o primo, chamando-o de lado. Os dois se afastaram alguns passos do casal de idosos. O investigador autodidata ficou de repente quieto, imerso em pensamentos. Levou as mãos às costas e passou a olhar um ponto distante do seu interesse. Uatson, curioso com o silêncio, não resistiu de perguntar:
— O que foi? O que ocê tá...
Ed levantou a mão impedindo-o de falar.
— Espere! Não me atrapalhe. Preciso pensar. Preciso ficar introspectivo a nível de mim mesmo para processar as últimas informações.
Depois de se recolher em mais uma sessão de caras e bocas reflexivas, olhares desconfiados para todo os lados, ele finalmente disse:
— Os sonhos, meu caro Uatson, servem para fortalecer as memórias. Eles ajudam a reter o que é significativo, relevante, e descartam dados sem importância acumulados durante o dia. Nós sonhamos todas as noites. Muitas vezes não lembramos, porém eles ocorrem sem falta no decorrer da nossa vida inteira.
— E daí?
— Se os sonhos são “extraídos” de alguém por um período de tempo importante... eu presumo que este alguém passe a se comportar de maneira confusa ou descuidada. O cansaço pode vir do esforço de se lembrar do que é preciso fazer.
— Então?
— Então, minha santa mãezinha tá certa. Tem alguém roubando os sonhos dela e dos nossos vizinhos.
— Uai, tão armando esse trem aí a troco de quê, Ed?
— Provavelmente são forças malignas conspirando para me derrubar. Não há outra explicação. Ou estou diante do meu primeiro arqui-inimigo – disse o investigador midiático estufando o peito de orgulho. – Há tempos eu venho esperando um adversário que faça jus à minha prodigiosa capacidade dedutiva.
— Larga de bobiça, Ed, e me diga logo... como vamos achar o ladrão de sonhos?
— Nada tema, meu caro Uatson. Já estou quase certo de quem é a autoria deste ardil nefasto.
E antes do primo, perplexo, lhe perguntar quem era o meliante e o que era ardil nefasto, o intrépido detetive levantou o braço, e apontou o dedo indicador para o ponto distante em que ele já estava a dar atenção desde o começo daquela conversa.
— A chave do enigma está lá.
Uatson olhou na direção do dedo indicador. Admirou-se da localização. Respirou fundo e disse num sussurro, desconfiado.
— Mas aquele é o Morro do Querosene.
4
Eram 3 horas da manhã cravadas no relógio espião russo. Diante da escassa luminosidade da lua, Ed ajeitou o equipamento Night Vision Goggles na testa, uma espécie de capacete com óculos de visão noturna, e passou a esquadrinhar a vegetação rasteira da Trilha Perdida no Morro do Querosene.
Desta vez, o nosso intrépido detetive decidira não levar a pesada mochila com as suas tralhas tecnológicas recém-adquiridas, pois o primeiro kit fora perdido na fatídica incursão anterior àquele local. Ao invés da mochila, solicitara ao fiel escudeiro para trazer apenas a maleta de ferramentas Titanium 5456, com 200 peças, adquirida nas Casas Bahia, outro investimento necessário financiado em 14 vezes no cartão de sua querida namorada Diana Helena.
— Por que levar a maleta? - perguntara o primo, cismado, quando se anunciara à subida do morro.
— Jamais questione a previsão pragmática ou a inferência lógica de um gênio, Uatson. Sem falsa modéstia, raramente costumo errar em meus prognósticos.
Agora, em meio a madrugada, cansado, receoso de cobras e aranhas à espreita na mata fechada, Uatson avaliava mentalmente a única questão dentro de sua atrapalhada cabecinha de pensamento limitado: como Ed chegara à conclusão de que o ladrão de sonhos, se o safado existisse, estaria escondido no Morro do Querosene?
— Lá está – disse o investigador midiático, fascinado, apontando na direção de um local específico dentro da escuridão da noite.
O fiel escudeiro rapidamente ligou a lanterna Led alemã Lenser e jogou o potente facho de luz no que parecia ser um túnel abandonado.
