Vida Pirata. (Final.) A Partida.
Vida Pirata. (Final.)
A partida...
Manhã do décimo primeiro dia, já com saudades de retornar, mas, lembrando o quanto fomos felizes em tão pouco tempo, era chegado o momento de singrar, então, ao longo dos dias, construímos uma nova Nau de beleza inestimável para desbravar os setes mares da emoção, e, à lançamos ao mar, o mesmo sensibilizado, estava calmo, oferecendo a pedido uma jornada tranquila, regado de um bom omelete e suco da fruta retirada da deliciosa ilha, mas, Netuno era vil, egoísta, manipulador, aproveitando-se de seus poderes, revoltou o mar, criando ondas gigantescas afim de afundar o que de mais belo existiu, porém, Eros interveio, lançando-me de volta a ilha a qual vive momentos com Airam, quanto a ela, com a ajuda de Eolo, que soprando lançou sua embarcação mais ao Sul de onde havia partido. Hoje, apenas garrafas pelos recantos do mar, cria um laço de amizade e amor entre ladrões corsários das velhas lendas do além mar...
E, o vento ressoa uma antiga canção em dueto com o sentimento aflorado daquele momento, em que, olhando o horizonte acompanhava suas velas gradativamente ir sumindo junto com o sol das alegrias a qual me proporcionou...
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Tarde em Itapoã. (Toquinho)
Modificada modestamente para o texto.
Um velho calção de banho,
Um dia pra vadiar,
Um mar que não tem tamanho,
Um arco-íris no ar.
Depois, de Itaparica,
Sentir preguiça no corpo,
E no calçadão da Barra,
Beber uma água de coco,
É bom...
Passar uma tarde com você,
Ao sol que arde na Barra,
Ouvindo o mar da Barra,
Falar de amor na Barra.
Enquanto o mar inaugura,
Um verde novinho em folha,
Argumentar com doçura,
Com uma cachaça de rolha,
E com o olhar esquecido,
No encontro de céu e mar,
Bem devagar ir sentindo,
A terra toda a rodar...
Refrão.
Depois sentir o arrepio,
Do vento que a noite traz,
E o diz-que-diz-que macio,
Que brota dos coqueirais,
E nos espaços serenos,
Sem ontem nem amanhã,
Dormir nos braços morenos,
Da lua dessa linda corsária...
Refrão.
Enquanto escutava a canção, ele, sentado numa pedra, refletia sobre a insígnia no cabo da espada dela, chegando a nítida conclusão:
- A insígnia (♊). Era notório que ela, fazia parte da confraria Geminiana, a qual por certo eu velejava. Tal qual a mim, era esperta, desbravadora, aventureira, amante de uma juventude mental, daqueles que amam viver sem grades, nem grilhões...
... Até, um próximo naufragar.
Texto: Vida Pirata...
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 13/06/2023 às 13:49