— Hum... onde tudo começou – disse Ed, sacando do bolso o Iphone 12. Deu quatro toques rápidos na tela do smartphone. – Está quase na hora. Bóra, seja rápido, Uatson, pois você terá o privilégio de testemunhar o caso mais insólito da minha promissora carreira investigativa.
Os dois aventureiros correram e entraram no túnel abandonado. Depois de andar por quase cinco minutos em linha reta dentro da galeria subterrânea, a dupla chegou próximo à entrada de um buraco circular de dois metros de diâmetro encravado na parede. De lá de dentro vinha uma luz intermitente que iluminava o corredor.
Desligue a lanterna – cochichou Ed. - Eu fico no lado esquerdo, você fica no lado direito da entrada. Vamos averiguar o local primeiro antes de invadir.
Os dois avançaram e se postaram, cada qual, nas laterais da entrada circular.
5
Ed e Uatson inclinaram-se um pouquinho à frente e espiaram o interior da caverna subterrânea. O jovem detetive levantou o sobrolho, dando seu leve sorriso de satisfação ao confirmar as suas conjecturas.
— Como eu suspeitava, os cabeçudinhos alienígenas atacam novamente! (O caso dos pets desaparecidos)
Uatson não respondeu. Estava estupefato. Ele viu a cena mais estrambótica de toda a sua vida. Parecia filme de ficção científica. No centro do amplo cômodo subterrâneo havia uma esfera flutuante do tamanho de uma bola de futebol. Ela emitia, em sua superfície pulsante, manchas coloridas intermitentes num fundo branco intensamente brilhante. Ao redor daquele orbe suspenso no ar, a pouco mais de um metro e meio do chão, encontravam-se em transe, estáticos, todos dispostos em pé no solo arenoso, pequenos animais domésticos. Uatson logo reconheceu naquele aglomerado de pets de estimação o cãozinho Fox Terrier Bilau, a cacatua Baretta e o gato Fred.
— Ed... são...
— Sim, são os mesmos pets que foram abduzidos há alguns meses.
Das cabeças dos bichinhos começaram a surgir feixes de luz a projetar hologramas acima da esfera luminosa. As imagens tridimensionais eram variadas cenas do cotidiano dos donos dos pets. Ed viu, em uma delas, a mãe fazendo compras no mercado. Em outra, constatou seu Rufino de beijos afetuosos com Dona Fia. Eram os sonhos! Os hologramas ficavam suspensos por alguns segundos e eram logo aspirados para dentro do globo. Em seguida, outros eram lançados novamente no ar para serem também sugados.
— Bóra, Uatson, temos de impedir que este artefato acabe saindo da Terra levando informações importantes da nossa cultura para o planeta Zarguiz.
— Nunca ouvi falar neste planeta.
— Isso é óbvio, pois apenas eu tenho tal conhecimento. Acabei de batizar os alienígenas esverdeados de Zargizinianos.
A dupla de aventureiros entrou na caverna. Os animais, em transe, não deram pela presença dos dois. O jovem detetive se aproximou a fim de analisar o globo por alguns instantes. Depois de dois minutos de intensas elucubrações, chegou a uma conclusão.
— Uatson, abra a maleta Titanium 5456 e me passe a chave de fenda Philips de precisão 1/4 de cabo anatômico.
O assistente ficou impressionado com o conhecimento técnico do primo sobre o kit de ferramentas, porém, sem se mexer, disse intrigado:
— Ed, pra que a chave de fenda? Isso aí é uma bola brilhante. Não tô vendo um parafuso sequer pra desenroscar!
O jovem detetive lançou aquele olhar 43 de intensa irritação na direção do primo. Foi o bastante para ele se ajoelhar no chão, abrir a maleta e pegar a chave de fenda enquanto falava para si mesmo:
— Já sei, já sei, jamais questione a inferência lógica de um gênio.
Ed, então, segurou a ferramenta com o punho fechado e levantou o braço como se fosse esfaquear alguém. Fechou um dos olhos, jogou a língua no canto da boca e mirou o centro do artefato. Ato contínuo, baixou o braço com força, enterrando a chave de fenda na bola alienígena brilhante. O golpe certeiro estremeceu a esfera por dois longos segundos, fazendo-a piscar como se fosse uma lâmpada com defeito, e esta foi ao chão apagada.
Numa escuridão total, os dois ouviram uma confusão de latidos, grasnidos, miados, gorjeios altos e nervosos que, rapidamente, foram diminuindo. Uatson ligou a lanterna Led alemã Lenser. Estavam sozinhos. Os pets tinham fugido assustados.
6
— Ed, como ocê descobriu que eram os pets?
Antes de responder, o jovem detetive, de posse da lanterna, iluminou as pequenas celas octogonais, tipo colmeias, encravadas nas paredes da caverna.
Lembrou dos momentos confusos que passara ali na ocasião do seu sequestro também.
— Elementar, meu caro Uatson. Apenas os moradores zumbificados eram donos dos pets abduzidos. Isso me levou a tocar na cabeça de Baretta, assim como a do cachorrinho Bilau. Os dois tinham pequenos dispositivos estranhos incrustados sob a pele. No entanto, eles também possuem chips de rastreio nas coleiras e anilhas por conta de terem sido sequestrados. Usei meu Iphone 12 e fiz um levantamento completo das atividades deles nos últimos dias. Noite sim e noite não, tudo apontava para este lugar.
— Mas a tia Mirtes não tem pet ...
— Ela dorme todas as tardes no meu quarto porque lá é mais arejado. Baretta tá sempre na janela.
— Por que você não foi zumbificado?
— Obviamente por causa do meu cérebro privilegiado. Devo ter criado, de modo inconsciente, um escudo para impedir o roubo dos meus sonhos e ...
Ed foi interrompido pelo piscar da esfera. Num tranco abrupto, ela resfolegou, tossiu duas vezes, ganhou vida e voltou a flutuar, mesmo com a chave de fenda enfiada nas entranhas. Os primos berraram e se abraçaram, assustados. Pequenas marcas brilhantes começaram a se alternar na sua superfície, acompanhadas por um bip.
“zxxz... bip”
“zxzz... bip”
“xxzz... bip”
“xxxz... bip”
— Ed, o que significa estes símbolos?
O jovem detetive arregalou os olhos, apavorado.
— Uatson, você já assistiu ao filme “O Predador”, de 1987?
— Não. Não assisti, não.
— Então corre, porque esse trem aí vai explodir!
Os dois saíram chispando para fora da câmara. Enquanto corriam desesperado pela galeria subterrânea na direção da saída, começaram a ouvir uma risada sinistra.
— Muhahaha....
— Meu Deus. Acóde eu. O que é isso, Ed?
— Mamãe sonha com o filme do Arnold Schwarzenegger desde adolescente.
— Muuuhahahahahaha....
— E daí?
— Ahhh, você não vai entender... corre, corre, corre...
— Muuuuuuhahahahahahahahah....
A barulho da explosão tremeu o morro inteiro. Os dois aventureiros, por causa da onda de propulsão do ar no corredor subterrâneo, foram cuspidos para fora do túnel antes da entrada ser completamente soterrada pelos deslizamentos de terra.
Uatson ficou desmaiado por alguns minutos. Quando acordou, em meio aos arbustos da mata da Trilha Perdida, viu Ed em um dos seus raros acessos de fúria. O jovem estava coberto de fuligem, as roupas em frangalhos, dava pulinhos nervosos para lá e para cá, brandia os punhos, berrava na direção do céu estrelado.
— Seus alienígenas desgraçados. Você não tem vergonha na cara, não. Eu vou pegar vocês. Essa já é a segunda vez, ouviram? É a segunda vez...
— ... é a segunda vez que eles mexem com os bichinhos inocentes, né, Ed? – disse Uatson tentando dar apoio à raiva legítima do primo.
— É a segunda vez que eles me dão um baita prejuízo, isso sim! Perdi a minha maleta Titanium 5456, de 200 peças – completou o jovem detetive indignado. – A Diana Helena vai me matar!
Este texto atende a proposta ambiciosa de cobrir dois desafios literário em único conto: 1 - Usar o tema "Sonhos, o que nos dizem". 2 - Escrever uma aventura do personagem Ed Ronaldo, criado pelo meu amigo escritor Max Rocha.
As Aventuras de Ed Ronaldo - Amazon